Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 476

"A que morreu, definitivamente não era a verdadeira Luna, nem a Luna que cresceu conhecendo você desde criança" - disse Vanda, virando-se para me olhar: "As chamadas perdas de memória e confusões são fenômenos comuns entre clones após a morte. Isso ainda não foi claramente explicado ou controlado pelos experimentos atuais."

Ela falou novamente: "Então, Fábio, você só pode levar uma delas: Luna ou Lana, que está atrás de você. Você entende o quão terrível é a organização... Não estou discutindo com você, você não tem poder para confrontá-la agora."

Vanda deixou a decisão para Robson: levar Luna, que estava no andar de cima, ou me levar.

Eu olhei para Robson, que também olhou para mim.

Nós não dissemos nada um ao outro.

Depois de um momento, Robson apontou para a mulher no andar de cima: "Eu vou levar Luna."

Ele apontou para a mulher, mas seu olhar estava fixo em mim.

Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu fiquei parada, sem dizer uma palavra.

Vanda me olhou com confiança, como se já esperasse esse resultado: "Como sua mãe biológica, tenho o direito de levá-la para uma avaliação psiquiátrica."

Olhei para Vanda e finalmente disse, ironicamente: "Ah..."

Jorge e Benito trocaram olhares, confusos com a situação: "O que está acontecendo? Lana, você concordou com ela?".

Fiquei em silêncio, sem explicar.

Vanda afirmou que, ao me sacrificar, a organização pouparia o Robson...

No fundo, eu desejava que o Robson vivesse em paz pelo resto de sua vida.

Ele escolheu aquela mulher lá de cima, e não estava errado.

A organização queria recolher os experimentos fracassados, e eu era uma das mais valiosas entre eles... então eles me levariam.

Ir com Vanda era a maneira mais rápida de chegar aos líderes da organização.

"Uma troca... ele escolheu Luna." - Minha voz falhou enquanto eu tentava conter as lágrimas.

Nuno olhou para Robson por um longo tempo antes de falar: "Tem certeza?"

Robson se desvencilhou do braço de Nuno: "Ela é a Luna..."

Nuno apontou para mim: "E quanto a ela?"

Ela riu friamente e aproximou-se de Robson, perguntando: "Você aguenta?".

Robson segurou sua mão: "Sinto muito... por não tê-la encontrado antes."

"Não importa para mim, desde que você possa me esconder. Seja você ou qualquer outra pessoa, não faz diferença" - disse Luna, indiferente.

A mão de Robson ficou tensa enquanto a levava embora.

Nuno franzia a testa, querendo dizer algo, mas no final, nada disse.

Benito, confuso, olhou para mim: "Lana, venha comigo."

Dei um passo à frente, mas Vanda bloqueou meu caminho com a mão.

Ela sorriu para mim e logo abaixou a mão: "Estarei aqui esperando notícias suas."

Ela estava confiante de que eu logo voltaria para procurá-la.

Porque Robson escolheu 'Luna', certamente ele não me manteria por perto.