Resumo do capítulo Capítulo 60 de Namoro de Aluguel
Neste capítulo de destaque do romance Romance Namoro de Aluguel, Ana Franco apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Lana passeou pelo lugar. Abriu alguns livros e reconheceu a letra rabiscada do seu amigo em algumas páginas. Tocou em alguns porta retratos que traziam o rosto do seu amigo em diversos momentos felizes.
Ao se aproximar do reto projetor percebeu que ele já estava preparado para ser usado e ao apertar o botão na parede apareceu a imagem dele... na cozinha de sua casa com sua mãe tentando aprender a fazer um bolo e seu pai filmando fingindo que era um produtor de programa culinário.
Lana sentou no sofá e riu com a cena, lembrando do quanto ela e seu amigo ganharam um dinheiro extra trabalhando em restaurantes e lanchonetes quando viajara ao Brasil. Em seguida passou outro vídeo gravado de quando ele foi para faculdade pela primeira vez, seu pai perguntando qual era sensação de cursar uma faculdade e o Phill respondendo que o pai deveria virar diretor de filmes ao invés de investidor financeiro.
Vários outros momentos apareceram trazendo boas lembranças do seu amigo aquecendo o coração de Lana. Então, ela tomou coragem pegou a caixa e a abriu. Lá continha uma caixinha com fotos para serem colocadas no reto projetor, uma caixinha de presente com uma fita amarrada e um envelope dentro.
Lana abriu o envelope e reconheceu a letra do seu amigo, ao verificar a data, percebeu que estava datada dois dias antes dele falecer. Ela lembrou, foi o dia em que ele fizeram amor.
Querida Lana,
Estou reunindo as poucas forças que ainda tenho para escrever este carta para você. Eu sei que não tenho mais muito tempo de vida, por isso resolvi escrever para que um dia ao ler você possa está pronta para viver.
Porque minha querida, é isso que eu desejo... que possa viver, intensamente e ardentemente com toda força que existe dentro de você. Sem medos ou receios do que possam pensar ou dizer o seu respeito.
Está com você nesses quatro meses foi o melhor presente que Deus poderia ter me dado, dormir e acordar ao seu lado, foi em definitivo uma dádiva divina. Então, mesmo que eu morra daqui a pouco terá valido a pena, porque foi ao seu lado que eu conheci o amor.
Eu deveria ter dito isso antes, mas o medo me impediu e agora que sei que não tenho mais outra chance eu quero pelo menos através desta carta expressar esse sentimento que sempre nutri por você.
Lana, a gente lê isso em tantos lugares, ouve em músicas, assiste em cenas românticas de filmes, mas com autoridade eu posso te dizer "a vida é curta e se você esperar demais como eu esperei ela vai passar muito rápido", por isso eu te peço... Se um dia essa carta chegar até você que siga um único conselho, se é que posso te dá... Ame, seja como for... Quando o amor lhe encontrar, não fuja dele, simplesmente ame!
Com amor, Seu Phil hoje e sempre.
Lana finalizou a leitura com lágrimas nos olhos, a emoção transbordava em seu coração. Ela queria que seu amigo estivesse ali, desejou poder abraçá-lo e senti-lo mais uma vez. Pegou a caixinha, colocou no reto projetor e viu diante dos seus olhos todas as fotos que tiraram em sua viagem, porém mais do que isso, viu fotos dela que foram tiradas na faculdade sem ela perceber. Lana então entendeu o quanto fora amada pelo seu amigo e ela se emocionou ainda mais por isso.
- Pihll... - Sussurrou para si mesma.
Dentro continha um vídeo e ao colocá-lo no projetor viu a tela ser preenchida com seu amigo sentando na sala de sua casa de frente para o piano. Também dois dias antes de morrer.
- Certo, então lá vai... - Falou a voz do seu amigo preenchendo todo o ambiente. - Lana, an... eu sei que vai parecer egoísmo meu, por isso acho que nunca vou dá esse vídeo pra você... Quer dizer, eu posso morrer daqui a pouco mesmo, então você nunca vai poder brigar comigo... - Disse rindo pra si mesmo ajeitando a câmera. - Essa música demonstra um pouco do meu amor egoísta como já disse agora pouco...dannn... acabei de me repetir, mas é assim que me sinto, então, lá vai...
Eu tenho inveja da chuva
Que cai sobre sua pele
É mais perto do que minhas mãos têm estado
Eu tenho inveja da chuva
Eu tenho inveja do vento
Que ondula através de suas roupas
Está mais próximo do que a sua sombra
Oh, eu tenho inveja do vento, porque
Eu desejei a você o melhor
Do que o mundo pode dar
E eu lhe disse quando você me deixou
Não há nada para perdoar
Mas eu sempre pensei que você ia voltar, me dizer que tudo que você encontrou foi
Um coração quebrado e tristeza
É difícil para mim dizer, eu tenho inveja da maneira que
Você é feliz sem mim
Eu tenho inveja das noites
Que eu não passo com você
Eu me pergunto ao lado de quem você deita
Oh, eu tenho inveja das noites
Eu tenho inveja do amor
O amor que estava aqui
Dado para outra pessoa compartilhar
Oh, eu tenho inveja do amor
Eu te desejo o melhor
Do que o mundo pode dar
E eu lhe disse quando você me deixou
Não há nada para perdoar
Mas eu sempre pensei que você ia voltar, me dizer que tudo que você encontrou foi
Um coração quebrado e tristeza
É difícil para mim dizer, eu tenho inveja da maneira que
Você é feliz sem mim
Como eu afundo na areia
Assisto você escorregar pelas minhas mãos
Oh, como eu morro aqui outro dia
Porque tudo que eu faço é chorar por trás desse sorriso
Eu desejei pra você o melhor
Do que o mundo pode dar
E eu lhe disse quando você me deixou
Não há nada para perdoar
Mas eu sempre pensei que você ia voltar, me dizer que tudo que você encontrou foi
Um coração quebrado e tristeza
É difícil para mim dizer, eu tenho inveja da maneira que
Você é feliz sem mim
É difícil para mim dizer, eu tenho inveja da maneira que
Você é feliz sem mim
É difícil para mim dizer, eu tenho inveja da maneira que
Você é feliz sem mim
Lana saiu do quarto ainda com lágrimas nos olhos, todos a esperavam na sala e ficaram espantados quando a viram naquele estado.
- Lana querida, está tudo bem? - Indagou a mãe do seu amigo preocupada.
- Lana, você está bem? - Perguntou Jason inquieto.
Sua assistente não lhe deu ouvidos, ela não ouviu ninguém, apenas saiu em direção ao jardim pelo caminho que lhe parecia familiar.
- Lana... - Chamou Jason nervoso.
- Ela vai ficar bem. - Disse Charlote tocando o ombro de Jason.
- Mas, aonde ela foi?
- Para a estufa. Ela foi para estufa.
Lana caminhou lentamente deixando o vento gelado levar suas lágrimas. Ansiosa caminhou para onde ainda tinha um pedaço do seu amigo. De frente para a porta de vidro sua mente lhe levou para aquele momento em que ela esteve ali. O último momento especial que ela guardava com tanto carinho do seu amigo.
- Lana, eu te amo. Eu não quis dizer isso antes para não estragar a nossa amizade.
Enquanto as lágrimas caiam ela passeava pelo lugar cheio de flores lembrando da música, do rosto tímido de seu amigo ansioso e ao mesmo tempo com medo, com medo que ela dissesse não.
- Eu sei que foi egoísmo te pedir para ir comigo nessa aventura maluca de conhecer as praias... -
- Eu queria que todas as mulheres que foram mal tratadas de alguma forma pelos homens pudessem sentir isso também. Essa sensação de libertação.
- Todas elas tem seu tempo Lana. O seu foi hoje. - Disse carinhoso.
- Obrigada!
- Pelo que? - Indagou curioso.
- Por ter vindo comigo até aqui. - Disse o encarando profundamente.
- Sabe que eu faria qualquer coisa por você não sabe? - Disse Jason se aproximando dela. - Você precisa saber... Que apesar de ter gostado de ajudar a instituição do seu amigo se não fosse por você eu não estaria aqui Lana. - Falou tocando em seu sua face.
- Eu...
- Lana... - Disse Jason dando mais um passo mais perto do seu rosto. - Eu faria tudo por você. - Completou a abraçando. - Nunca esqueça disso!
- Jason... - Falou sem saber como agir.
- Shii! Só me deixa te abraçar... Porque eu sei que é disso que você precisa agora. Apenas um abraço! - Falou a abraçando mais.
- Tudo bem Jason. Tudo bem! - Disse deixando as lágrimas caírem mais uma vez.
Quando voltaram para o hotel, ambos estavam calados e imersos em seus pensamentos. Se despediram e ao entrar em quartos puderam esvaziar todas as emoções sentidas durante essa noite.
Jason, tirou seu paletó e o jogou em cima da cadeira a frente de sua cama. Foi desabotoando sua camisa repassando todos os acontecimentos. Ainda sentia o cheiro de seus cabelos e de sua pele ao abraça-la. Ele sabia. Estava completamente apaixonado por ela.
Decidiu tomar mais um copo de wisky antes de tomar um banho e deitar em sua cama para dormir. Ele sabia que aquela semana precisava valer a pena ou então terá sio tudo em vão os panos que ele queria colocar em prática.
Lana ao fechar a porta atrás de si se encostou e ficou pensando em toda emoção sentida na casa do seu amigo, abriu sua bolsa, pegou a carta e agarrou presa em seu peito lembrando mais uma vez do últimos momentos com seu amigo antes dele morrer. Ficou ali parada quando seu telefone ao lado da cama tocou.
- Alô?
- Lana? - Falou Charlote do outro lado da linha.
- Senhora Charlote... Aconteceu alguma coisa? - Indagou Lana confusa.
- Não minha querida, não aconteceu. Desculpa está ligando para o seu quarto a essa hora, acredito que já esteja deitada... - Disse ansiosa.
- Não, está tudo bem Charlote. - Disse Lana curiosa.
- Eu descobri o hotel em que está e pedi para recepção ligar para você, mais uma vez desculpa, mas não queria esperar para dizer o que queria te dizer minha querida. - Falou a mãe do seu amigo.
- Sem problemas, o que precisa me dizer Charlote? - Perguntou não segurando sua ansiedade.
- Desculpa me intrometer na sua vida assim Lana, eu sei que não deveria, mas é que desde que perdi meu Phil e lido diariamente com aquelas pessoas sem muitas vezes esperança de viver... O que eu quero dizer é que não pude deixar de notar o quanto o seu chefe olha diferente para você.
- Charlote, eu...
- Eu tenho muito mais anos de experiência de vida que você minha querida e como não tive uma filha para aconselhar e também não tenho mais meu Phil... Esse Jason gosta de verdade de você minha querida e acho que você sente o mesmo não é mesmo?
- Eu não sei o que dizer Charlote, eu... O Jason é meu chefe .
- Lana, se el gosta de você aparências sociais são esquecidas minha filha, viva o amor enquanto ainda tem vida. - Disse a senhora fazendo Lana lembrar do que estava escrito na carta que seu amigo deixara para ela.
- Charlote, obrigada pelas palavras.
- Desculpa mais uma vez me intrometer, é que senti que precisava dizer isso para você minha querida. - Falou quase sussurrando. - Agora vou deixá-la dormir tá.
- Ok! Charlote.
- Mais uma vez me desculpa.
- Não precisa se desculpar. - Obrigada pelo carinho e por tudo que vivemos hoje. - Falou se despedindo da sua amiga. - Boa noite!
- Boa noite querida, durma bem e faça uma boa viagem! - Disse desligando o telefone.
Lana tirou os sapatos ainda com as palavras de Charlote ressoando em sua mente e imediatamente imaginou o que seu chefe estaria fazendo. Será que já estava dormindo? Pensou em um impulso indo em direção a porta, em seguida parou coma mão na maçaneta. Mal sabendo que seu chefe pensava o mesmo sobre ela.
- Ela já deve ter deitado e adormecido. - Falou Jason para si parado em frente a porta.
- Eu não posso. - Disse para si mesma. - Ele é meu chefe. Eu não posso. - Disse desistindo indo em direção ao banheiro para tomar um banho.
- Melhor deixá-la descansar, foram muitas emoções por hoje. - Falou deitando em sua cama frustrado.
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