Por Você romance Capítulo 168

Mick

O momento da reconciliação...

No segundo dia desse meu inferno particular estou praticamente sem forças e jogado na cama apenas olhando para a sua imagem na tela do meu celular. Isso é ridículo! Por que eu tenho que amá-la tanto assim? Por que não posso simplesmente deletar o que eu sinto do meu coração? Por que essa porra tem que doer tanto? Então me pego chorando. Chorando feito a porra de um menino! E no ato começo a acariciar a sua foto na tala. Que raiva de mim mesmo! Como posso ser tão fraco assim? Em um ato de desespero jogo o celular para longe de mim e seco as lágrimas, virando-me para o outro lado da cama. O telefone começa a tocar e imediatamente me viro outra vez encontrando o seu sorriso brilhando na tela. Estou tentado a atendê-la. Mas, que porra, ela não desiste nunca? Se eu ceder, ela fará tudo de novo e de novo, e de novo. Solto o ar pela boca e me forço a ignorar a ligação.

... Está na cara que você gosta dela.

... Ela te ama.

... Me deixa explicar o que aconteceu na sala?

... Deixa de ser cabeça dura, Mick!

As vozes se misturam dentro da minha cabeça. O celular volta a tocar, mas dessa vez eu atendo com o coração quase saindo pela boca.

— Mick? — A voz de Rute sobressai do outro lado da linha me deixando frustrado e eu respiro fundo antes de responder.

— Fala, Rute!

— Eu estou preocupada com você! É que... você não tem ido para o colégio e...

— Rute, para! — A corto com rispidez. — Olha só, eu não quero ser chato contigo, mas por favor não me liga mais e não procure saber como eu estou. Entenda uma coisa, o fato de eu ter acabado o namoro com a Cristal não quer dizer que você tem alguma chance comigo — falo sem rodeios e escuto a sua respiração do outro lado da linha.

— Desculpe eu... só estava preocupada mesmo!

— Não preciso da sua preocupação. Eu vou ficar bem, eu sempre fico bem!

— Mick, por favor! — A sua voz soa chorosa agora, mas não estou com paciência para ouvi-la então encerro a ligação e respiro fundo outra vez. Saio da cama e vou tomar um banho demorado. Minutos depois, desço as escadas e vou para a cozinha onde os meus pais já estão. Como da última vez me sento em silêncio e sobre os seus olhares especulativos, porém, em algum momento a minha mãe resolve falar.

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