Resumo de Capítulo 39 – Uma virada em Namoro de Aluguel de Ana Franco
Capítulo 39 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Namoro de Aluguel, escrito por Ana Franco. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Lana se obrigou a comer uma salada grega com um copo de suco de laranja. Ligou para a farmácia e pediu a entrega de remédios para azia lembrando a si mesma que precisava ir a um médico.
Ela ainda não conseguia olhar para seu chefe como antes, mas sabia que uma hora teria que o encarar novamente, esse mal-estar não poderia ficar assim para sempre, principalmente agora com seu primo rodando a empresa. Definitivamente ela tinha achado motivos para também não o querer ali dentro.
Seu telefone tocou e ela atendeu feliz o seu irmão. Eles conversaram animados e aquilo a tranquilizou para o resto da tarde de muito trabalho.
Ela sentia saudades dele. O amava e naquele momento precisava do seu abraço, precisava da sua casa, da sua família, da sua Irlanda. Queria sentir o cheiro da sua mãe envolvendo seus braços e a sua irmã gritando histérica por qualquer bobagem.
Gael se despediu dizendo que todos mandavam lembranças e lhe alertando sobre os telefonemas da mãe que ela precisava atender ou então ela teria visitas em breve. Lana não queria sua mãe por perto ou então a obrigaria a ir em todos os médicos de New York.
Desligou o telefone e se deixou pensar em tudo que seu amigo conversara com ela na noite passada. Não podia negar que Brian era um amigo fiel e leal a família Campbell e o admirava por isso e por tudo que ele passara e superara quando Lin o abandonara.
Também pensou na conversa que tivera com seu chefe. Pela primeira vez pensara nele não como o empresário como Brian dissera, mas como pessoa, como homem. Lana cogitava consigo mesma se estava disposta a mentir ou fingir um relacionamento mesmo que temporário ao lado do todo poderoso Jason Campbell que era temperamental, totalmente irritante quando queria. Ela não sabia se queria ultrapassar a linha do profissional para o pessoal.
Namoro de mentira ele dissera, pagar pelos seus serviços ele sugerira. Quem ele pensava que era para achar que ela negociaria seu coração mesmo que fosse de mentira a relação deles? Lana observou para si mesma que ele precisava de uns ajustes no juízo, que além de malhar o corpo ele podia malhar a mente e o coração também para quem sabe mudar. Pensou se podia aguentar tudo isso. Se podia usar isso ao seu favor para transformar seu chefe em um homem decente nesse aspecto.
- Droga, o Brian me paga por tudo que enfiou na minha cabeça, agora só vou pensar nisso o tempo todo merda. - Disse se levantando para voltar ao trabalho.
A tarde passou voando. Jason refez as cláusulas exigidas pelos diretores e repassou para Lana digitar e enviar a todos os interessados. As poucas vezes que a chamou na sala tentou começar um discurso que ensaiara em sua cabeça aonde pedia desculpas por ter sido grosseiro com ela, mas toda vez que ia falar ou eram interrompidos por telefonemas ou ele desistia por pura covardia.
O fim do dia mais uma vez chegou e Jason se viu frustrado e sem saída, teria que contratar alguém ou então perderia a empresa para o Eric. Seu prazo havia acabado. Foi com esse pensamento consumindo sua cabeça que ela mais uma vez entrou em sua sala com mais um contrato nas mãos.
- Senhor Jason com licença, aqui está os contratos editados e reformulados de acordo com as exigências dos diretores da Mesurys e as nossas também. - Falou entregando a pasta para ele.
- Perfeito. Tem mais alguma coisa para mim assinar? - Indagou abatido ela notara.
- Sim, só mais esse que o Brian enviou sobre os fornecedores. - Lana parou ao ouvir o telefone do seu chefe tocar.
- Sim pai? - Falou exausto. - Estou enviando daqui a pouco, acabei de assinar. - Falou recostando a cabeça em sua cadeira. - Obrigada, isso não teria sido possível sem minha assistente. - Falou chamando atenção da garota. - Irei transmitir sim, se era só isso eu preciso desligar. - Disse ele parando para ouvir sua mãe na linha. - Pelo amor de Deus mãe, diga que não tomou o telefone do papai para falar novamente sobre isso? - Indagou a ponto de arrancar os cabelos, Lana percebeu. - Mãe por favor não se estresse de novo, não quero trabalhar preocupado achando que vai passar mal de novo. - Implorou. - Foi a Alice quem disse que não me queria aí, foi ela que me expulsou a senhora ouviu hoje ela falando... Mãe... Eu preciso desligar, eu sinto muito. - Disse desligando o telefone fechando os olhos que queimavam.
- Senhor Jason... - Chamou Lana após um momento.
- Sim, onde paramos? - Indagou com os olhos vermelhos. - Onde tenho que assinar?
- Aqui senhor. - Disse mostrando o papel a sua frente.
- Mais algum? - Indagou massageando as têmporas.
- Não senhor, por hoje é só. - Disse fechando a pasta.
- Tudo bem Lana, obrigada. - Disse sentindo que sua cabeça ia explodir.
- Com licença. - Disse a garota indo em direção a porta.
- Lana espera. - Disse se forçando a lhe encarar. - Antes que eu perca a coragem.... Eu queria te pedir desculpas por ontem. Eu fui arrogante e grosseiro, não deveria ter sugerido tudo aquilo nem tão pouco ter dado a impressão que não a respeito, então.... Você pode me perdoar? – Indagou sincero.
- Tudo bem senhor Jason. - Falou vendo o alivio passar diante dos olhos do seu chefe.
- Obrigada, pode ir Lana, tenha um bom final de semana. - Disse encostando novamente a cabeça em sua cadeira e fechando os olhos. - Feche a porta quando sair por favor.
Lana não sabe se foi pena, impulso ou o simples desejo que lhe brotou de que estava agindo certo, ela tocou na maçaneta e não conseguiu sair dali. Simplesmente entregou sua decisão nas mãos do destino e virou em direção do seu chefe.
- Eu não acredito que vou dizer isso, eu não acredito que vou dizer isso, eu não acredito... - Disse a cada passo que deu em direção a ele.
- Lana, ainda está aqui? - Indagou curioso não entendendo o que sua assistente estava resmungando.
- Eu não acredito que vou dizer isso, mas... - Disse ela ao parar diante dele. - Eu aceito.
- O que disse? - Perguntou confuso.
- Se não tiver mudado de ideia quanto ao que disse ontem. - Disse tomando folego. - Eu aceito ser sua namorada.
- O que disse? - Perguntou Jason piscando os olhos várias vezes.
- O senhor ouviu. Eu disse que aceito essa droga de proposta ridícula que me fez. - Falou revirando os olhos. - Eu lhe ajudo a conseguir a presidência da empresa ok?!
- Lana... Isso é.. Espera, o que a fez mudar de ideia? - Indagou a encarando.
- Tenho meus motivos. - Disse pensando em Eric naquele momento. - E além do mais, se for para o bem de todos eu faço.
- Eu não sei o que dizer, quer dizer... Eu... Ok! Eu vou retribuir, quanto você quer? - Disse pegando um cheque.
- O que? O senhor perdeu o juízo? - Indagou nervosa.- Não ouviu nada do que disse ontem? Não quero alugar meus serviços como sua namorada.
- Mas, eu pensei...
- Eu vou fingir ser sua namorada até o casamento da sua irmã, isso eu lhe prometo. - Disse bufando. - Mas não quero a droga do seu dinheiro senhor Jason.
- Eu não sei o que dizer Lana, eu.... Obrigada. - Disse aliviado.
- Não me agradeça ainda. - Falou sentando e cruzando suas pernas elegantemente em sua frente. - Eu disse que não queria seu dinheiro, mas eu tenho algumas condições para aceitar esse disparate que inventou de namorada fake.
- Não entendi. Você acabou de dizer que não queria dinheiro.
- E não quero. - Disse convicta.
- Então, se não quer dinheiro o que quer? - Perguntou curioso.
- Eu quero férias. - Falou deixando-o surpreso.
- Mas, acabou de tirar dez dias de licença.
- Eu tirei licença, não férias e já se passaram dois anos que trabalho para o senhor e nunca consigo férias. - Disse massageando o esôfago. - Preciso descansar.
- Mas descansou em sua licença, até foi para a festa de... - Jason se calou.
- O que disse? - Indagou confusa.
- Olha, eu quis dizer que aproveitou bem seus dez dias.... Por que precisa de mais férias? Lana eu preciso de você aqui em tempo integral, eu disse isso quando a contratei, não posso ficar sem você. - E ele percebeu que realmente não podia assim que essas palavras saíram de sua boca.
- Senhor Jason, é meu direito. Eu quero férias. Se quiser pode descontar os dez dias de licença que tirei, mas eu quero os outros vinte dias assim que sua irmã se casar. - Disse determinada.
- Dez dias. - Disse após um tempo pensando.
- Acho que não entendeu ainda senhor Jason, não estamos negociando, eu estou lhe comunicando. Ou eu tiro férias ou nada feito, pode esquecer essa história de namorada e o senhor pode aturar o seu primo sozinho aqui porque assim que ele entrar por uma porta eu saio pela outra. - Disse sentindo um calafrio percorrer seu corpo.
- O que? Está pensando em se demitir? - Perguntou chocado.
- O senhor vive dizendo isso.
- Porque é verdade.
Então, Senhor Jason é pegar ou largar. - Falou temendo que ele desistisse. – Aceita meus termos?
- Droga Lana. - Falou depois de segundos eternos. - Feito. - Agora se pudermos falar sobre nosso relacionamento.
- Nada de encontros. - Falou listando nos dedos. - Já estamos todos os dias juntos aqui. Portanto, a não ser que sua família exija muito de sua presença o que acho difícil porque eu conheço sua rotina. - Falou o fazendo coçar a barba pensativo. - Não precisamos nos encontrar fora do trabalho. Quero manter minha privacidade.
- Combinado. - Falou sabendo que toparia qualquer coisa para ela não mudar de ideia.
- Nada de beijos íntimos. - Disse não prestando atenção quando seu chefe lambeu os lábios olhando para os lábios dela. - Ou dormir juntos ou qualquer outra coisa desse tipo. - Não quero ser obrigada a trocar caricias com o senhor e tenho certeza absoluta que o senhor também não me quer assim.
- Tudo bem. - Disse observando o quanto ela era alheia a atração que ele sentia.
- E principalmente, nada de paparazzi em cima de mim. Eu odeio redes sociais. - Falou lembrando do passado. - Não quero ficar refém desse pessoal nem quero ser centro das atenções de ninguém.
- Acho que nisso concordamos plenamente. - Disse convicto.
- Bom, se o senhor aceita meus termos, então acho que podemos nos considerar namorados. - Disse levantando. - Temos um acordo? - Disse erguendo a mão.
- Temos um acordo. - Disse apertando a mão dela. - Agora podemos relaxar?
- Eu estou relaxada. - Disse não percebendo que estava prendendo todos os músculos ao terminar.
- Então, podemos nos encontrar amanhã para almoçar, eu e você? - Perguntou antes que perdesse a coragem.
- Almoçar? - Perguntou surpresa. - O que acabei de dizer sobre isso?
- Eu entendi todos os seus termos Lana, entendi sim. Considere isso como mais uma de tantas reuniões de negócios que fizemos no horário do almoço.
- E para que precisamos nos encontrar para almoçar então? Podemos fazer isso aqui. Sobre o que quer conversar?
- Primeiro, você precisa saber detalhes do noivado da minha irmã. Segundo precisamos pensar em algo bem convincente para dizer aos meus pais que eles acreditem que realmente estamos juntos.
- Pensei que só dizer que tinha namorada bastava.
- Claro que meus pais vão fazer de tudo para tentar descobrir que tudo isso não passa de uma grande farsa, Eu e você de repente juntos? Eles vão destrinchar cada detalhe acredite. E o Eric, ele também fará de tudo para colocar essa história por água abaixo, então precisamos ser espertos e como você mesma disse passamos muito tempo juntos aqui dentro e não pretendo ficar aqui no sábado também. - Disse sabendo que a tinha convencido.
- Tudo bem, tem razão. - Falou cansada. - Onde nos encontramos então?
- Eu a pegarei em sua casa ao meio dia. Está bom para você? - Perguntou vestindo seu paletó.
- E porque não pode me dizer o local e nos encontramos lá?
- Por favor Lana. - Disse revirando os olhos. - Até parece que não me conhece. Sabe que sou um cavalheiro. - Falou abrindo a porta para ela passar. - Então, meio dia está bom?
- Meio dia está ótimo. - Disse saindo com ele.
- Meio dia então. - Falou entrando no elevador com ela e com mil ideias na cabeça.
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