Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 343

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Luna havia passado mal novamente hoje; o remédio que o Felipe lhe deu parecia ser bastante forte, provocando reações adversas na menina, que se tornou apática.

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Hoje, David levou Luna ao orfanato e, quando ela voltou, suas roupas estavam rasgadas. Preocupado com a possibilidade de ela ter se envolvido em brigas com as outras crianças, perguntei a David, mas ele me garantiu que Luna era muito bem-comportada. Ela não se envolveu em brigas, não levantou a mão para ninguém e, além disso, ela chorou!

Nos registros do diário, ficou claro como minha mãe ficou comovida com o fato de eu ter chorado.

Pensando nas lembranças nebulosas.

Antes de conhecer o Robson, parecia que eu realmente não sabia chorar. Quando nasci, não chorei, o que fez o médico pensar que eu era muda, apesar de ter começado a falar mais cedo do que as outras crianças da minha idade.

Então, mesmo quando me provocavam e batiam em mim, eu não chorava.

No diário, no dia em que chorei pela primeira vez no orfanato, eu estava usando um vestido vermelho.

Deve ter sido quando as pessoas do orfanato tentaram tirar meu vestido.

Quando examinei o diário cuidadosamente, percebi que minha mãe havia registrado tudo sobre mim em detalhes, quase sem perder um único dia. No entanto, os dias em que fui enviada para o hospital psiquiátrico estavam em branco, sem nenhum registro.

Isso significava que eles também não sabiam sobre o tratamento que Felipe estava me dando.

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Hoje, Luna perdeu a paciência com os vizinhos porque reclamaram que tínhamos um cachorro grande e queriam se livrar do Santiago.

...

No diário da minha mãe, ela só registrou o cotidiano da minha vida em casa. O que me intriga é que ela não mencionou uma palavra sequer sobre Robson e Júlio, como se fosse de propósito...

Eu tinha uma boa relação com Robson e Júlio, e ela e meu pai com certeza sabiam do meu relacionamento com Robson. Por que não mencionar nada no diário?

A única menção é que Luna fez amizade no orfanato e a outra pessoa confia muito nela, parece gostar muito dela.

Além disso, numa entrada de data específica, diz que Luna parece ter o dom natural de atrair crianças com deficiências congênitas de personalidade, elas confiam muito em Luna e conseguem brincar juntas.

Eu examino minuciosamente uma entrada após a outra no diário, a maioria são coisas cotidianas entediantes, mas essas duas frases me deixam arrepiada.

Combinando com o que Benito Jorge disse, isso não parece um diário, mas sim registros de experimentos...

Respiro fundo e continuo a folhear.

Por que Adônis disse que eu estava intencionalmente esquecendo Robson?

Além disso, a foto mostra que a primeira reação da minha mãe ao me encontrar não foi me ajudar, mas tirar uma foto.

O mais estranho foi que, embora em minha memória minha mãe tenha me amado muito durante os dias em que estive desaparecido, as palavras no diário não continham nenhuma emoção.

Eu não conseguia sentir sua preocupação ou ansiedade; era mais como um registro mecânico de cada dia.

Meus dedos tremiam enquanto eu rolava lentamente a tela do celular.

Número zero, quem era essa pessoa?

Em 9 de abril, eles também encontraram o número zero, que foi trazido de volta para casa por Ciro, que prometeu disciplinar o filho e não deixá-lo incomodar Luna novamente.

Fiquei chocada quando olhei para a tela: a foto número 9, tirada pela minha mãe, era do Robson.

Número 0 era, de fato, do Robson.

Por que haviam dado um codinome ao Robson?

Na foto, Robson parecia lutar desesperadamente, mas era contido no chão pelos seguranças da Família Macedo, e Ciro também aparecia na imagem.

Contemplei a foto daquele homem, conhecido como o pai biológico de Robson, franzindo levemente a testa.