Namoro de Aluguel romance Capítulo 72

Assim que a barca atracou no píer, ambos desceram tranquilamente com o segurança ao lado deles disfarçado. Antes mesmo de Jason terminar a frase perguntando como pediriam um Uber, Lana ouviu alguém, uma voz familiar lhe chamar.

- Ket... Ket... - Disse um senhor se aproximando.

- Senhor Paul? - Indagou curiosa.

- Sim, oi! Como vai? - Falou recebendo um abraço caloroso da garota.

- Ah Meu Deus! Estou bem e o senhor? - Indagou animada.

- Eu estou bem minha querida.- Respondeu a soltando do seu aperto caloroso.

- Jason, esse é o senhor Paul, ele é pai do melhor amigo do Gael, o Peter. - Disse vendo seu chefe apertar a mão do senhor a sua frente.

- É um prazer conhecê-lo senhor.

- Ora, deixem disso de senhor... Me sinto um velho desse jeito. - Falou apertando a mão do segurança que foi apresentado em seguida. - Eu quase não a reconheci de longe com os cabelos diferentes...

- Ideia da Carol... - Falou arrancando um suspiro longo do seu velho amigo.

- Sua irmã já está na cidade, por falar nela.

- Ah! que maravilha. - Disse contente.

- Chegou na última balsa de ontem a noite. - Respondeu dando passagem para o acompanharem. - Já andou pela cidade inteira, sabe como é sua irmã?

- Ah! Se sei! Tudo parece do mesmo jeito por aqui? - Comentou olhando o píer ao redor.

- O mesmo píer, o mesmo frio. - Disse soprando as mãos mesmo com luvas.

- E como vai o Peter?

- Cuidando do bar com a Marjorie como sempre. - Disse animado. - Agora estão indo para o segundo filho, sabe como é?

- Uau! A Marjorie deve está tendo um trabalhão pra colocar aqueles meninos nos trilhos não? - Indagou fungando o nariz.

- Ahhh! Sabe como ela é... Trabalho é seu sobrenome. Mas nunca reclama. - Disse orgulhoso. - Bom, aqui está. - Completou parando ao lado do jipe azul.

- Oh meu Deus! - Falou Lana entusiasmada. - Como?

- O seu irmão achou que ia gostar de dirigir um pouco, então me ofereci pra trazê-lo ate aqui já que ele estaria ocupado. - Disse vendo a garota alisar o carro empolgada.

- Isso é maravilhoso! - Falou olhando para seu chefe. - Esse velho jeep tem história.

- Amém! - Respondeu o velho confirmando com a cabeça.

- Pensei que fossemos no meu carro... - Falou seu chefe desistindo da ideia ao vê a cara da sua assistente. - Ou... Podemos ir no seu carro. - Finalizou virando para seu segurança. - Nos siga em nosso carro por gentileza e não nos perca de vista sim?

- Sim senhor. - Respondeu indo em direção ao carro.

- Ah! Senhor Paul, muito obrigada por trazer esta belezinha até aqui. Imagino que deva ter tanta coisa pra fazer e...

- Que isso Lana, não deu nenhum trabalho não... Foi como fazer um favor pra minha... quer dizer fazer um favor pra o Gael que é como fazer algo para um filho. - Disse se contendo.

- Mesmo assim , muito obrigada. - disse estranhando a resposta do seu velho amigo.

- Nos vemos mais tarde então? - Indagou apertando ainda mais o grande casaco ao seu corpo.

- Claro! Passe lá em casa antes de eu voltar para Nova York. - Falou entrando no carro atrás do volante. - E mais uma vez, obrigada. Foi um prazer rever o senhor. - Completou tocando em seu ombro carinhosa.

- O prazer foi todo meu. - Disse tocando em sua mão. - Também foi um prazer lhe conhecer senhor Jason. - Disse apertando a mão do rapaz.

- O prazer foi meu . - Respondeu retribuindo o aperto.

- Até mais!- Falou se retirando.

- An... Lana... - Disse Jason encostado na porta.

- Sim Jason... - Respondeu alisando o volante saudosa.

- Não acha que eu deveria dirigir? - Indagou Jason delicado.

- Não, na verdade, acho que vai congelar em poucos segundos se não entrar imediatamente neste carro Jason. - Disse ligando a chave e o encarando com um sorriso cravejante.

- Entendido. - Respondeu dando a volta e entrando no jeep.

- Boa decisão. - Disse Lana dando ré no carro.

Lana dirigiu empolgada pelas ladeiras inclinadas que revelavam as colinas e montanhas de Cork. Empolgada mostrava para Jason os lugares que tanto frequentou enquanto viveu ali. As casas para ela pareciam está com as mesmas cores, alegres e vibrantes e apesar do frio cortante, ela deixou o vidro de sua janela aberta. Queria sentir a sensação prazerosa percorrer em suas veias.

Dobrou ruas e esquinas, apontou a Universidade conceituada que pessoas do mundo inteiro iam fazer intercâmbios, restaurantes com estrelas Michelins se misturavam com cafés históricos e famosos pubs mantinham suas tradicionais cervejarias artesanais abertas aquecendo seus nativos e visitantes com a melhor cerveja do país.

Jason absorvia tudo que ela mostrava, ouvia cada comentário. Queria entrar no mundo dela, conhecê-la cada vez mais. Mas, acima de tudo queria manter aquela vivacidade brilhante em seus olhos que nem ele perceberia, mas ele faria de tudo para manter ali.

Olhou pelo retrovisor e observou seu carro o acompanhando logo atrás, aquilo o acalmou e ele pôde continuar absorvendo toda alegria e felicidade que estava vindo dela naquele lugar. Lana desceu e subiu mais uma colina e foi se distanciando um pouco mais da movimentação do comércio, indo em direção a bairros mais tradicionais e tão lendários que se ouviam falar em tantos filmes e livros.

Ruas e casas de pedras idílicas, padarias e confeitarias que vinham prevalecendo há gerações, famílias que perpetuavam seus legados e tradições. Jason percebeu que estavam chegando quando a sentiu reduzir e por não saber o motivo sua mão começou a suar, seu corpo tensionar, seu coração acelerar.

Ele estava se dando conta que iria conhecer a família dela e não tinha mais volta. Será que eles o aprovariam, iriam gostar dele? Jason não conseguia entender porque estava tão nervoso.

O carro parou em frente a um lindo e idílico café bistrô. Ele ouviu sua e a própria respiração dela em som alto e audível. Ambos se olharam. Involuntariamente ele tocou em sua mão e não precisaram dizer palavra alguma. Agora era tudo ou nada, acertar ou errar, pegar ou largar, ficar ou ir. Ao vê-la sorrir para ele, ele instantaneamente decidiu. Abriu a porta do carro e saiu.

Lana saiu em seguida. O carro de Jason parou logo atrás, seu segurança também saiu do carro se posicionando, observando tudo ao se redor recebendo um aceno a distância do seu patrão. Ele se aproximou e Lana pediu que entrasse junto com ela e seu chefe e Jason aprovou sua atitude.

- Uau! - Disse Lana entrando no café deixando automaticamente suas emoções aflorarem por todo seu corpo.

- Que lugar encantador Lana. - Disse Jason admirado.

Com piso de pedra batida igualmente com as paredes e o teto, algumas colunas pitadas em um azul claro, Jason via um lindo e charmoso salão com mesas e cadeiras algumas de madeira outras de ferro batido pintadas de preto. Em cima vários arranjos de flores que ele julgava ter sido colhido naquele dia.

Havia flores e plantas por todo o lugar. Um balcão com uma cafeteria e uma vitrine de dá água na boca. Diversos doces e salgados que também pareciam ter sido feitos com produtos colhidos no dia. Aquilo o agradou. Ele se sentia em um cantinho mágico saído de um livro antigo de magia.

- Lindo não? - Indagou Lana emocionada.

- Incrível, essa é a palavra.

- Guarde essa palavra para quando experimentar as delícias que minha mãe faz. - Disse caminhando para os fundos. - Venha, ainda não abriram.

- Mas, as portas, quer dizer... Tudo fica aberto assim sem ninguém olhando? - Indagou Jason confuso.

- Estamos em um bairro com famílias de mais de 100 anos Jason, acha mesmo que alguém se atreveria a entrar aqui? - Disse sorrindo para seu chefe.

- De qualquer modo... - Disse olhando para seu segurança. - Fique aqui, não podemos nos arriscar...

- O que? Não. - Disse Lana voltando-se para o segurança. - Espere! Qual o seu nome?

- É Oliver senhorita.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Namoro de Aluguel