Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 315

"Robson..."

Minha voz saiu rouca ao chamar pelo nome de Robson.

Ele desferia socos no rosto de Xisto, completamente enlouquecido.

Aquelas pessoas ficaram assustadas com a aparência de Robson, e aqueles que tentaram reagir foram derrubados por ele com um pedaço de pau.

Naquele momento, ele parecia ter perdido toda a humanidade, agindo como uma fera selvagem, determinado a eliminar todos eles.

"Robson..." - eu chamava seu nome, tentando trazer de volta sua sanidade.

Eu não queria vê-lo sendo enviado novamente para um hospital psiquiátrico.

Provavelmente por ter ouvido meu chamado, Robson largou o pedaço de pau que estava segurando e caminhou em minha direção, coberto de sangue.

Ele caiu no chão e me abraçou com força, cobrindo meus olhos, tremendo e perdido, como uma criança que fez algo errado: "Luna... não... não olhe, não olhe..."

Eu chorei, aninhada em seus braços, meu vestido encharcado de sangue.

"Minha barriga... está doendo."

Será que eu estava destinada a nunca ter um filho?

Ou será...era minha culpa esse destino…?

No começo, eu queria ter esse filho apenas para ter um herdeiro da Família Macedo, alguém que me permitisse aproveitar o poder da Família Macedo e a posição de Homero para fazer o que eu quisesse.

Escapar daquele quarto e descobrir a verdadeira culpada...

Mas aos poucos, como mãe, nas consultas pré-natais, comecei a aceitar a existência dele, a ansiar pelo seu nascimento...

Eu protegeria meu ventre instintivamente em momentos de perigo, usaria todos os meus instintos maternos para protegê-lo.

Mas agora, talvez eu não consiga mais proteger essa pequena vida.

"Luna..."

Minha consciência começava a vagar, e eu sentia Robson tremer.

Sua voz estava embargada de choro e ressentimento.

Eu não conseguia entender por que o destino tinha sido tão cruel com ele, por que ele tinha que sofrer tanto.

E agora, ele tinha que assistir à perda lenta de seu próprio filho...

O que seria necessário para que ele pudesse viver em paz?

Afinal de contas... onde estava o erro?

"Fábio... o que você está fazendo? Você quer matar alguém?" - Vi o Robson me colocar no chão, pegar o cassetete do chão e avançar em direção ao Xisto, que não conseguia mais se levantar.

Xisto olhava para Robson, apavorado, tentando em vão resistir.

Mas Robson... não era apenas brutal, ele também era habilidoso, mirando cada golpe em pontos vitais.

"Robson... Estou com medo."

No sonho, eu parecia chamar o nome de Robson incessantemente.

Eu dizia que havia matado alguém, via minhas mãos cobertas de sangue.

"Como posso salvá-los..."

"Robson, nós não podemos escapar, mesmo que fujamos, a consciência e os pesadelos nos perseguirão até o fim do mundo, Robson... eu errei, fiz algo errado, e devo pagar por isso, ninguém é exceção, então, não posso mais fugir."

Minhas mãos tremeram quando toquei o rosto de Robson.

No sonho, seu rosto estava claro, pálido.

"Por favor, não morra."

"Luna, não me deixe sozinho."

"Luna..."

"Robson!" - Em meu sonho, gritei seu nome ao vê-lo deitado em uma poça de sangue, desaparecendo lentamente.

Acordei assustada, sem fôlego, fixando o olhar no teto.

Era o hospital...

"Robson..." - Olhei em volta, ansiosa.