Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 29

Paloma olhava para a Medicina Tradicional lá fora, aterrorizada, sentindo um frio percorrer seu corpo.

Dizia-se que o Dr. Couto era muito habilidoso. Se ele descobrisse que ela estava grávida, não seria o fim?

Paloma recusou, "Estou cansada e não quero ser examinada. Por favor, deixe-me descansar."

Mas Fausto não era de se dar por vencido tão facilmente; ele achava que Paloma não sabia reconhecer o que era bom para ela.

Ele encontrou uma peça de roupa para cobri-la, "Se você está cansada, deite-se, eu te levo no colo."

Paloma resistiu, "Não, eu... eu vou sozinha."

Vendo que não havia escapatória, ela só podia esperar que o Dr. Couto não percebesse.

Lentamente, ela se vestiu e calçou os sapatos. Fausto, por sua vez, não demonstrava pressa, apenas observava-a atentamente com seus olhos escuros.

Paloma sentia um arrepio pelo corpo inteiro.

Desistiu.

Assim que ela saiu, o Dr. Couto se levantou.

Ele olhou para Fausto com um olhar de desculpas, "Senhor, acabei de receber uma ligação da Sra. Coelho, dizendo que ela sentiu palpitações. Preciso ir lá verificar."

A Sra. Coelho tinha alguns problemas cardíacos. Em momentos de crise, poderia ser fatal. Não era incomum para o Dr. Couto.

Ele saiu após deixar o medicamento.

Fausto ainda parecia insatisfeito, mas Paloma enxugou o suor frio de alívio.

Ela havia escapado por pouco e parecia que devia agradecer à Sra. Coelho por isso.

"Vou te levar ao hospital."

Paloma rapidamente sacudiu a cabeça, "Dr. Couto mal foi embora, e se formos ao hospital agora, a sogra vai ficar sabendo e não sei o que vai pensar. Isso é só um mal-estar, passa com remédio."

Fausto achou que ela tinha razão e a deixou tomar o remédio.

Paloma jogou o medicamento no vaso sanitário e, em seguida, bebeu água antes de ir para a cama.

Fausto também subiu, deitando-se ao lado dela.

Ele não disse uma palavra, mas sua presença era muito forte, tornando difícil para Paloma adormecer.

Após um longo tempo de reflexão, ela disse: "Fausto, prometo que não vamos nos divorciar por enquanto, até você se tornar o herdeiro da família Coelho e ter a última palavra. Depois, podemos proceder com o divórcio."

Ela sentiu que sua explicação não estava clara o bastante, "Mas não pode demorar muito, no máximo dois meses."

Mais tempo do que isso e ela começaria a mostrar a gravidez.

Ele riu com desdém, "Nunca confio na natureza humana, vamos instalar mais câmeras em casa."

Ele não confiava na natureza humana, mas confiava em Helena.

Paloma também não quis argumentar mais, apenas assentiu, "Então está combinado."

Após dizer isso, ela virou-se, fechou os olhos e adormeceu.

Fausto fixou seu olhar nas costas dela por longos segundos, antes de finalmente desligar a luz.

Na escuridão, Paloma lentamente soltou a mão apertada, soltando suavemente um suspiro.

...

Embora apenas alguns dias tivessem se passado, ao retornar para a Baía das Esmeraldas, Paloma sentiu como se estivesse em um mundo completamente diferente.

A mansão foi arrumada de novo, Bruno estava na porta esperando com um menino chamado Kléber, e atrás deles havia duas babás vestidas de forma impecável.

Assim que Fausto saiu do carro, o menino correu até ele, abraçando suas pernas e chamando-o de "papai".

Paloma sentiu uma pontada de dor no coração, colocando a mão sobre o ventre.

Apesar de ambos serem seus filhos, devido à diferença de suas mães, um era extremamente amado, enquanto o outro tinha que enfrentar grandes dificuldades desde o momento de sua chegada ao mundo.