Resumo de Capítulo 30 – Uma virada em Namoro de Aluguel de Ana Franco
Capítulo 30 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Namoro de Aluguel, escrito por Ana Franco. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Acordou no outro dia se espreguiçando, olhou que eram oito horas no seu relógio disposto no criado mudo ao lado da cama. Levantou em um pulo, tomou um banho e enviou uma mensagem para Brian dizendo que o visitaria esta manhã.
Decidiu tomar um café na cafeteria, por isso depois do banho vestiu uma calça jeans preta, colocou uma blusa branca de lã e uma jaqueta de couro por cima, calçou suas botas surradas, colocou alguns anéis pratas nos dedos, fez uma trança folgada nos cabelos, se olhou no espelho e julgou que estava perfeita para enfrentar o sábado congelante de New York.
Antes de sair colocou um gorro preto na cabeça, um cachecol cinza no pescoço e para não congelar as mãos luvas pretas quentinhas. Jogou sua bolsa estilo carteiro pelo corpo, fechou a porta e saiu sorridente. Estancou no alto das escadas assim que o viu.
- Bom dia Lana! – Disse Jason parado em sua moto devidamente aquecido.
- O que... é... O que faz aqui senhor Jason? – Indagou descendo as escadas confusa.
- Sabe Lana, você mente muito mal. Eu já convivo o suficiente com você para saber que não sabe mentir, foi por isso que te contratei também. – Falou com as mãos no bolso.
- Há quanto tempo está aí?
- Há muito tempo devo dizer. – Respondeu soprando as mãos congeladas.
- Senhor Jason, eu ...
- Lana podemos fazer isso o dia inteiro, mas o meu amigo está preso em uma cama fazendo fisioterapia graças ao seu ex, quer você acredite ou não, por mais que ele esteja preso não confio que ele não tenha mandando seguir você e não quero correr o risco de colocar mais alguém em perigo, por isso o Brian me deu ordens explicitas para lhe levar até a casa dos meus pais e você vai comigo quer aceite ou não, fui claro?
- Eu sinto muito se sou um peso que pode lhe causar problemas ou até mesmo ao Brian, não pensava dessa forma.
- Não foi isso que quis dizer....
- Eu entendi muito bem senhor Jason, que se não fosse por minha culpa o Brian não estaria na situação que se encontra, eu já me culpo o tempo todo por isso, mas obrigada por reforçar e desculpa se por minha causa você se sente obrigado a ter que mudar sua rotina de vida pessoal para me carregar para onde o Brian acha que deva me levar. – Falou caminhando.
- Eu.... Não foi isso que eu quis dizer, aonde vai? – Indagou bloqueando seu caminho.
- Tomar café ou isso é proibido também? – Indagou retomando o caminho em direção a cafeteria. – O que está fazendo?
- Indo com você. – Respondeu caminhando ao seu lado. – Não me interessa se entendeu errado, você não vai visitar o Brian sem mim e ponto final.
Lana permaneceu calada e Jason entendeu isso como um sim, temporário. Eles entraram na cafeteria e ele notou que ela já era conhecida de todos ali. Sentou-se numa mesa próximo da janela que dava para a movimentação das ruas e um rapaz que praticamente babava em cima dela apenas confirmou um pedido que ela já estava costumada a pedir. Ele pediu o mesmo trocando apenas o café preto por cappuccino e ela se surpreendeu que ele comesse doces pela manhã, mas não falou nada.
Eles comeram sem dizer uma a palavra, mas a verdade é que Lana estava magoada, ainda se sentia culpada pelo ocorrido com Brian, mas ter o seu chefe esfregando isso na cara dela o tempo todo a deixava triste.
Lana não conseguiu pagar seu café, pois Jason o fizera sem lhe dá oportunidade de recusar o que a deixou irritada, pois dentro da empresa era uma coisa, mas receber ordens dele em seu horário livre era outra bem diferente. Porém por medo de ser demitida ficou calada e saiu pisando forte da cafeteria agradecendo mais uma vez o atendimento de todos. Jason não conseguia entender como ela não notava que todos os homens a paqueravam, se fosse Elisabetta estaria se exibindo para todos, mas ela nem se indignava de olhar para os lados.
- Nós vamos de moto? – Perguntou lhe dirigindo a palavra pela primeira vez.
- Sim, algum problema? Quer dizer se tiver medo posso pedir um Uber, dei folga ao Henry e a Rebeca hoje.
- Não, nenhum. – Disse esperando que ele lhe entregasse o capacete. A não ser que não seja bom piloto aí isso sim será um problema.
- Não se preocupe sou muito bom piloto assim como sou bom em tudo que faço.
- Só não me derruba tá?! – Falou revirando os olhos.
- Para isso vai ter que segurar forte em mim e confiar. Pode fazer isso Lana? - Indagou subindo na moto.
Lana nada respondeu, apenas colocou o capacete e subindo na moto segurou nas laterais do corpo do seu chefe. Jason sorriu.
- Acho que vai ter que segurar bem mais que isso se não se importa. – Disse ligando a moto e acelerando.
- Annn.. Com licença então. – Disse o agarrando constrangida.
Jason não soube explicar para si mesmo porque sentiu um calafrio subir pelo seu estomago nem tão pouco porque mais uma vez estava rompendo seus princípios e protocolos profissionais para está com sua assistente, ele só considerou naquele momento que gostou da sensação dos braços dela segurando forte seu corpo.
Apesar do frio, ela não parecia se importar nem com o vento cortante nem tão pouco com a velocidade que ele pilotava sua moto. Na verdade, ela estava apreciando, ele notou. Lana estava demonstrando ser uma mulher diferente de todo aquele comportamento profissional que ela vestia bem dentro da empresa, lá fora ela demonstrava ter gostos avunterureiros tanto quanto o seu.
O trajeto inteiro Lana foi se questionando porque ele decidira ir na casa dela mesmo quando ela mentira, ele com certeza sabia que ela mentira, mas não entendia porque mesmo assim seu chefe resolvera ir.
Por puro despeito e raiva ela se manteve calada enquanto estavam na cafeteria enquanto tomavam seus cafés juntos. Lana era uma mulher de temperamento forte e pavio curto, mas era seu chefe que estava com ali com ela, então decidiu manter suas respostas felinas para si.
Subiu na moto e mesmo que não quisesse admitir para ele tinha adorado o fato de poder ir visitar Brian daquele jeito. Lana adorava velocidade e a aventura que lhe estava sendo proporcionada causava alegria interna ainda que estivesse com o semblante fechado.
Jason foi desacelerando ao se aproximar da propriedade dos seus pais. Os seguranças ao perceberem que ele havia estacionado em frente ao portão e o reconhecerem abriram as grades autorizando sua passagem. Ele estacionou em frente à sua casa e sentiu um vazio inexplicável quando sua assistente o soltou descendo da moto.
- Os seus pais não irão se importar que eu tenha vindo visitar o Brian na privacidade da casa deles, não é?
- Por que eles se importariam?
- Porque eu sou funcionária da empresa e aqui é a sua casa, quer dizer a casa deles... A intimidade de vocês.
- Não se preocupe Lana, meus pais não são arrogantes a esse ponto. E Brian vai ficar feliz em te ver. – Disse caminhando até a porta de entrada.
- Senhor Jason.
- Tobias. – Cumprimentou o mordomo com um sorriso. – Esta é Lana.
- Olá senhorita. Deseja algo para esquentar o corpo já que pelos capacetes suponho que este rapaz a fez vir de moto com ele.
- Não, obrigada. – Respondeu sorridente. – E não me importo, na verdade gosto de velocidade.
- Que interessante. – Disse. – Posso guardar sua bolsa e seus capacetes?
- Obrigada Tobias. – Respondeu o rapaz. – Ande estão todos?
- Seu pai está no escritório e sua mãe e Alice estão no pátio superior com o rapaz Brian e o fisioterapeuta.
- Perfeito, iremos até lá, obrigada Tobias. Vem Lana. – Disse subindo as escadas.
- É uma casa muito bonita. – Comentou Lana o acompanhando.
- Gosto de pensar que sim. Aí estão vocês. – Disse abrindo duas portas de madeira.
- Filho... Lana?
- Mãe. – Beijou-a no rosto. – Alice.
- Jason, olha só para mim, recebendo massagem como uma criança. – Disse Brian sentado em uma cadeira. – Lana que bom que veio.
- Olá a todos. Olá Brian, como está se sentindo? – Indagou sorridente.
- Muito melhor agora que está aqui. – Disse provocativo.
- Não sabia que traria a Lana hoje filho. – Disse sua mãe.
- Não sabia que precisava avisar. – Falou o rapaz indo até uma mesa com café e guloseimas disposta em cima.
- Eu sinto muito senhora Martha, não imaginei que fosse ter problema em vir aqui.- Falou constrangida.
- Não se preocupe com isso Lana, eu sempre vou traze-la aqui para ver o Brian. – Respondeu tomando um suco de laranja.
- Então vieram juntos? Conseguiu convencê-la a vir? – Indagou Brian fazendo careta ao ser tocado no ferimento.
- Vocês vieram juntos? – Indagou Alice curiosa.
- E vinhemos na moto. – Respondeu Jason piscando o olho para a irmã.
- Não querida, não se sinta constrangida. Só perguntei porque teria pedido para colocar mais um prato a mesa para o almoço só isso. Pode vir sempre que quiser visitar nosso Brian. – Respondeu a mulher gentil.
- Obrigada. – Disse ela tentando esboçar um sorriso.
- Então Lana como foi andar na garupa daquela moto insana do Jason? – Indagou Alice pegando um morango.
- Normal, divertido. – Disse dando de ombros.
- Não sei como teve coragem. Ainda não acredito que meu filho tem uma moto. – Comentou sua mãe tomando uma xícara de café.
- No começo fiquei receosa sim, afinal só confio no meu irmão quando se trata de velocidade, mas o senhor Jason pilota bem. – Falou sincera.
Ali estava mais uma vez aquele desconforto. A sensação de incomodo que Jason sentia toda vez que via sua assistente a vontade com seu melhor amigo. Lana e Brian engataram em uma conversa animada, os dois riam e se tocavam tranquilamente e Jason não entendia porque ela não conseguia ser assim perto dele.
Ela mexia os cabelos o tempo todo ele notou, uma mania que não era proposital, na verdade ela nem percebia o quanto remexia seus cabelos os deixando uma vez ou outra charmosamente bagunçados. Ele nunca a elogiara, mas a mudança radical de um loiro para tons morenos tinham lhe caído bem. Ele também não quis comentar, mas sentiu vontade de elogia-la no hospital quando entrou no quarto com uma roupa esporte fino, ela combinava com qualquer tipo de roupa e com qualquer tom de cabelos, ele estava convencido.
O que ele não estava totalmente convencido era dos sentimentos do seu amigo em relação a ela, mas sua assistente outra vez não percebia, talvez por ter rompido com seu ex tão recentemente ou por ser uma característica natural dela, Lana não enxergava que os homens a admiravam.
Ela causava simpatia a todos, Jason estava ali de fora da conversa a observando e agora parava para refletir que todos na empresa sempre a cumprimentavam, sempre a elogiavam e sempre a admiravam, ela estava li o tempo todo e ele nunca notara.
- Não concorda Jason?
- Senhor Jason?
- O que? – Indagou confuso.
- Eu estou perguntando se não concorda que a campanha do diamante azul vai ser um sucesso esse ano com todas as novidades que estão chegando da África. – Disse Brian. – Em que mundo estava? Nós te chamamos três vezes.
- Estava pensando no almoço, só isso. O que estavam dizendo?
- A campanha? – Indagou Brian observativo.
- Sim, será um sucesso. Eu já volto. – Disse se retirando.
- O que aconteceu com ele?
- Não é nada. – Respondeu Brian.
- Será que é uma boa deia eu ficar para esse almoço? Acho melhor aproveitar que o senhor Jason saiu para chamar um Uber e ir embora.
- O que? Nada disso, quem vai me fazer companhia? Preciso de você também.
- Brian, eu sei que não é da minha conta.... Quer dizer, eu não sou do tipo que faz perguntas indiscretas.
- Pode perguntar querida.
- O que há entre o senhor Jason e sua família? Eles parecem ser tão unidos, mas agora cedo...
- Eles são unidos sim. Lana entenda algo sobre a família Campbell, eles são tão unidos que acham que podem intervir na vida um do outro o tempo todo, mas eles se amam muito.
- Eu entendo. Parece um pouco com minha família. – Disse pensativa.
Jason foi até o banheiro e jogou uma água fria no rosto. Ele precisava respirar longe da sua assistente e do seu amigo. Ele refletia agora que não deveria ter ultrapassado os princípios da empresa de jamais se relacionar com funcionários fora do âmbito profissional.
E estava pensando demais de uma forma diferente referente a ela desde que descobrira que estava solteira. Não, Jason estava começando a pensar diferente desde que pensara na possibilidade do seu melhor amigo está envolvido por ela, concluiu.
Mas, se realmente isso fosse verdade porque ele estaria incomodado. O Brian tinha direito de se apaixonar por quem quisesse e se fosse sua assistente ela já mostrara o quanto era eficiente e excelente profissional, talvez Jason estivesse com medo que ela o machucasse fora desse ambiente profissional, refletiu se olhando no espelho.
Então, tentando se convencer disso saiu do banheiro decidido a manter os dois e principalmente ela mais de perto caso esse fosse o caso. Não queria que seu melhor amigo se decepcionasse de novo. Ele quase morrera por causa do seu ex, talvez Lana não fosse uma boa opção para ele.
- Aí está o senhor. – Disse a governanta.
- Olá Judith. – Falou Jason carinhoso.
- Olá menino. A senhorita Elisabetta acaba de chegar, sua mãe pediu que descesse para a sala de visitas.
- Obrigada. Irei em seguida. – Respondeu desanimado.
- É uma senhorita muito bonita essa italiana senhor. – Disse a mulher se aproximando. – Mas se quer saber, a niña que chegou mais cedo com o menino.
- O que tem ela? – Indagou curioso.
- Ela sim combinaria muito bem com meu menino. Vou ajudar ao Brian a descer também. Com licença. – Falou arrancando um sorriso involuntário do rosto dele.
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