Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 581

As águas do mar invadiam lentamente, e o tempo de espera submerso sempre parecia se arrastar indefinidamente.

Surpreendentemente, eu consegui manter o fôlego debaixo d'água por dois minutos.

Era evidente que Lana, antes de mim, tinha uma excelente condição física.

Mas, devido às ondas, o balanço do navio era intenso, o que retardava a entrada de água e aumentava a pressão, fazendo com que a cama ficasse ainda mais prensada contra nós.

Desesperadamente, eu nadava para cima para respirar ar fresco nos espaços entre as ondas, antes de mergulhar novamente para soprar ar nos pulmões de Robson.

Mesmo diante da iminência da morte, quando eu estava tentando fazer respiração boca a boca, ele ainda achava tempo para segurar minha cabeça e me beijar...

Esse homem realmente não escolhia momentos para suas intimidades.

Olhei para ele, sem saber o que fazer. Não era hora para brigas.

Ao emergir novamente, respirei fundo antes de mergulhar outra vez.

Robson parecia calmo, imerso na água como se nada estivesse acontecendo.

Já se passavam três minutos. Uma pessoa normal não conseguiria segurar a respiração por tanto tempo, certo?

Mas, parece que esqueci que ele não era uma pessoa normal.

"Luna!"

"Robson!"

Acima de nós, entre o rugir do vento e as ondas que batiam no cruzeiro, seus gritos continuavam a ecoar.

Sabendo que todos ainda estavam vivos, encontrávamos forças para continuar lutando.

Marcelo e Aline estavam acima.

Robson...

Sob a água, eu abracei Robson.

Pedindo para ele aguentar.

Ele também me abraçou, esperando o momento certo.

Com um forte impacto, a cabine balançou quase a 90 graus, e o peso que prendia a perna de Robson finalmente se soltou devido à flutuabilidade e ao movimento do navio.

Robson aproveitou a chance para libertar sua perna e, segurando minha cabeça, me beijou demoradamente.

Senti como se fosse ficar sem respirar debaixo d'água.

Ele me puxou para a superfície.

Respiramos profundamente o ar nos espaços entre as ondas.

Olhei para ele, meio irritada, meio aliviada.

Deve ter sido a alegria de ter sobrevivido, pois não consegui repreendê-lo de verdade.