Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada！ romance Capítulo 864

O homem se recostava no encosto do banquinho, seus olhos profundos pousando sobre ela, "Não gostou?"

"Não é isso." Tania pegou o bule de chá para servir mais um pouco, lançando-lhe um olhar de relance, "Nunca usei vestido, e também não há ocasião que exija."

Arthur esboçou um sorriso enigmático, estendendo a mão por sobre a mesinha para entrelaçar os dedos com os dela, "Nunca usou mesmo?"

Tania instintivamente quis balançar a cabeça, mas uma imagem repentina surgiu em sua mente, e ela ficou em silêncio.

No dia do noivado, parecia que ela usou algo semelhante a um longo vestido bordô.

Sim, bordô.

O que ele dissera naquela vez?

Excessivamente bonito.

Tania umedeceu os lábios, semicerrando os olhos enquanto o avaliava, "Você quer que eu use vestidos daqui para frente?"

Arthur balançou a cabeça lentamente, "Só em casa."

Tania desviou o olhar, olhando para fora da cabine do barco, então voltou a encará-lo, não conseguindo conter o riso, "Para você ver?"

"Claro."

Era óbvio.

Tania apoiou a testa na mão, e depois de um longo momento, riu.

Claro, ela não imaginava que, na noite em que o vestido foi entregue em RN, quando ela usou pela primeira vez aquele vestido artesanal que realçava suas curvas, tudo sairia do controle. O vestido bordô com bordados delicados foi rasgado por ele.

Rasgado na cama.

...

No dia seguinte, Tania e Arthur foram para uma pousada nas montanhas, localizada em meio aos verdes e vastos pântanos, onde suas mentes se sentiram especialmente livres.

Perto do entardecer, o céu estava coberto por uma camada fina de nuvens, e Tania e Arthur estavam a caminho de casa.

Durante os dois dias em que passaram em Ilhabela, exploraram cada rua e viela da cidade antiga e, também, desfrutaram de um passeio de barco sob a serena chuva que lembrava Campos do Jordão.

Embora o tempo fosse curto, aqueles dois dias sem interferências externas, imersos na beleza de Campos do Jordão, proporcionaram uma atmosfera de conforto e tranquilidade que realmente acalmou suas ansiedades internas.

O tempo passou rapidamente, e três dias se foram.

Os dias eram tão tranquilos que não havia nada de extraordinário a relatar. Em suma, nada aconteceu.

A ressurreição de Alex parecia um sonho absurdo; após o despertar, nada havia mudado.

Mas sob essa superfície calma, parecia que uma tempestade mais forte estava se formando.

Naquele dia, ao meio-dia, Raquel Alves foi ao instituto de pesquisa para almoçar com Tania.

Depois de se registrar na portaria, ela subiu para o terceiro andar com uma marmita térmica.

Tania, usando um jaleco branco, a esperava no topo da escada. Ao ver a marmita nas mãos de Raquel, ergueu as sobrancelhas.

Raquel, segurando a marmita com uma mão, sorriu radiante, "Tani, vim almoçar com você."

Tania, com as mãos nos bolsos, olhou para ela, "Foi você quem fez?"