Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 99

MANU

Acordei mantendo meus olhos fechados, com preguiça de abri-los, meu corpo está cansado das noites mal dormidas, dos dias mal passados, meu corpo está dolorido, sinto uma sonolência

anormal. Durante os dias que estive em cativeiro, senti muitas náusea acho que a comida ruim ou o estresse de toda a situação.

Posso sentir os olhos de Murilo em mim, o que me dá vontade sorrir e abrir os olhos para encontrar aqueles dois oceanos azuis me encarando. Abrir meus olhos para constatar que ele me observava, da mesma forma intensa de sempre.

- Oi.

Murilo me olha sério, quase posso tocar seu medo, através do seu intenso olhar. Senti falta de acordar ao seu lado todos esses dias, porém senti muito mais falta dessa nossa conexão, do silencio confortável, do carinhos sem finalidades, de simplesmente estar com ele.

Começamos a conversar entre caricias ingênuas, cada um expondo seus medos e inseguranças, eu mal pude acreditar quando soube que ele pagaria sessenta milhões por mim, caramba, Meu Deus, são sessenta milhões!

Pensar que Murilo faria qualquer coisa por mim, até pagar uma fortuna para me ter de volta, me faz pensar em minha mãe, afasto esse pensamento imediatamente, não posso me dar ao luxo de sofrer por ela, já tenho coisas demais para pensar.

E claro que o destino gosta de brincar com as pessoas, não é mesmo!

Afasto o pensamento em minha mão e a porta do quarto se abre, com Sandra me dizendo que ela, minha mãe, Elena Fontes, estava ali, na sala da casa do meu namorado querendo me ver.

Daquele momento ainda deitada na cama, até entrar na sala e vê-la sentada conversando com Rosa e minha sogra, tudo se deu em modo automático, quando ela abre os braços sorrindo para mim sinto medo correr por minha veias na mesma velocidade que meu sangue, o medo da rejeição volta a me dominar, minhas mãos estão trêmulas, quando Murilo diz que está tudo bem, para eu ir até ela, a coragem me vence.

Com passos incertos caminho para o abraço que a anos não sentia, ao sentir o cheiro da minha mãe, o cheiro que ela sempre teve, sentir o calor dos seus braços é como se tirassem um peso enorme que tentava me afundar em meio ao medo, mágoa e raiva, antes que eu consiga raciocinar, começo a chorar.

- Ah querida, eu senti tanto medo, quando soube de tudo pela tv.

Minha mãe me abraça mais forte, sinto seu peito subir e descer mais rápido, ela também está chorando, não sei ao certo quanto tempo ficamos abraçadas, chorando nossas magoas, sinto que estou sufocando, preciso me afastar para voltar a respirar.

- Eu gostaria de conversar com você filha.

- Podem usar o escritório. - A voz de Murilo soa em meus ouvidos.

Cruzo meus braços a frente do meu corpo, com passos certeiros sigo para o escritório, seu que ela caminha atrás de mim, abri a porta e esperei que ela entrasse.

- Senta. - Digo de forma mecânica.

Ela se senta em um sofá cinza de veludo que compõe a decoração industrial daquele ambiente, eu fico de pé observando-a. Minha mãe é linda, apesar do seu rosto não ter mais aquele vigor que tinha, quando meu pai era vivo, o sorriso fácil foi embora. Ela bate a mão no sofá, para que eu me sente ao seu lado.

Sem pensar muito, vou até o seu lado no sofá e me sento, não tenho coragem de encará-la, espero que ela quebre o silêncio, dizendo o que veio fazer aqui.

- A primeira coisa que quero te contar é que o José foi embora de casa. - Minha mãe segura minha mão sorrindo. - Ele finalmente me deixou.

O sorriso em seu rosto me deixou confusa, as palavras que ela diz, "finalmente me deixou", o que isso significa? Ela preferiu ele a mim, porque está contente que ele foi embora agora?

- Filha, quero que me ouça por favor, é só o que te peço. - Assenti, concordando que ela continue falando. - Não tenho palavras para lhe dizer Manuela, tudo que pensei em falar me parece tão pouco agora, injustificável, eu realmente achei que estava te protegendo ao me afastar.

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