Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 145

Fausto aproximou-se dela, baixou a cabeça para examinar o curativo em sua testa e depois observou os arranhões no cotovelo. "Está tudo bem?"

Paloma mal conseguia falar, com a boca tremendo.

João foi mais direto. "Fausto, o que você quer dizer? A Paloma passa por tudo isso e você nem aí, ainda curte uma foto da Helena com a família, você está louco?"

Fausto não se sentiu culpado, pelo contrário, mostrou-se indiferente. "Não era isso que você queria? Por que mudou de ideia agora?"

"O que eu queria? Você está maluco?"

Paloma não aguentou ouvir mais e levantou-se. "Vou ao banheiro."

Parada no fim do corredor, a brisa quente entrava pela janelinha, secando seu rosto. Ela levantou a mão para enxugar, mas não havia lágrimas.

"Está chorando?" De repente, a voz de um homem soou atrás dela.

Ela virou-se, erguendo o rosto. "Não, você não vale a pena."

O coração do homem apertou. "Eu não valho a pena, o Nuno vale, o João também, Paloma, eu realmente não esperava, uma dona de casa, conseguindo um atrás do outro, agora até meu irmão você conquistou."

Paloma pensou ter ouvido errado, olhando-o com espanto.

Fausto deu uma risada fria. "Não finja inocência, um brigando por você financeiramente e o outro de corpo e alma, Paloma, você está muito bem!"

Paloma, tremendo de raiva, levantou a mão e lhe deu um tapa.

O estalo, alto e claro, ecoou pelo corredor. Paloma mordeu o lábio, encolhendo os dedos, sentindo uma dor profunda, do toque até o âmago.

O homem passou a língua pela bochecha, com voz gelada. "Paloma, essa não é a primeira vez que você me bate, mas será a última. Da próxima, não serei tão gentil."

Paloma com as têmporas azuladas e os olhos avermelhados, os lábios tremendo levemente, depois de alguns segundos, falou com voz rouca. "Está bem, estou esperando você não ser gentil."

"Você... melhor ir para casa, agora que a tempestade passou, não deveria ficar andando por aí."