Não vivo sem você romance Capítulo 135

Na prisão feminina de cidade A.

A porta de metal da sala de interrogatório foi aberta lentamente. A poeira voou por todo o ar sob as fracas luzes amarelas.

Esse era um lugar sem a luz do dia. Não tinha um único raio de luz brilhando sobre ele, mesmo durante o dia.

Sob a orientação da equipe, Damien caminhou até o final do corredor.

Bem no canto da cela minúscula e estreita, tinha uma mulher coberta de sujeira e de cinzas.

Se não fosse pelo guarda da prisão, ele não teria reconhecido essa mulher na frente dele como sendo a Selina.

Em apenas quatro anos, a outrora digna senhora da família Newton tinha se tornado uma louca.

"Sr. Radbury, desculpe incomodá-lo. Mas essa lunática disse que ela tentaria suicídio pela segunda vez se não te visse. Não conseguimos fazer nada a respeito", disse o guarda da prisão.

Damien acenou com a cabeça e disse: "Eu tenho alguns assuntos pra falar pra ela. Só me espere aqui."

Quando ouviu a voz do Damien, a mulher na cela finalmente levantou a cabeça.

Há poucos dias atrás, ela tentou suicídio quando ficou sabendo da notícia da morte do seu pai. Infelizmente, para ela, salvaram-na e trouxeram-na de volta à vida.

Depois de ter se batido na parede, ela fez uma marca vermelha bem destacada na testa e que ainda era muito aparente.

"Damien, você finalmente veio!"

Selina mostrou um sorriso terrível e cerrou os dentes em seguida.

Ela imediatamente se jogou na porta. Se não fosse pelas barras de ferro, ela teria pulado no Damien e o dilacerado.

A testa ferida e as ações selvagens faziam-na parecer ainda mais sinistra e aterrorizante.

"Eu vou te matar! M*ldito! Foi você que matou meu pai! Foi você!"

Selina estava mostrando os dentes e balançando os dedos. Ela desejou que ela pudesse matá-lo apenas com seu olhar penetrante e afiado.

Quatro anos atrás, o advogado contratado pela Família Newton não conseguiu exonerá-la da pena, mesmo usando transtorno mental como desculpa. No entanto, nas anotações dos médicos do hospital psiquiátrico estava escrito claramente que ela realmente sofria de esquizofrenia.

Não importava o que fosse dito, Damien conseguia ver que essa mulher estava bem lúcida.

Pelo visto, os dias na prisão foram confortáveis demais para ela. Ela ainda estava cheia de energia para gritar com ele.

Damien disse friamente: "Selina, seu pai morreu de velhice. Ninguém é culpado disso. Você merece ser punida aqui. Você pode me odiar o quanto quiser, mas Deus nunca ouvirá seus xingamentos."

"Damian Radbury, você acredita em carma?"

"Os corrompidos deste mundo serão naturalmente punidos. Se Deus não vai puni-la, eu mesmo o farei!"

"Vingança? Hahahaha... eu acho que você é aquele que deveria ser punido! Mesmo se eu ficar presa aqui pelo resto da minha vida, e daí? Eu matei a mulher que você mais amava! Ela tá morta! Mesmo que você esteja lá fora, tem alguma diferença em relação a mim que tô presa na prisão?"

Selina levantou a cabeça e deu uma risada maldosa.

Damien também riu.

Ela estava certa. Mesmo que ele tivesse tudo que quisesse, era o mesmo que estar na prisão sem a Ava do lado dele.

Contudo, Deus teve misericórdia dele no final das contas.

"É uma pena que seu desejo seja em vão. Ava não tá morta."

"O que você tá falando?"

Apertando-se com força contra as grades de ferro, Selina arregalou os olhos de surpresa.

"Ela não tá morta." Com medo de que ela não tivesse ouvido claramente, ele murmurou palavra por palavra lentamente.

"É impossível! Ela tá morta! Eu a matei com minhas próprias mãos! O espírito dela chora pra mim todos os dias! Ela tá morta! Ela morreu já faz muito tempo!"

Selina agarrou o próprio cabelo loucamente em um estado de negação. Claramente, os sintomas psicóticos apareceram mais uma vez.

A prisão recebeu um patrocínio do Damien, que a designou para uma cela isolada. Ninguém tinha permissão para se comunicar com ela, e ela, por sua vez, não tinha permissão para sair. Ela estava presa ali há quatro anos. A única vez em que ela finalmente teve um vislumbre da luz do dia foi quando ela tentou suicídio e foi encaminhada para o pronto-socorro.

Mesmo uma pessoa mentalmente estável ficaria louca depois de ficar presa em um lugar como aquele.

Vendo que ela estava prestes a gritar novamente, o guarda da prisão rapidamente a ameaçou com um bastão elétrico.

Damien sabia que ela não ia realmente morrer assim do nada, então ele se virou e foi embora.

Uma pessoa como ele busca vingança pelas menores das desavenças, e ele obviamente queria que ela vivesse mais para sofresse pelo resto da vida.

Vendo que o Damien estava quase indo embora, Selina gritou mais uma vez: "Damien! Não pense que você pode ficar vivendo com esse jeito arrogante por muito mais tempo! Você acha que eu realmente perdi? Você acha que pode ganhar sempre? Tem muitas pessoas de fora que estão contra você! Você vai ser completamente destruído um dia!"

Quando ouviu as palavras dela, Damien saiu bufando no mesmo ritmo.

Enquanto isso, a voz da Selina tornou-se cada vez mais estridente: "Você realmente acha que a Ava ama-se com sinceridade? Um dia, você vai ser morto pelas pessoas que estão a sua volta! Quando chegar a hora, eu vou vencei! Eu vou vencer! Hahahaha..."

Ele parou de andar e se virou imediatamente com um jeito frio: "O que você disse?"

"Você acha que tô fazendo tudo isso sozinha? É claro que alguém me ajudou! Ele te odeia mais do que eu. Um dia, ele com certeza vai te matar!"

"Quem é a pessoa de quem você tá falando?"

Selina riu loucamente e seus olhos foram gradualmente perdendo o foco.

Essa lunática estava falando bobagem de novo.

E ela continuava murmurando um nome. A verdade é que era o Enrico.

"Foi ele! Foi o Enrico! Ele me disse que queria cooperar comigo... Depois que tudo acabar, posso me casar com você! Quero me casar com você! Eu realmente... gosto muito de você..."

De pé na frente das barras de ferro, Damien zombou: "Então, você trabalhou com o Enrico? O que ele te prometeu?"

"Ele disse que se eu me casasse com você, você se divorciaria da Ava e então ele poderia ficar com ela... Aquele idiota, ele gosta mesmo de sua cunhada! Hahahaha... Que burro, não é? Não vou deixá-lo conseguir o que quer! Eu quero que a Ava morra! Eu quero que ela morra!"

Selina continuou a rir loucamente. Embora suas palavras fossem incoerentes, Damien entendeu o que ela estava dizendo.

Enrico, aquele idiota estava de olho na Ava já fazia muito tempo...

Damien xingou enquanto ignorava a Selina, que tinha enlouquecido. Então, ele saiu da cela.

Em seguida, ele voltou para a casa dos pais.

E ele socou o Enrico com força na frente deles.

O soco foi tão repentino que o Enrico nem conseguiu fugir.

Em pouco tempo, o sangue escorreu pelo seu nariz. Enrico se limpou e disse com uma certa jocosidade: "Damien, o que você pensa que tá fazendo?"

Como eles estavam na frente dos pais, Damien não disse mais nada. Em vez disso, ele deu outro chute violento no Enrico.

Este m*ldito tinha realmente cooperado com a Selina. Infelizmente, Selina era uma mulher completamente maluca e perversa. Ela só queria que a Ava morresse e quase conseguiu isso.

Damien agarrou o colarinho dele e estava prestes a espancá-lo com força. De repente, Karen gritou e se jogou no Enrico para protegê-lo.

"Damien, o que você tá fazendo? Ele é seu irmão! Você tá tentando matá-lo?"

Karen começou a chorar e o Damien não teve escolha a não ser deixá-lo ir.

"Tô te avisando, não se atreva a fazer alguma coisa com ela! Se não, você vai acabar como a Selina!", Damien avisou o Enrico com uma voz fria.

Enquanto isso, Enrico se esforçou para conseguir ficar de pé e, do nada, caiu na gargalhada: "Damien, por que você tá tão bravo e tão desesperado pra me ameaçar? Você vai ficar em paz se eu morrer?"

Enrico sorriu: "Talvez, eu não deveria ter sobrevivido vinte anos atrás quando eu estava sem esperança nenhuma naquele lugar escuro?"

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