Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 166

Paloma tinha as bochechas coradas, provavelmente por ter acabado de acordar, e sua voz estava rouca, tornando até suas repreensões suaves.

Fausto, com um olhar mais profundo, não pôde evitar de se deitar sobre ela, ainda que de forma leve.

Paloma se assustou, abraçando o próprio estômago e mantendo uma distância entre seus corpos.

"Desça", ela pediu.

Ele baixou a cabeça, observando a gola solta de sua roupa de dormir, uma camisola de seda cor de rosa pálido, que deixava sua pele tão encantadora como as flores de begônia.

O homem sentiu uma pulsação intensa em suas têmporas e inclinou-se para beijá-la.

A pequena mulher em seus braços era como um pêssego maduro, suculento, derretendo entre seus lábios.

Paloma teve o fôlego roubado por aquele longo beijo, e quando finalmente conseguiu respirar, ele a segurou pelo queixo.

Seu olhar ardente percorria seu rosto, enquanto seus dedos longos deslizavam sobre seus lábios cheios, pressionando contra seus dentes, tocando a ponta macia de sua língua.

"Sra. Coelho, está pronta?" ele perguntou.

Paloma voltou a si, tremendo de raiva.

Ele não se divorciava, e esse talvez fosse um dos motivos.

Sr. Coelho queria manter uma imagem de homem apaixonado, sem espaço para aventuras externas. Mas, como Helena não o satisfazia, ele recorria à sua esposa de conveniência.

Mas por que ele deveria ter tudo o que deseja? Mesmo que não tivesse consumado seu casamento com Helena, era uma traição em espírito.

Agarrando-se às suas costas, ela usou toda sua força, fazendo Fausto franzir a testa de dor e cair para o lado.

Paloma aproveitou a oportunidade para sair da cama e correu para o banheiro, trancando a porta atrás de si.

Depois de um tempo, a porta foi batida. A voz preguiçosa de Fausto soou, "Paloma, é seu telefone."

Paloma abriu a porta e arrancou o celular de sua mão.

Sem olhar quem era, acabou atendendo, e a última voz que queria ouvir, a de Sílvio Lemos, ecoou em seu ouvido.