Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 569

"Tenha cuidado, viu? Ele é muito esperto." Guilherme continuava nos alertando, aparentando estar bastante nervoso.

Eu apenas acenei de forma distraída, enquanto afagava a cabeça de Marcelo. "Marcelo, faça o que a mamãe está dizendo, vamos nos esconder atrás da porta e você sai correndo para atrair as pessoas lá fora para cá."

Marcelo assentiu obedientemente e correu para fora.

"Marcelo..." Primeira já tinha notado Marcelo e Aline faz um tempo, franzindo a testa em minha direção. "Teoricamente, eles são meus filhos."

Primeira claramente também suspeitava que as pessoas do laboratório de genética usaram os óvulos fertilizados de Fábio e Luna para criar uma segunda geração de experimentos.

"Você está pensando demais, eles são filhos de Luna e Robson." Eu protegi Aline atrás de mim.

Aline e Marcelo também tinham notado Primeira há algum tempo. Ela se parecia muito com a mãe deles, mas eles sabiam que ela não era a mãe.

"Se for pela semelhança genética, eu e Luna somos uma cópia perfeita, na proporção de um para um." Primeira se agachou ao lado de Aline. "Vem com a mamãe, ela não é sua mãe..."

Aline sacudiu a cabeça, escondendo-se atrás de mim, falando baixinho. "Ela é sim a mamãe."

Primeira franziu a testa, parecendo não entender por que as crianças me consideravam sua mãe, sendo que ela se parecia mais com Luna.

"Eu te aconselho, agora não é hora de brigar por crianças comigo." Eu alertei Primeira.

Primeira soltou um resmungo de desprezo e se escondeu atrás de Seraphim.

E Adonis, obviamente, também mantinha seus olhos em Aline.

Afinal, ela era filha de Luna com outra pessoa, e mesmo sendo um experimento, isso o fazia lembrar do filho de Luna que nunca nasceu.

Eu podia ver em seus olhos, uma mistura de arrependimento, desamparo e desespero.

Infelizmente, o que foi perdido, está perdido.

De que adianta o arrependimento?

Não existem tantas segundas chances para consertar o que foi quebrado. Um espelho quebrado, por mais que seja reconstruído, sempre terá fissuras.

Lá fora, Marcelo correu para fora e, ao ver a pessoa mascarada, correu de volta rapidamente.

A pessoa mascarada tinha acabado de discutir com André e estava prestes a ir embora quando viu Marcelo correndo com as mãos amarradas atrás do corpo, e instintivamente tentou pegá-lo.

Afinal, era apenas uma criança, a maioria das pessoas não acreditaria que ela pudesse ser uma ameaça.

No entanto, assim que ela se aproximou da porta, Odete propositalmente derrubou algo dentro do quarto, fazendo barulho.

Aqueles olhos... estranhamente familiares.

"Retirada!" Gritei para que eles fugissem primeiro.

Adonis se adiantou para me ajudar, quase sendo atingido pelos tiros.

"Pegue as crianças e corra!" Eu gritei para ele.

Ele hesitou por alguns segundos, mas acabou levantando os dois pequenos e fugindo rapidamente.

"Mamãe..."

"Luna!!"

Marcelo e Mafalda gritavam preocupados comigo.

"Benito! Leve-os daqui." Eu lutei com a pessoa mascarada, dando tempo para eles fugirem.

Guilherme, vendo que a situação estava ruim, levou todos para fora por um caminho que ele havia encontrado.

Aproveitei um momento de resistência do mascarado para rasgar sua manga, revelando um braço magro e frágil por baixo da roupa larga.