Resumo de Bom, se já podemos começar... – Capítulo essencial de Namoro de Aluguel por Ana Franco
O capítulo Bom, se já podemos começar... é um dos momentos mais intensos da obra Namoro de Aluguel, escrita por Ana Franco. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
- Bom dia David, bom dia Morgan! - Falou Lana sempre sorridente ao passar seu reconhecimento facial na catraca.
- Bom dia Senhorita Lana. - Responderam os seguranças.
- Apenas Lana meninos. – Disse recebendo autorização para passar.
- Ok! Senhorita Lana. - Falaram em uníssono fazendo a mulher rir novamente.
- Lana? - Chamou uma moça antes que ela entrasse no elevador. - Preciso da sua ajuda.
- É urgente? - Disse olhando em seu relógio. - Estou com pressa hoje Lilian.
- Vida ou morte. - Disse juntando as mãos e implorando.
- Cinco minutos. – Correu atrás da moça que já entrava na loja vitrine de joias.
- Diamante negro ou diamante rosa? – Perguntou dois minutos depois indecisa sobre a vitrine do dia.
- Lilian, sabe que esse é seu trabalho não sabe? - Indagou fingindo irritação.
- Sei, mas eu amo seus palpites desde o dia que me salvou com o Brian quando ele pediu para eu montar uma vitrine em cima da hora para um dos nossos clientes VVPI e você me ajudou. - Disse com cara de cachorro morto. – Hoje será outro dia que termos visita. Então, por favor?
- Eu lhe ajudei porque acredito no seu potencial e porque estava no primeiro mês do seu emprego aqui. - Falou pegando o diamante preto. – Esse, para combinar com minha alma negra e poderosa. - Disse saindo apressada da loja.
- Obrigada Lana e bom dia! – Respondeu segurando um grande colar negro em suas mãos.
- Senhor Brian? Olá, bom dia! - Disse dando de cara com o homem dentro do elevador. - Não morre tão cedo, estávamos falando do senhor agora mesmo lá na loja vitrine.
- Bom dia! Lana. Espero que só coisas boas. - Comentou entusiasmado.
- Nunca falaria mal do senhor.
- Quer por favor parar de me chamar de senhor. - Implorou o rapaz saindo do elevador que chegou em poucos segundos no vigésimo quarto andar. - Eu só tenho vinte e nove anos. Me sinto um velho feio e rabugento assim.
_ Com todo respeito, não é velho, nem feio nem rabugento. É um dos homens mais gentis e bonitos que conheço. – Falou fazendo-o sorrir.
- Acho que ganhei o meu dia e olha que ainda nem começamos a trabalhar. – Comentou ajeitando sua gravata.
- E eu tenho vinte e oito e também não me sinto velha por isso, porém, desculpa Senhor Brian... Força do hábito. – Riu pela cara feia dele ao fechar a porta do elevador.
- Bom dia Scott! – Cumprimentou o segurança que ficava na porta do elevador guardando a sala da presidência no vigésimo quinto andar. - Como foi o final de semana?
- Foi tranquilo Lana, com uma folga do nosso chefinho graças a Deus. E o seu?
- Também adorei não ser chamada para nenhuma emergência Scott. Passei o final de semana sozinha assistindo filme e comendo muito lanche e torta de chocolate.
- E o seu noivo? - Perguntou curioso.
- Foi a Chicago para uma reunião de trabalho.
- Como alguém deixaria você sozinha o final de semana inteiro? – Questionou franzindo a testa.
- Eiii, eu também já tive que o deixar sozinho por causa do trabalho. - Replicou ligando o seu computador na mesa que ficava em frente ao elevador.
- Mesmo assim, jamais a deixaria. É muito bonita para estar andando sozinha por aí Lana. - Falou dando em cima da moça.
- Eu já disse que ele precisou ir. – Deu de ombros acostumada com o flerte do segurança. - E eu estava em boa companhia.
- Não disse que passou o fim de semana assistindo filmes? – Perguntou a encarando em frente a sua mesa.
- E fiquei sozinha sim. - Falou pegando telefone ligando par a cafeteria do prédio. - Olá Richard, bom dia! Como vai? Sim, o de sempre para começarmos bem nossa segunda feira. Dois cafés grandes, um cappuccino e um expresso cheio de cafeína, obrigada. – Desligou o telefone. - Ao lado de Tom Cruise maratonando novamente Missão impossível. - Falou piscando o olho para o segurança.
- Pensei que fosse do time dos filmes românticos.
- Nada contra romance, mas tô mais para filmes de ação e aventura. - Disse vendo o elevador abrir cinco minutos depois com seus cafés. - Bem na hora. Amo como vocês já deixam o pedido de nosso todo poderoso chefe adiantado. - Disse pegando a bandeja.
- Já nos acostumamos com seu pedido Lana, você é sempre pontual em fazer seu pedido, então, somos experts em lhe atender.
Aliás, seu chefe exigira muitas coisas ao ser contratada, que estivesse todos os dias bem arrumada e elegante já que o acompanhava em todas as reuniões comerciais e viagens de negócios. Ela se esforçava para não chamar tanta atenção, mas sabia que as vezes esse desejo era frustrado, como acontecera em sua última viagem à Itália. Lembrou sorrindo sozinha.
Para começar a semana escolhera um vestido estilo lápis até a altura do joelho no tom branco noiva. De mangas curtas, porém de decote comportado. Ele desenhava bem seu corpo demonstrando que o quanto ela era atlética.
Saltos de bico fino preto apesar de ser alta com seus um metro e setenta e cinco de altura, ela se sentia ainda mais no controle quando usava saltos altos, um relógio prateado discreto em seu braço para sempre lembrar dos compromissos diários, além de uma pulseira fina de ouro e um par de brincos de perolas pequenos que ganhara de presente da sua irmã.
Sorriu ao lembrar o quanto Carolyne era diferente dela, sempre usando maquiagem exagerada enquanto ela usava como hoje uma mais leve e comportada. Seus olhos castanhos esverdeados as vezes dourados como o mel mais cristalino estavam discretamente com uma sombra marrom e delineado preto, Seus cabelos loiros e longos caiam repartidos ao meio soltos pelas costas o que ela sabia que no fim do dia já estariam presos num coque para ela não ficar mexendo o tempo todo, uma mania particular que apenas sua família conhecia quando estava nervosa. Era uma mulher que andava firme e por isso todos a olhavam ao passear pela empresa, acompanhada do seu chefe ou sozinha, Lana nunca passava despercebida.
Olhou para uma foto em cima da mesa do seu chefe com sua família e lembrou de sua casa na Irlanda. Sentiu saudades de fazer suas trilhas que sempre acabavam em uma praia onde ela costumava acampar por dias, diferente do seu noivo que só curtia esportes em lugares fechados.
Lana era uma mulher prática, organizada, focada e determinada. Sempre observadora, se adiantava em tudo que seu chefe pedia, já que tinha sido contratada para isso. Aprendera rápido a cuidar de sua agenda e em como satisfazê-lo.
Apesar de não terem nenhuma intimidade, ambos se respeitavam e trabalhavam bem no mesmo ambiente. Em perfeita sintonia, Lana conseguia atende-lo em tudo que pedia. É claro que seu noivo se incomodava porque seu trabalho dependia dos horários do seu chefe, ele se irritava ainda mais quando ela precisava ficar até tarde enviando relatórios, atualizando planilhas, viajando com ele quando necessário. As vezes até adiava ou simplesmente esquecia de comer e se abastecia com cafés mais de dez vezes ao dia. Além de recorrer a sua gaveta secreta de doces e barras de cereais.
De qualquer forma, pensou novamente, estava feliz em ser sua secretária executiva ou assisense pessoal, seu trabalho era valorizado, tinha excelentes benefícios, apesar de ter duas férias vencidas, ela lembrou.
Admirava seu chefe por ser um excelente empresário, tinha prazer em trabalhar para um homem que tratava todos com respeito na empresa e apesar da fama de aventureiro como tinha visto em um dos sites de fofoca no fim de semana, confiava nele. Eles não eram próximos nem íntimos, mas tinha uma relação profissional extremamente saudável e o que importava é que ele jamais ousara dá em cima dela. Nem ela nunca ultrapassar os limites profissionais com ele.
E agora esse esforço seria recompensado, pelo menos era o que desejava, finalmente conseguiria comprar e decorar um apartamento com seus irmãos para enfim, casar com Gregory. Já estava pesquisando há um ano e enfim achara um na quinta avenida que agradara ao seu noivo e ficava perto da empresa.
Estavam juntos a três anos, começaram a se relacionar quando ele foi convidado por um amigo da faculdade para uma festa no fim de ano em uma boate em Nova York. Três meses depois já estavam morando juntos.
Sorriu mais uma vez sabendo que se tudo desse certo com o pedido que faria ao seu chefe, imaginando o quanto ele a valorizava, pela primeira vez solicitaria uma licença e torceria que ele dissesse sim.
Saiu dos seus pensamentos e entrou no modo profissional assim que ouviu as portas do elevador abrirem. Ouviu quando ele cumprimentou o segurança e riu quando ele perguntou por ela, como sempre. Entrou na sala entregando seu casaco e pegou seu cappuccino.
- Bom dia Lana. – Cumprimentou com seu olhar profissional.
- Bom dia Senhor Jason. - Respondeu guardando seu casaco.
- Como está minha agenda hoje? - Perguntou sentando e abrindo seu Mac book.
- Bom, se já podemos começar... - Disse conectando seu Ipad.
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