O Labirinto de Amor romance Capítulo 137

Um homem desses era um tesouro!

- Kaira! - uma voz me chamou e eu voltei a andar atenta no chão. Guilherme sorriu. - Você está com uma barrigona, tem que atentar mais quando anda.

Eu assenti, sentindo um olhar sobre mim pelas costas, então me virei de novo.

Encontrei os olhos de Simão e dei uma pasmada. Sorri por instinto e acenei a cabeça de leve em cumprimento.

Ele franziu o cenho e não fez nada, apenas abaixou a cabeça e continuou lendo seu livro.

A sala de estar da casa deles tinha uma iluminação muito forte, e tinha um piano sob as escadas. Era muito bem preservado, e seu valor não era pequeno.

Emma mandou que fossem fazer o almoço e chamou nós dois para nos sentarmos na sala, seu olhar terno.

- O Sr.Benjamin foi para a empresa, vai chegar logo. - e então ela se virou para mim. - A criança já está com sete meses, né? Já definiram a data prevista de parto?

Eu sorri e olhei na direção de Guilherme ao responder:

- Ele já deixou tudo pronto.

Emma assentiu, seu sorriso esquentando o meu coração.

Depois de uma simples conversa, Emma nos levou para o quintal para tomar café da tarde. A tia e o sobrinho se encontram, e Guilherme quase não falava, era Emma quem estava tomando a iniciativa de falar.

Ela perguntou sobre o estado da família Aguiar nesses anos todos, perguntou sobre Guilherme, sobre a empresa, as pessoas ao redor dele... Tudo menos sobre Rodrigo.

Guilherme lhe respondia plenamente. Vendo que os olhos de Emma estavam começando a se avermelhar, eu me levantei e falei:

- Sra.Emma, vocês conversam, eu estou com a coluna um pouco dolorida por ter me sentado demais, vou dar uma andada por aí.

Emma se levantou preocupada, me perguntando:

- Eu deixei médicos à posto em casa, quer que eu chame um para dar uma olhada?

Eu balancei a cabeça apressadamente.

- Não precisa, eu vou andar um pouco, vocês continuem.

Guilherme olhou para mim e disse:

- Vai lá, tome cuidado!

Vendo isso, Emma me olhou agradecida com um sorriso no rosto. As coisas da família Aguiar, Guilherme não me contava, e eu também não perguntava. Emmaera uma mulher forte e graciosa, claro que não deve querer que os outros a vejam perder a postura.

O jardim da casa deles era enorme, eu andei um pouco seguindo o caminho de pedras e me sentei em um lugar fresco, admirando as decorações em silêncio.

Mas Simão apareceu e interrompeu o meu momento de silêncio.

Sua postura reta em pé na minha frente me fazia sentir que ele estava olhando para mim com superioridade.

Eu me levantei e sorri, mantendo a educação ao cumprimenta-lo:

- Olá!

Ele franziu o cenho, o livro que lia ainda estava na sua mão. Seu olhar foi para a minha barriga e perguntou:

- É dos Aguiar?

Essa pergunta foi inesperada demais, eu hesitei um instante antes de entender que ele estava se referindo à minha barriga, e assenti.

- Sim, eu me chamo Kaira, muito prazer!

Ele assentiu de volta levemente, sem dizer mais nada, mas não conseguiu esconder a nítida inimizade de seus olhos.

Isso me deixou confusa. Eu nem o conhecia, por que me trataria como uma inimiga?

Mas ainda bem que ele foi embora depois do cumprimento.

O almoço ficou pronto às duas da tarde.

À mesa, estavam cinco pessoas. Além de eu, Guilherme e Emma, estavam Simão e Benjamin.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Labirinto de Amor