Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 477

No caminho de volta, Robson e 'Luna' estavam sentados atrás. Eu queria entrar no carro, mas percebi que não havia mais lugar para mim.

'Luna' resistia, emanando uma aura sombria. Ela olhou para Nuno e, com naturalidade, ergueu o queixo.

Fez um gesto para que Nuno fechasse a porta do carro para ela.

Nuno, quase instintivamente, fechou a porta e permaneceu ali, surpreso.

Eu não disse nada, apenas fiquei parado.

"Meu motorista vai levá-lo para casa" - disse Vanda, surgindo repentinamente.

Nuno olhou para mim: "Vou ficar com você."

Jorge sentou-se no banco do passageiro e Benito deu partida no carro.

Dirigi meu olhar para Robson, mas ele não olhou para trás.

Ele e 'Luna' realmente combinavam.

Mas afinal, quem era Luna?

"O que você acha dessa Luna?" - perguntou Nuno, depois que entramos no carro de Vanda.

"Agora... não consigo dizer quem é a verdadeira Luna" - respondi, balançando a cabeça e observando o motorista pelo espelho retrovisor.

Nuno não fez mais perguntas, afinal, estávamos no carro de outra pessoa, não era seguro.

"Mas Robson parece realmente acreditar que ela é Luna. Vanda conhece bem Robson, parece saber que se tiver alguma coisa a ver com Luna, ele vai perder o controle e escolhê-la sem pensar" - sussurrei, batendo os dedos na minha perna.

Nuno olhou para meus dedos, mas não disse nada.

O motorista de Vanda nos deixou em frente à mansão de Robson, onde Benito já estava com os outros.

Quando Robson saiu do carro, 'Luna' naturalmente estendeu a mão para que ele a ajudasse.

Robson levantou a mão, segurou seu pulso e a ajudou a descer.

No quintal, Estrela, agitado, latia incessantemente, mas se acalmou no momento em que viu 'Luna'.

Parecia surpreso, sentou-se no chão, fitando 'Luna' e depois a mim, que também descia do carro.

"Meu Santiago?" - perguntou 'Luna' a Robson.

Robson não respondeu.

"Descendente ou clone?" - ela perguntou novamente.

"Clone" - respondeu Robson.

'Luna' não parecia surpresa, como se já soubesse que Robson faria algo assim.

Eu, por outro lado, fiquei chocada por um bom tempo.

O motorista me deixou no Hotel Templo e fez um aviso.

Voltei a mim, enxuguei rapidamente as lágrimas e desci do carro.

O motorista lançou-me um último olhar antes de partir.

Observei-o se afastar, enxugando as lágrimas enquanto adentrava o hotel, com os olhos vermelhos e expressão triste. A recepcionista gentilmente entregou-me a chave do quarto.

Peguei o cartão do quarto e entrei no elevador, lutando para conter as lágrimas.

Robson e Luna, eles realmente formavam um par perfeito.

No quarto, sentei-me no sofá, anestesiada, e solicitei que trouxessem uma garrafa de vinho. Bebi tudo de uma vez, e então comecei a sentir-me entorpecida.

Comecei a enlouquecer, a fazer escândalos por causa da bebida, a ligar para Robson: "É porque... ela se parece mais com Luna, não é?"

Eu chorava enquanto o confrontava.

Ele atendeu, mas não disse uma palavra.

Eu chorava e perguntava por que ele confiava naquela mulher, mas ele não respondia.

Diante da realidade, renascer era apenas uma suposição. Se havia uma Luna genuína e completa, quem se importaria comigo, uma mera hipótese?

Chorando, desliguei o telefone, enlouquecida, e joguei copos e garrafas de cachaça no chão. Meus pés pisavam nos cacos de vidro, e o sangue manchava o assoalho.