Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 168

Nesse momento, Paloma usou toda a sua força, deixando a palma da mão formigar de tanto esforço, enquanto o rosto do homem imediatamente ficava vermelho.

Uma fúria violenta surgiu em seus olhos, veias vermelhas trepavam por seus globos oculares, aproximando-se dela passo a passo.

"Te incomoda tanto assim que Nuno te ouça? Você sempre esteve à disposição dele, não é? Então vou fazer com que ele veja a quem você pertence." O homem a pressionou contra a parede, rasgando sua roupa num movimento brusco.

Diante de um homem tão grande e forte, Paloma era como um pequeno coelho preso nas garras de um tigre, sua resistência tornava-se ridícula, e até mesmo incitava nele um desejo de posse ainda mais forte.

Paloma também se irritou, lutando com todas as suas forças contra ele, arranhando a ferida em suas costas, deixando seus dedos pegajosos, enquanto o cheiro de sangue permeava o ambiente.

De fora, ouviam-se batidas na porta, seguidas pelas vozes de Teresa e Célia.

"Paloma."

"Irmã, mamãe fez café da manhã, ela quer que você venha comer."

Ambos se sobressaltaram, voltando a si.

Fausto olhou para baixo, para a mulher com os olhos injetados de sangue, e socou a parede ao lado dela com força.

Paloma, assustada, fechou os olhos e, ao abri-los novamente, viu-o se vestir e caminhar em direção à porta.

Ela correu para o quarto, trocando de roupa enquanto ouvia o som pesado da porta se fechando.

Somente quando os passos se distanciaram, Paloma ouviu a voz de Teresa: "Paloma, o que aconteceu? Ele te bateu?"

Ela saiu com uma nova peça de roupa, pálida. "Não, não bateu."

"E esse sangue é de quem?"

Foi então que Paloma percebeu as manchas de sangue na parede, no sofá e até mesmo em suas mãos, que também tinham manchado a roupa recém-trocada.

Ela limpou as mãos com um lenço de papel. "É do Fausto."

Ao ver as marcas vermelhas no pescoço de Paloma, Teresa quis perguntar mais, mas, com sua filha presente, mudou de assunto: "Vamos nos arrumar e comer algo."