Muralha - Narrando
eu tô até tranquilo com Natália esses dias,não que eu não sinta vontade de bater nela, mas tô me controlando muito, muito mesmo. Tô mudando por ela, eu gosto dela, cansei de mentir para mim mesmo, tô tentando fazer as coisas certinho
- Natália porra, acorda - ainda não sei ser carinhoso
- Sempre carinhoso, que foi?
- Vou pra boca, desenrola uns bagulho
- E ?
- Espera eu terminar, caralho
- Tá certo, desculpa
- E daqui a pouco volto pra gente ir no shopping comprar os bagulho para viagem.
- Tá certo, vou me arrumar
- suave, demora não que eu volto num pé
Sai do quarto e fui para boca, tudo quieto e geral fazendo os bagulho, gosto assim.
- Cadê formiga ?
- Na barreira patrão - um fogueteiro disse
- Vai lá e manda ele vim aqui, agora.
Ele saiu voado e eu fui para salinha, logo chega uma puta, querendo mexer com a mente do cara, só atraso
- Que foi porra ?
- Sou Solange
- E eu te perguntei teu nome por acaso ?
- Fiquei sabendo que gosta de novatas
- Gosto mais não, rapá daqui
- Nem se a novata for eu - chegou perto demais e pegou no meu pau, fácil demais.
- Nem se a novata for uma buceta de ouro, sai daqui antes que tu fique sem a mão, tenho mulher.
- Ah, não sabia. Pensei que era só saco de pancada - odeio quando falam isso
- Toma cuidado no que tu fala pra não ficar sem a língua - falei apertando o rosto dela - agora sai daqui antes que eu perca minha paciência
Ela saiu rebolando aquele cu seco, nem cu aquela misera tinha, mai vá se fuder.
Logo Formiga chega e parece que o miserável adivinhou, chegou com os papel das cobranças tudinho.
- Esse é providência, tu é o novo gerente da boca visse
- Sério muralha ?
- Não tô tirando uma com tua cara, claro que é sério, olha minha cara pra quem gosta de brincadeira
- Valeu aí, chefe.
- Tranquilo, tranquilo. Só faz teu trabalho direitinho e nós fica de boa.
Comecei a olhar os papéis, vai que tenha algum burro que queira tentar a sorte de me roubar, tem doido para tudo.
- Muralha, deixa eu levar Natália na casa da minha sogra amanhã ? - Matarindo
- Tá achando que é festa agora ?
- Vai po, a veia não para de me encher, eu saio do lado dela não, na moral
- Tu vai ter 3 horas com ela, e eu conto visse porra.
- Valeu aí
- Tranquilo
Agora só por que eu tô tranquilo essas porra acham que o bagulho vai folgar, vai um carai, continuo ruim do mermo jeito.
- ALGUÉM CHAMA O FOGUETEIRO DA RUA 4
Depois de 5 minutos ele chega.
- Mandou chamar patrão
- Quero saber porque tá faltando droga no teu malote, desenrola.
- O Luiz da casa 9, tá devendo e não quer pagar.
- Devendo quanto ?
- Mil
- Porra, quem deixou tu fazer uma venda de droga dessa ?
- Ele que folgou demais, ele pegou tudo de uma vez não, é só o bagulho fiado que ele pega e o senhor permitiu
- Vou fazer uma visita aquele filho da puta agora, e tu vai me mostrar quem é.
Descemos o morro e ele apontou pro cara, muita pinta de drogado mesmo.
- Tu aí porra
- Eu ? - perguntou todo desentendido
- Não carai, teu cu, mai né foda.
- O que deseja ? - falou com mó cara de cínico, puxei a arma na hora
- Meu dinheiro porra, Mil conto cadê ? - ele engoliu a seco
- Tenho não, chefe
- Eu quero a porra do meu dinheiro, vai desenrolar ou não? - apontei a arma na cara dele
- Vou sim, vou sim, só não me mata
- Quero meu dinheiro amanhã
- Tem como não, me dá mais dois dias - peguei na mão dele e quebrei um dedo
- Pra cada dia a mais, um dedo vai ser quebrado.
- Amanhã, amanhã ok - falou já chorando.
- Foi ótimo fazer negócio com você
Montei em cima da moto e o fogueteiro no meu encalço.
- Amanhã tu pega todo o dinheiro, se ele não pagar pode me chamar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: No Alemão