Não vivo sem você romance Capítulo 134

Mas agora o Enrico e ela fizeram um pacto. Para roubar algo para o Enrico, ela até inventava mentiras sobre si mesma.

Damien sorriu ainda mais amargamente: "Pelo visto, eu estava errado, talvez você não seja a 'Ava Nagel' que eu estava esperando, ou talvez a 'Ava' que eu esperava sempre foi desse jeito."

Ele soltou a mão dela e moveu-se para o lado: "Pode sair agora."

Ava não se moveu, pois estava em choque.

Ele ia deixá-la ir assim?

Como ele podia deixá-la ir embora tão fácil? Ela foi pega em flagrante roubando documentos. Por que ele não vai fazê-la pagar?

"Damien, eu..."

"Eu não quero ouvir nenhuma explicação", ele a interrompeu instantaneamente.

Ela abaixou a cabeça e viu que a mão dele estava sangrando. Por ele ter dado um soco na parede, tinha algumas manchas de sangue na parede também.

"Sua mão..."

"Ava, é melhor você ir embora enquanto ainda consigo me controlar. Do contrário, não sei o que farei."

Damien nem mesmo estava olhando para ela quando pediu que ela fosse embora imediatamente.

Em pouco tempo, ela saiu do escritório assim como lhe foi ordenado.

O escritório da secretaria ainda estava vazio.

De repente, Ava percebeu que era impossível que todos tivessem deixado os escritórios da secretaria e do presidente vazios, visto que ali se guardavam inúmeros documentos importantes.

Obviamente, tudo tinha sido arranjada pelo Damien.

Tudo estava sendo armado para atraí-la para a armadilha, a fim de que ela mostrasse as suas verdadeiras intenções.

A verdade é que ele já sabia que o Enrico queria roubar os documentos antes!

......

Poucos dias após o incidente, tudo parecia normal na empresa. Damien não tomou nenhuma atitude contra ela, nem a puniu.

Como se nada tivesse acontecido.

Contudo, o que aconteceu não podia ser apagado.

Ava estava distraída, jogando alguns jogos no computador durante o trabalho e parecia não ouvir quando o celular tocou.

Luella apareceu para pegar o telefone para ela e disse: "Srta. Nagel, o vice-presidente pediu que você fosse no escritório dele."

Ela foi despertada pela Luella e, quando ela processou o que a Luella tinha acabado de falar, sua expressão escureceu: "Eu não quero."

"Ava, o que tá acontecendo? Você tem andado preocupada todos esses dias."

"Tô bem."

"Então, por que você não vai pro escritório do vice-presidente? Vocês dois brigaram?"

Ava não teve escolha a não ser repetir: "Luella, eu já te disse várias vezes que somos só amigos normais."

"Eu sei, eu não quis dizer nada demais."

Ela desligou o jogo do computador e olhou para o monitor vazio do computador, mas não se levantou.

Então, Enrico ligou para ela pela segunda vez. Ela tirou o celular do gancho sem nem piscar, e sem intenção de se mover.

Então, o da Luella tocou.

Depois de atender, ela disse para a Ava: "Srta. Nagel, o presidente..."

"Eu já te disse, não vou."

"Mas é o presidente que tá ligando dessa vez, e ele pediu pra você ir no 18º andar."

Rapidamente, Ava se levantou e foi em direção à escada.

Alguém tinha que botar um ponto final nesse assunto de uma vez por todas. E já que ela não podia evitar o problema, só restava enfrentá-lo.

Ela entrou no escritório do Damien, e ele acenou para ela: "Venha cá."

Ela respirou fundo e caminhou em direção à mesa dele.

Tinha uma caixa grande que parecia um presente na mesa dele.

"Dê pro Jean em meu nome", disse ele.

Ava ficou pasma.

Damien explicou: "Eu prometi pro Jean que ia comprar um carrinho de brinquedo pra ele há alguns dias atrás, então não posso quebrar minha promessa."

Ela estava surpresa.

Se ele queria dar um presente para o Jean, por que ele tinha que mostrar para ela? Ele estava com medo de que ela não concordasse com ele dando o presente para o Jean?

Ela pegou o presente sem dizer uma palavra.

De um jeito ou de outro, Damien ainda era o pai biológico do Jean, e ela não tinha motivo para impedi-lo de presentear o filho se ele quisesse.

Quando ela estava quase saindo com o presente nos braços, Damien a interrompeu: "Aliás, passe isso pro Enrico."

Ava o viu tirar uma pasta do cofre e a entregar para ela.

Era o documento que ela tinha tentado roubar no outro dia.

"O que é isso?"

"Você queria, não queria?"

Ava pegou a pasta com suspeitas, então ela abriu e deu uma olhada. Era realmente o documento que ela queria, não tinha sido fotocopiado e nenhuma página estava faltando.

Mas por quê?

Enrico tinha contado para ela sobre a importância desse documento. Os dois irmãos não se deram bem por muitos anos e se consideravam inimigos, então provavelmente faziam o máximo possível para passar por cima um do outro.

A prova de uma negociação entre o Enrico e a família Newton era suficiente para que ele fosse destruído e trancafiado pelo resto da vida.

Era a estratégia derradeira para acabar com o Enrico. Por que o Damien cederia isso para o Enrico?

"O que você tá fazendo?", Ava perguntou.

"Já que você queria tanto, eu vou te dar."

A expressão do Damien estava calma e indiferente, e seu rosto não demonstrava nem raiva, nem alegria.

Ela não conseguia entender.

"Damien, quando eu abri seu cofre naquele dia, eu..."

"Você não tem que me explicar nada, a culpa foi minha por ter ficado com raiva de você. Eu sempre me esqueço de que você não se lembra de mim. Como posso tratá-la do jeito que te tratava antes?"

Ava queria falar algo, mas suas palavras ficaram presas na garganta.

Nos últimos dias, ela tinha pensado em muitas coisas. Embora ela tivesse prometido roubar os documentos para o Enrico, era apenas para recompensá-lo por tê-la salvado naquela época. Ela ainda era culpada pelo fato de ter roubado os documentos.

Ela queria se desculpar com ele, mas, de alguma forma, ela não conseguia dizer isso em voz alta.

Mas, agora, de forma completamente desesperada, ele estava se desculpando com ela.

"Por quê, Damien? O que você quer de mim?"

Ele deu meio passo mais para perto e levantou o queixo dela: "Eu não quero que você cometa os mesmos erros."

"Como?"

"Eu não me importo se você fez isso pelo Enrico ou não, essa será a última e única vez que você vai ter permissão pra ficar do lado do meu inimigo. Depois disso, você deve ficar por mim, não importa o que aconteça."

Ele olhou para o rosto dela sem piscar e a forçou a olhar para ele de volta.

Seus olhos eram misteriosos, e ela não conseguia entender o que ele estava pensando.

Pelo que ele disse, parecia que ele não estava bravo com ela.

Ava se acalmou só de pensar nisso.

De repente, ela sentiu que o Damien era diferente de como ela tinha imaginado. Além disso, ele era uma pessoa totalmente diferente do que o Enrico e a mãe dela tinham descrito.

Ela devia acreditar no Damien do passado que ela nem conseguia se lembrar, ou acreditar no homem que estava na frente dela?

"Isso vai te afetar se você o der pra mim?", ela perguntou para ele enquanto segurava o documento.

Ele sorriu de leve: "O que foi? Você tá preocupada comigo?"

"Não, Enrico disse que o documento é muito importante pra ele e que era uma questão de vida ou morte. Mas se você me deu..."

"Não tô interessado em ter a vida do meu irmão na minha mão, por que eu tiraria a vida dele?"

Sério?

As dúvidas da Ava cresciam cada vez mais profundas.

Ele sempre foi gentil desse jeito? Mas eles não eram inimigos desde antes?

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