Moradora de rua romance Capítulo 56

Sebastian parecia muito feliz, ele ria comigo em quanto dirigia de volta para o meu apartamento.

-Não posso dormir hoje com você, tenho uma audiência logo pela manhã...

-Não tem problema, vou sonhar com você!-Beijo sua bochecha.

-Amanhã peço para Tamira trazer o queijolas, aposto que ela vai adorar te visitar!

-Obrigada!-Ele me da um selinho e eu saio do carro.

Aceno para Sebastian e o vejo se afastar, havia alguém do outro lado da rua me observando, aperto o passo e entro dentro do prédio, o porteiro me recebe com um sorriso e eu entro no elevador.

Assim que entro em meu apartamento retiro os saltos e vou em direção ao banheiro, lavo meu rosto e penteio meus cabelos, retiro o casaco e me deito na cama, mas minha mente estava inquieta eu sentia uma necessidade de desenhar de pintar algo me levanto e vou ao ateliê, observo meus quadros inacabados e procuro por uma tela em branco, acho uma e começo a desenhar com o lápis para criar uma base, uma casa me veio a mente, começo a fazer a base e depois molho o pincel na tinta acinzentada, sigo os traços e algo em minha cabeça dói, eu pintava mais rapido do que já pintei, não precisava de pausas para observar o desenho e terminar os traços, eles se faziam por si só, eu pintava a frente da casa, com portões pretos, muros altos e cinzas, e o número, um em específico veio em minha mente 103, minha cabeça começava a latejar com mais intensidade agora, as luzes piscam me tirando de um transe que eu nem sequer imaginava que estaria. Me afastei do desenho e o observei, eu já havia pintado algo parecido, algo no mesmo tom... vou até o armario e observo as pinturas antigas, está era de um mês a pego e a ergo, era o quadro que mostrei para doutora, as costas de uma casa cinza, uma janela quebrada, era a casa que eu acreditava ter fugido. Corro até a mesa e folheio meu caderno de memórias, uma rua extensa cheia de casas, o desenho era escuro e melancólico, observo as casas e vejo a casa que eu acabei de pintar e bem no canto o número 103, a rua pela qual eu corri para fugir da minha prisão. Pego meu celular e disco o número da doutora, eu estava ofegante e começava a suar, esbarro em um frasco de tinta e a derrubo no chão.

Capitulo 55 1

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