Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 562

Nos dias seguintes, ela vivia como se cada dia fosse uma tortura.

Sofrendo com a AIDS, vivendo diariamente com o medo de ser morta a qualquer momento, era assim que ela sobrevivia.

Morgana claramente previu isso, com ventanias misturadas à chuva e água do mar despejando sem parar, tremendo de frio enquanto ficava encharcada, descia lentamente o convés, se encolhendo em um canto.

Não havia mais quem a protegesse...

E também não havia quem a ajudasse.

Refletindo sobre sua vida, ela não sabia o que tinha feito de errado, ainda sentia inveja, e não se arrependia de suas ações até a morte.

Algumas pessoas são simplesmente ruins por natureza, até que a morte as leve.

...

No quarto.

Jorge e Benito encontraram algo para comer, mas já estava escasso, a imprudência dos últimos dias havia esgotado os suprimentos do navio, o que restava estava sob a rigorosa vigilância dos homens do Lutador, dificultando o acesso.

Nuno encontrou pirulitos e leite para Marcelo Macedo e Aline, oferecendo-lhes.

Aline olhava para o pirulito, perguntando cautelosamente. "Irmão... é como os que veem na TV? Parece tão gostoso."

Marcelo Macedo afagou a cabeça de Aline. "Vai, come."

Por cinco anos, esses irmãos viveram dependentes um do outro, em um verdadeiro ‘mundo de Truman’.

Eles não tinham lanches ou brinquedos como outras crianças, nem pais por perto; desde o nascimento, eram cobaias observadas dentro de gaiolas de vidro.

Olhava para os dois pequenos com um aperto no coração e os levava para o quarto.

"A postura dos homens da Lutador é clara, encontrar o presidente do Grupo Galáxia é o único fim deste jogo, caso contrário, as mortes continuarão," disse Benito, sentado no sofá. "Se o presidente do Grupo Galáxia não se apresentar, não há necessidade de nos matarmos uns aos outros, a falta de comida e água nos matará."

Agora, todos viviam sob a sombra do medo da morte.

Aline Barcelos estava assustada, seus olhos vermelhos, enquanto Heraldo, desajeitado, tirava seu casaco para cobri-la.

Aline Barcelos hesitou por um momento, baixou a cabeça, sem dizer uma palavra.

"A comida no cruzeiro está cada vez mais escassa... A partir de agora, as regras do jogo mudam, para obter comida, é necessário pagar com dinheiro equivalente."

Era preciso pagar com dinheiro vivo.

A organização Lutador estava claramente tentando extorquir dinheiro...

Organizações genéticas precisam de dinheiro, eles também precisam.

"Enlouqueceram, eles enlouqueceram..." Benito xingava, furioso.

Jorge também estava enfurecido, o rosto vermelho. "Todo o dinheiro que trabalhei tanto para juntar não compra nem uma garrafa de água."

Nuno abriu as mãos. "Sou apenas um estudante do ensino médio, também não tenho dinheiro."

Nós olhamos, percebendo que não era uma questão de ter ou não ter dinheiro, era simplesmente absurdo.

"Eu faço questão, vou pagar para todo mundo." Aline Barcelos ofereceu, erguendo a mão.

"Deixa que eu pago." Heraldo se adiantou, colocando-se à frente de Aline Barcelos. "Guarda o seu dinheiro para você."

Nesse momento, o Sr. Ferreira parecia mesmo um cavalheiro.