Lana chegou em seu apartamento novo e assim que desceu do carro parou em frente as escadas. Lembrou naquele momento que estava sem suas malas que ficara no carro do Brian, estava suja, com dor de cabeça, cansada e com fome. Mas, acima de tudo estava devastada.
Ficou um bom tempo parada em frente ao seu prédio olhando para o nada e relembrando todos os acontecimentos do dia e de como tudo podia ter acabado da pior forma. Deixou as lágrimas caírem e se sentiu impotente.
- Lana.- Chamou Maryane. - Você está bem? - Indagou a senhora se aproximando. - Oww meu Deus Lana, você está suja de sangue, o que houve?
- Eu.... Eu...
- Oww querida, o que aconteceu? - Disse vendo a garota desmoronar nos braços da senhora em lágrimas. - Está tudo bem, eu estou aqui, pode chorar. - Falou a senhora confortando a moça. - Venha comigo. Você precisa descansar, venha. - Disse a senhora levando Lana para seu prédio.
Lana deixou-se ser arrastada pela mulher. Ela não tinha forças para discutir ou protestar. A senhora a levou pelos fundos e elas entraram sem serem vistas no bar. Chegaram a casa e a moça desabou no sofá com bolsa e tudo.
- Aqui, me dê isto. - Disse Maryane pegando sua bolsa.
- Mãe, o pai pediu para lhe perguntar... Lana o que houve? Você está... - Falou Alan se aproximando da moça que nada falava ou expressava.
- Lana, sua chave do apartamento está aqui? - Indagou apontando para a bolsa.
- Mãe o que houve com ela? - Perguntou o rapaz preocupado.
- Alan, avise ao seu pai que não vou voltar agora para o bar, peça para que ele me cubra. Vá lá na cozinha e prepare uma marmita com o Coddle, caldo de batatas e carne de porco. Também traga Irish coffee e Guinner. Separe tudo em uma grande bolsa térmica. - Falou orientando seu filho.
- Mas, mãe...
- Vá Alan. - Disse vendo seu filho sair contrariado. - Eu já volto tá. - Disse subindo as escadas e voltando em seguida com um casaco e o vestindo. - Também trouxe uma garrafa com efusão e o colocou dentro de sua bolsa.
Assim que seu filho retornou, disse a ele que não voltaria para o bar e que seu pai não esperasse acordado. Pegou pelo braço de Lana e saiu de novo pelas portas do fundo voltando para seu apartamento.
Maryane abriu espaço para que Lana entrasse, fechou a porta atrás de si e colocou as sacolas no balcão da cozinha. Foi ao banheiro e deixou a água ligada para encher a banheira, depois voltou até a sala e levou a moça para o quarto.
- Você vai ficar bem logo, logo, eu prometo. - Disse a senhora ajudando a moça a tirar o vestido. - A velha Maryane está aqui. Vou cuidar de você como se fosse minha filha. - Falou tocando no rosto de Lana carinhosamente.
Quando terminou de tirar o vestido de Lana, arrancou seus sapatos, foi ao banheiro, desligou o chuveiro, voltou ao quarto e trouxe a moça com ela a colocando pacientemente na banheira. Foi até a cozinha e pegou uma panela pequena na cozinha, sentou na beirada da banheira e começou a dar banho nela que chorou até derramar a última gota de lágrima da sua alma.
Ao terminar de dar banho em Lana a enrolou em um roupão e a colocou sentada na cadeira em frente ao balcão, então pegou as marmitas e começou a esquentar no fogão. Abriu uma guinner e deu a moça e assim que a comida esquentou colocou em um prato diante de Lana que continuou parada sem se mexer.
Maryane sentou na cadeira ao lado, pegou o prato e deu a comida a moça garfada a garfada, lentamente até que ela comesse tudo satisfatoriamente. Quando terminou, levou Lana para o quarto, puxou a colcha da cama e apôs para deitar. Pegou sua garrafa de ervas, colocou um pouco nas mãos, esfregou e delicadamente passou o aroma e o óleo das ervas por sua testa, pernas e pés.
- Pronto, isso vai aliviar a mente e relaxar seu corpo. - Disse cobrindo a moça com o lençol. - Amanhã vai acordar forte e descansada, eu prometo.
- Maryane... – Chamou. – Eu... - Disse recebendo um beijo carinhoso na testa.
- Feche os olhos e durma. Amanhã será um novo dia. - Falou apagando a luz e se retirando.
Lana acordou sentindo cheiro de ervas em si mesma e no seu corpo. Se espreguiçou e por incrível que pudesse parecer estava se sentindo revigorada. Sua cabeça não doía e seu corpo parecia massageado.
Ao levantar abriu a porta e o cheiro delicioso que tomava conta da casa vinha da cozinha e tinha gosto da sua casa na Irlanda. Era Irish coffee. Caminhou até a cozinha e encontrou Maryane tranquila mexendo em seu armário.
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