Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 119

Paloma esquentou para si mesma um copo de leite e, segurando-o, bebeu lentamente na sala de estar.

Já eram 10h30 e o som da chuva fina preenchia o ambiente externo, fazendo-a sentir um leve frio.

Buscou um cobertor para se aquecer e, justo quando estava prestes a pegar o copo de leite novamente, percebeu algo.

Ela já havia se sentado naquele mesmo lugar, coberta por aquele cobertor, inúmeras vezes à espera do retorno tardio dele.

E agora, parecia estar seguindo o mesmo caminho outra vez.

Paloma se levantou, jogando o cobertor de lado, com o rosto pálido, parecendo uma criança que havia cometido um erro.

Subitamente, ouviu-se o som da porta abrindo, seguido pela voz grave de Fausto--

“O que está fazendo aqui tão tarde?”

Paloma virou-se lentamente, seus olhos ainda carregavam uma tristeza suave, “Não consegui dormir, só estava passeando sem rumo.”

Ele jogou seu casaco de lado, “Você estava me esperando.”

“Não estava.” Ela negou.

Ele segurou seu rosto com as mãos, “Mentira.”

Paloma estava levemente irritada, “Não é mentira. Eu não estava te esperando. Por que eu esperaria? É a coisa mais entediante a se fazer.”

Ela esperava por ele, preocupada se ele estaria com fome, bêbado ou com frio.

Mas ele sempre parecia impaciente, dizendo para ela não fazer coisas tediosas e que, em vez disso, deveria ler mais e se enriquecer intelectualmente.

Fausto também se lembrou do que havia dito, uma expressão complicada surgiu em seu rosto, “Desculpe.”

“Deixa pra lá, já passou. A propósito, a Teresa quer te convidar para jantar como agradecimento, você tem tempo?”

Fausto imediatamente entendeu o propósito de ela estar esperando lá.

Ele ficou desapontado.

Vendo que ele estava com o rosto fechado e não falava, o coração de Paloma afundou ligeiramente, apressando-se em dizer: “Eu sei que você não tem tempo, então deixa para lá.”

“Quem disse que eu não tenho tempo? Amanhã à noite está bom.”

Paloma não esperava que ele concordasse tão prontamente, parecia surreal.

Ele franziu a testa, “Amanhã à noite não é bom?”