Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 532

Pessoas do lado de fora choravam e batiam na porta, batendo sem parar... Eu podia ouvir os passos do lado de fora.

Alguém, rindo, caminhava em nossa direção. "Encontrei... Aqui tem um que escapou."

O grupo, parecendo um bando de arruaceiros, carregava tacos de golfe e barras de ferro, aproximando-se passo a passo.

A pessoa do lado de fora gritava em pânico, implorando de joelhos.

Ela me suplicava para deixá-la entrar.

Meu coração apertou, preocupada que Robson estivesse em perigo lá fora.

Abrindo a porta, antes que pudessem pegá-lo, o arrastei para dentro.

Tranquei a porta às pressas, e bastões começaram a bater nela.

Eles pareciam infectados por um vírus, batendo na porta freneticamente.

Era... O dito mal da natureza humana.

"Ai!" De repente, um grito veio de fora da janela.

Alguém foi jogado do convés, caindo no mar com um splash.

Eu corri para olhar, e havia mais loucos jogando pessoas ao mar...

"Eles não têm feridas nas mãos." Franzi a testa ao perguntar.

A pessoa que salvei tremia encolhida num canto. "Eles disseram que é um plano de redução, porque há limites de comida e água, muitas pessoas vivas... isso desperdiça recursos... Mantendo o número de pessoas controlado, podemos ganhar mais tempo..."

Meu coração gelou.

Era terrível...

Não é à toa que Robson dizia que este cruzeiro era como uma contagem regressiva para o fim dos tempos...

Respirei fundo e peguei uma faca que estava ao lado da cama, segurando-a firmemente. "Preciso sair um pouco, fique seguro aqui."

A pessoa, em pânico, balançou a cabeça. "Não saia, não saia... Eles estão loucos, e entre eles há um líder que estabeleceu uma regra: começam a matar ao anoitecer e terminam antes do amanhecer, não saia enquanto ainda está escuro."

Eu respirei aliviada, preparando-me para abrir a porta.

"Não abra!" Mas a pessoa que salvei não concordava em abrir.

"Luna! Quem está aí dentro?" Robson perguntou, cauteloso.

Mais barulho veio de fora. "Tem mais um aqui!"

Ouvi muitas pessoas correndo em direção a Robson, mas a pessoa ao meu lado não me deixava abrir a porta.

Meus olhos faiscaram, agarrei a cabeça da pessoa e a bati na porta, deixando-a inconsciente.

Abri a porta e, enquanto aqueles outros se aproximavam, puxei Robson para dentro.

Robson estava coberto de sangue, e trouxe também uma garota de uns quinze anos.

"A gente esqueceu dela..." Robson disse inocentemente. "Quando saímos, deixamos ela aos cuidados de Seraphim, que veio até nós uma hora atrás, dizendo que um massacre havia começado e que ela havia fugido."

A garota, com sangue no rosto, tremia de medo, encolhida no chão. "Muitas pessoas morreram..."