Namoro de Aluguel romance Capítulo 41

Ela destrancou a porta entrando com ele logo atrás. Assim que entrou observou o lugar enquanto Lana colocava a caixa e o vinho em cima do balcão da cozinha. Jason olhou ao redor e percebeu que sua assistente tinha um bom gosto, simples e elegante como ela mesma era. A casa sem dúvidas tinha o seu estilo.

- Vinho? - Perguntou pegando as taças.

- Sim, por favor. - Ele respondeu caminhando pela sala. - Você tem uma casa muito bonita e aconchegante. - Falou parando em frente a estante. - Combina com você.

- Obrigada. Mas, tudo isso aqui tem os dedos mágicos dos meus irmãos, foram eles que deram graça e sofisticação a esse lugar em sete dias apenas.

- Sério? - Indagou curioso.

- Eles são demais. - Disse orgulhosa. - Aqui... - Disse apontando para os porta-retratos em sua frente. - Esses são Carolyne, minha irmã caçula e esse é o Gael, meu irmão mais velho. - Disse com brilho nos olhos.

- Você é bem parecida com eles. - Disse olhando se detendo na foto do Gael. - Espera, esse é o seu irmão? - Indagou lembrando deles na festa.

- Sim. - Respondeu percebendo seu olhar confuso. - Por que? Parece que já o conhece.

- Não, quer dizer.... Achei que o conhecia de algum lugar mais me confundi. - Disse se martirizando por ter sentindo ciúmes de sua assistente que dançou com seu irmão parecendo um casal apaixonado.

- Nós somos muito unidos e ligados um ao outro. - Falou carinhosa, ele percebeu.

- Aonde eles estão? - Perguntou ainda observando as fotos.

- A Carol mora em Atlanta e o Gael preferiu permanecer em Cork, minha cidade natal na Irlanda. Ela é designer de interiores e paisagista e o Gael arquiteto.

- Ah! Então, foi por isso que disse que eles fizeram mágica nesse lugar. - Falou compreendendo a garota.

- Sim. - Respondeu olhando para seus irmãos. - Eles têm uma sociedade e acredite em mim quando digo que eles são muito bons.

- Dá para se ver pelo lugar. - Disse olhando a sala e a cozinha.

- Essa é minha mãe.

- Você se parece com ela um pouco.

- Acho que sim. - Disse emocionada. - Esse é o meu pai. - Falou saudosa.

- Eles vivem em Atlanta ou ainda estão na Irlanda? - Perguntou tomando seu vinho.

- Minha mãe continua morando em Cork.... Meu pai morreu quando eu tinha dez anos.

- Oh! Sinto muito Lana. - Disse desconfortável. – Lembro que mencionou isso outro dia na casa do lago, me desculpe.

- Tudo bem. Já faz muito tempo. - Disse tranquila. - E o Gael preencheu muito bem o papel de pai e irmão na minha vida, então não tive do que me queixar.

- Você fala com muito entusiasmo dele.

- Eu sou completamente apaixonada por ele. - Falou olhando para a foto do seu irmão.

- E esse, quem é? - Indagou apontando para uma foto dela em uma praia com um rapaz sorridente.

- Esse é o Phil. - Disse segurando as lágrimas. - Ele... Ele foi meu grande amor.

- Oh! Foi? - Indagou com uma pontada de ciúmes.

- O Phil morreu a alguns anos. - Falou indo para a cozinha.

- Lana, eu sinto muito - Falou constrangido novamente.

- Está tudo bem senhor Jason. - Falou abrindo a caixa de chocolate. - É que toda vez que penso nele me emociono, o Phil foi meu melhor amigo depois do Gael. - Disse pegando os pratos.

- É bom saber que podemos encontrar em um namorado um amigo também. - Disse neutro.

- Namorado? - Indagou confusa.

- Você acabou de dizer que ele foi seu grande amor, eu pensei que...

- Não, não desse jeito. Eu e o Phil fomos grandes amigos, só isso. - Disse cortando o bolo. - Eu digo amor porque ele transbordava amor por todo lado que passava, mas nunca fomos namorados.

- Entendi. - Falou aliviado.

- Aqui. - Disse entregando um garfo ao seu chefe que sentou na cadeira em frente ao balcão e começou a comer.

- Ok! - Disse Lana com a boca cheia. - Concordo com o senhor.

- Eu te avisei, melhor torta da cidade. - Falou comendo outra fatia.

- Mas, ainda não é a melhor. - Falou convencida.

- Um dia você tem que me apresentar essa torta de chocolate com café da sua mãe, então. - Falou finalizando sua fatia e já pegando outra bem grande para ele.

- Quem sabe um dia. - Falou comendo a sua bem devagar.

- E então... - Perguntou Lana finalizando sua fatia o observando comer a terceira. - Vai me falar sobre o noivado da sua irmã ou vai comer todo o meu bolo? - Indagou tirando a caixa de perto dele.

- Pensei que fosse nosso bolo. - Indagou fazendo careta por ela afastar o bolo dele. - Se não tivéssemos voltado estaríamos comendo esse bolo lá no restaurante ainda. - Disse se reprendendo assim que ela mudou a expressão relaxada. – Desculpa!

- Tudo bem. - Falou enchendo suas taças novamente.

- Lana, eu não sei o que aconteceu, mas quero que saiba que pode contar comigo... sempre. - Disse tocando em sua mão se surpreendendo consigo mesmo com esse gesto.

- Obrigada, mas está tudo bem. - Falou se livrando da mão dele indo para o sofá. - Então, o noivado.

- Bom... Primeiro preciso saber se minha irmã não vai me expulsar de lá assim que me vir já que ela foi na empresa dizer que eu não era mais seu padrinho de casamento nem precisava comparecer na festa amanhã. - Falou sentando ao seu lado.

- Então foi por esse motivo que ela saiu chorando da sua sala. - Disse desconfortável com seu chefe muito próximo a ela.

- Também, mas enfim... - Falou mudando de assunto. - Eu vou ligar para minha mãe e sondar como estão os ânimos de Alice.

- Ela não vai fazer nada senhor Jason, sua irmã o ama e é claro que ela o quer lá. - Disse simples e direta.

- Sabe, eu e minha irmã já fomos próximos e eu até diria que está certa se fosse a um tempo atrás, mas hoje...- Disse pensativo.

- Mais um motivo para se reaproximarem. O senhor a ama?

- Claro que a amo. - Falou sentindo-se à vontade como não se sentia há muito tempo.

- Então, ela precisa saber disso. - Falou o incentivando.

- O que quer dizer? - Perguntou curioso.

- Amanhã, na festa... - Disse levantando para colocar mais vinho. - Assim que a vir dirá o quanto a ama e que está feliz por ela. O senhor está feliz não está? Por ela está casando com um homem decente?

- Sim, estou. - Disse após um momento pensativo. - O Michael é um bom homem.

- Então, não há motivos para temer. - Disse simples.

- Você tem razão. - Disse a olhando profundamente.

- Eu entendo de irmãos. - Falou tentando disfarçar seu nervosismo com o olhar do seu chefe ali em sua sala.

- Você tem dois. - Falou rindo.

- E bem diferentes, pode acreditar. - Disse relaxando assim que pensou neles.

- Lana você não acha que está na hora de comermos outra fatia de bolo? - Disse com cara de menino pidão.

- O senhor vai ter uma dor de barriga sabia. - Falou levantando para cortar mais uma fatia de bolo para ele.

- É um risco que estou disposto a correr. Não vai comer?

- Depois eu pego outra fatia para mim. - Falou sentando no sofá novamente. - Agora, podemos passar para a parte que convencemos seus pais do nosso namoro?

- Hmmmm. - Gemeu com a boca cheia. - Podemos começar com você parando de me chamar de senhor. - Disse a vendo confusa. - Não acho que meus pais vão acreditar na gente com toda essa formalidade.

- Mas, o senhor... - Disse revirando os olhos assim que o viu fazer careta. - É meu chefe. Não sei chamá-lo de outra forma.

- Pode começar chamando pelo meu nome. - Disse finalizando seu bolo.

- Isso seria estranho e desrespeitoso. - Falou tomando seu vinho.

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