Moradora de rua romance Capítulo 58

Minha cabeça doia, parecia que iria explodir a qualquer momento, abro os olhos e tento recuperar minha consciência, eu estava deitada um sofá velho, ontem a noite, dois homens estavam a minha porta, não pude lutar quando um deles tampou meu nariz com um pano encharcado, observo minhas roupas que continuavam do mesmo jeito, meu pé com tinta seca vermelha, observo o local ode eu estava um galpão abandonado, apenas com aquele sofá um tapete velho e uma cadeira.

-Você acordou...-Escuto uma voz, que faz meus pelos do corpo arrepiarem e minha espinha gelar-Pensei que não fosse acordar tão cedo!

Era aquela voz, aquela maldita voz dos meus pesadelos, me viro e encaro o homem que eu fiz dezenas de desenhos, o homem de paris, o da tatuagem de gavião no pescoço, mas eu ainda não sabia seu nome, mas meu corpo gelava apenas de olha-lo.

-Procurei você por meses... pensei que tivesse morrido em alguma vala de overdose... então parei de procurar!-Ele sorri e se senta na cadeira.-Mas então te vi no jornal... Garota misteriosa, também estavas nas revistas... não foi muito cuidadosa não é? Eu queria pega-la de volta afinal você é minha eu a comprei... mas estava com o maldito Sebastian Bracho... um homem bom de negócios, inteligente e com muito dinheiro... não podia simplesmente aparecer e pega-la... então te segui, por paris...-Meu corpo se arrepiava-Brasil...

Ele estava lá aonde eu fui ele estava, me observando.

-Confesso que me atrasei um pouco... quando seu namoradinho de merda estava em Nova York eu tentei me aproveitar mas você não desgrudava daquela garota... até pensei em pega-la também afinal vocês duas me seriam úteis mas ela é conhecida e com certeza não teria paz com a policia a procurando por ai... mas ontem eu a vi cantar, durante três meses você nunca cantou para mim, claro que a maioria do tempo estava chapada mas eu me senti ofendido, quando cantou para Sebastian... sua voz, eu tive que agir e quando ele não desceu do carro com você, foi um sinal divino, era o meu momento... ah como eu senti sua falta!-Ele toca meu rosto e eu o empurro-Sempre uma gatinha arisca...

-Quem é você?!

-Ah é verdade... você perdeu a memória não é... sabe alguns de meus capangas mencionou isso, pensei comigo mesmo bom ela não sabe onde eu moro, quem eu sou e nem meu nome, a chance perfeita para não me importar e apenas comprar uma nova garota... Mas você, você fugiu de mim, a unica que eu precisei manter drogada ou sedada para poder tocar, você relutava demais, mesmo quando te bati você resistia, eu não queria estragar minha mercadoria, mas foi a primeira que eu comprei talvez fosse minha inesperiencia, e quando fugiu e eu não a encontrei, comprei outra, fortifiquei as seguranças de minha casa para o mesmo erro não ocorrer... mas todas eram iguais, obedientes, faziam oque eu mandava e até era submissas... confesso que me diverti, mas eu sentia que algo faltava...-Todas? oque ele queria dizer com aquilo aonde elas estavam-Foi perdendo a graça com o tempo, e quando eu te vi na revista, confesso que demorei um pouco para reconhecer mas os seus olhos... esses lindos olhos, como poderia ter alguém que não fosse você?

-Você é louco!

-Não, eu apenas a queria... então me livrei das outras...

-Se... Livrou?-Eu falo com minha voz falhando.

-Sim, todas elas eu as matei e escondi seus corpos, nenhuma te superaria... por mais que se parecessem, nenhuma tinha seus olhos, sua força...-Sentia as lagrimas descendo por meus olhos.-Não chore querida, eu me livrei delas por você, pare te ter...

Ele se aproxima e toca em minha e o empurro com todas as minhas forças ele cai de bunda no chão me levanto e saio correndo em direção a saida, mas sou barrada por um homem alto e forte ele me agarra me impedindo de me mexer.

-Sempre arisca...-Ele sorri e faz um sinal.

Um homem vem e me amarra, eu me contorcia em quanto chorava.

-Calma minha gatinha, esta tudo bem, nós vamos embora daqui... iremos para outro pais, bem longe disso tudo e ficaremos juntos, vai aprender a gostar de mim...-Ele toca meu rosto e sinto um embrulho no estomago-Vamos ficar para sempre juntos Helena...

Como uma tempestade todas as minhas memórias vem atona, desde as brincadeiras quando criança, o ensino médio, minhas amigas me chamando em quanto eu pintava, meu nome era Helena Garrido, e no dia 21 de março a 4 anos quando eu comemorei meu aniversário de 17 anos uma mulher me deu parabéns, disse que viu minhas artes por todo o rio de janeiro, e que gostaria de me fazer ser conhecida para o exterior, como uma adolescente sem familia , morando em um orfanato e sem um lar para viver quando me tornasse de maior eu não teria para onde ir, aquela oportunidade era unica, minhas amigas choraram com a minha despedida...

-Helena a gente vai sentir sua falta...

-Se a dona Rita souber que fugiu não vai te deixar voltar pro orfanato...

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