Por Você romance Capítulo 165

Bônus do Marrento - parte 2

Tem um corte profundo no meu supercílio direito, outro no canto da boca, o meu olho esquerdo está inchado, tão inchado que mal consigo abri-lo, as maçãs do meu rosto não estão tão diferentes. O filho da puta foi a forra! Respiro fundo e após cuidar dos machucados sigo para o box e ligo o chuveiro controlando a temperatura da água. Passo horas debaixo da água morna me livrando do sangue colado na minha pele e cabelos. As dores começam a adormecer e quando finalmente sinto a maciez do colchão me lembro de Jasmine, do que eu fiz a ela e engulo em seco. Eu nunca bati em mulher na minha vida e juro que não me reconheci naquele momento. Eu só... fiquei puto por ela não me querer. E saber que ela gosta daquele almofadinha filho da puta me fez perder o controle. E quando vi, já tinha feito a merda toda. Saí daquela casa naquela noite me sentindo um merda e entrei em um bar. Eu precisava beber e tomei todas naquela noite até apagar e quando dei por mim estava amarrado e em uma cadeira.

***

Um mês depois...

Durante esses dias tenho observado a família Alcântara de longe. Sei dos seus horários e dos amigos que frequentam a casa, mas estão sempre fechados dentro daquela m*****a fortaleza e quando saem, estão rodeados de seguranças. É quase impossível chegar perto da Jasmine e eu tenho um prazo para levá-la para o Cicatriz ou eu já era! Acendo um cigarro e a observo entrar no colégio de mãos dadas com o riquinho. Ela está sorrindo pra ele, faz isso o tempo todo. De onde estou posso meter uma bala na cabeça do filho da puta fácil, fácil e assim acabar de vez com esse romance enjoativo e ela finalmente olharia para mim. Mas não faço com a cabeça. Isso atrairia a polícia até nós e acabaria com os planos do chefão. O meu plano é o seguinte. Levar a Jasmine para a comunidade, entregá-la para o papai e no fim o convenço a me entregá-la como a minha mulher. E quando Cicatriz entregar o poder para a filha eu serei o chefão do narcotráfico e cumpro com a minha vingança, matar o Cicatriz. No final terei o poder total nas minhas mãos. Paciência. Isso é um jogo de paciência. E para a minha surpresa vejo alguém conhecido adentrar no colégio e tenho uma ideia. Faço sinal para um dos meus homens e ele se aproxima.

— Tá vendo aquele babaca ali? — Aponto na direção do garoto com a cabeça. Meu comparsa faz um sim para mim. — Eu quero que traga aquele merdinha pra mim. Preciso fazer uma certa cobrança.

— Certo, chefe! — O homem se afasta para cumprir a minha ordem e eu me sento na lataria do carro, acendendo outro cigarro. Às vezes o destino conspira para me ajudar. Isso não podia ser mais fácil. Sete minutos depois, Barata chega com o rapazote carregado de pela camisa.

— Oi... Marrento! Eu... já ia te procurar, é que... — O filho da puta está com a voz trêmula, parece uma franguinha assustada. Eles não fazem ideia do quanto me divirto com isso.

— Teu pagamento está atrasado, Brow! — O cobro e ele me lança aquele olhar assustado, aquele que alimenta a minha lama negra.

— Eu... eu sei... Marrento. Eu... só preciso de mais alguns dias. O meu pai cortou a mesada e... — Pulo de cima do carro percebo o franguinho estremecer diante dos meus olhos.

—E o que eu tenho a ver com os teus problemas de família, mané? Eu não faço caridades, porra e você tem um atraso de duas semanas, seu franguinho de merda! — rosno impaciente e faço um gesto para o homem atrás dele. Barata o faz se ajoelhar diante de mim e o garoto começa a chorar.

— Eu preciso de alguns dias, Marrento.

— Quando?

— Uma semana. Eu vou levantar esse dinheiro pra você!

— Você tem dois dias, porra!

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