No Alemão romance Capítulo 45

NATÁLIA - Narrando

Acordei era umas 9:30, Muralha ainda tava dormindo e vi alguns cortes pelo seu corpo

eu sei que nunca vou conseguir fazer ele deixar os corre, e mesmo que eu queira não posso fazer isso, tem umas que implica com o bagulho, mas pô se tu conheceu o cara desse jeito vai mudar ele por que ? sabia onde tava se metendo, eu não tive escolha com muralha, mas nunca mudaria ele, nunca tiraria ele do morro, pois sei que ele dá a vida por isso aqui, mesmo que toda vez que ele saia pra um confronto desse, meu coração aperte e por ventura em um desses confrontos eu fique sem ele, sei que ele ia tá protegendo o que ama e eu não poderia tirar esse desejo dele, nem eu, nem esse serzinho que tá aqui dentro. Eu sei que pode herda tudo isso, a escolha vai ser dele, não vou dizer que quero minha cria metida nessas coisas, vou sempre aconselhar a querer ter uma vida livre do crime, uma vida onde ele não precise fugir de policiais, troca tiro e essas coisas, mas se por um acaso ele seguir essa vida, eu vou tá aqui pra segurar na mão dele e pelo menos um avisei, eu vou dizer porque vou tá com minha mente limpa de que fiz tudo possível pra ele não entrar nessa vida, dei todos os conselhos possíveis mas infelizmente ele seguiu outro caminho... Então não posso mudar ou escolher o futuro de ninguém, eu aviso e se a pessoa quiser, segue o conselho, se não aprende a conviver c as consequências.

- Catarina ? - falo chegando na cozinha

- Oi, tá todo mundo bem ? escutei os tiros ontem

- Acho que sim, só não sei onde Elisa tá

- Acho que ela tá na casa de Ana, quando passei vi formiga levando ela pras banda de lá

- Ela quem ?

- Elisa né mulher

- Ah, sim Tem café ? - pergunto

- Tu não toma

- É pro muralha, bota um café, umas torradas, um pedaço de bolo e umas frutas aí que eu vou levar pra ele

- Que fofo gente

- A gente tenta né

tomo um suco e como um sanduíche que Cat faz pra mim

- comer tudo porque tá comendo por dois agora - fala alisando minha barriga

- Já tô vendo que vou ficar obesa

- faz parte da gravidez

- Eu pularia essa parte

Ela termina de organizar as coisas e eu subo com um medo danado de derrubar tudo, abro a porta e ele ainda tá dormindo, boto a bandeja na cômoda e vou acordar ele

- que foi ? - pergunta com cara de sono se levantando

- trouxe teu café - levanto pegando a bandeja dele

- Uau, fiz o que pra merecer isso ?

- me deu meu maior presente - passo a mão na barriga

- tu também me deu - ele me dá um selinho e começa a comer

- Misericórdia parece um bicho comendo

- Até quando eu te como?

- Que coisa feia, sou virgem

- fez a cria com dedo né

- Claro

Ele termina de comer e eu vou tomar um banho, hoje tinha que ir pro posto, se eu quisesse meu pagamento no final do mês né.

- Vou te deixar lá, vou pra boca - Muralha

- Tá certo

O dia foi muito tedioso, atendi algumas crianças e pessoas machucadas por conta do tiroteio de ontem, algumas com braços quebrados e dois vapores omc um tiro na perna e o outro com um no ombro, não sei como conseguiram suportar a dor o dia todo.

- Boa noite família - falo entrando em casa vendo Elisa e Ana sentadas no sofa

- Boa noite

- Elisa sua sapatão dos infernos, por que não veio pra eu arrumar o machucado ?

- não queria te preocupar, foi só um tiro, nada demais e tu não pode se preocupar faz mal pro bebê

- Grande coisa, é meu trabalho, eu fiquei mais preocupada não sabendo como tu tava

- mandei Muralha ficar de boa pô

- problema, quero que você venha até mim, toda vez, ouviu ?

- sim senhora

- ótimo, Oi aninha, como você tá ?

- tô bem e tu

- tô ótima, só tô com uma fome da misera mas de resto, tranquilo

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Foram vários dias na mesma rotina, acordo, posto, casa, alguns dias bailes, e pronto.

Gabi tá quase perto de dá a luz, ela já tá com 9 meses batido, Matarindo tá tão cuidadoso que não sai do lado dela pra nada, Gabi disse que ela tá cagando e ele na porta com medo que o filho desça pela privada é muito engraçado a preocupação dele pô.

- Bota muita força não, Gabi - Escuto Matarindo falando do quarto

- O que foi ? - falo entrando no quarto

- Gabi tá dentro do banheiro cagando e tá com contrações, imagina se meu pirralha desce pela descarga

- Eu te avisei, Natália, nem posso cagar em paz - Gabi fala do banheiro

- Deixa a coitada cagar, teu filho não vai sair do cu não

- mas....

- mas um carai, vai p boca, eu vou ficar aqui

- Precisa não pô, vai que ela tenha que ir nas pressas pro médico

- Eu ligo pro Luke para encontrar a gente no hospital e por incrível que pareça eu também sou médica

- Tá certo, eu volto logo

Ele sai do quarto e minutos depois Gabi sai do banheiro.

- Eu não aguento mais ele no meu pé - Gabi

- Ele só tá sendo cuidadoso

- Mas tá sendo muito, se eu espirro ele olha pras minhas pernas

- normal

- normal nada, se muralha ficar assim, tu não vai ter paciência

- Eu sei que não, mas eu vim te salvar hoje

- Obrigada

A gente deitou na cama e ficou assistindo e comendo besteiras.

- Já começou o pré Natal ? - Gabi pergunta

- Já sim, tô com 2 meses

- Ai que fofo, tu acha que vai ser o que ?

- Menina

- e muralha ?

- também, ele quer menina e eu ficaria feliz de vim uma menininha para eu ensinar a dançar

- Um nome para menina ?

- Não pensei em nenhum, mas gosto do nome Selena Vitória

- bonito nome, Selena Vitória, vai ficar lindo

- E se não for menina ?

- A mãe nunca erra, Nath, vai ser uma menina

- Eu vou ficar muito feliz, mas se for menino vou amar do mesmo jeito

- Eu amo meu Lucca, mas eu também queria uma menina

- Qual nome tu colocaria ?

- Não sei

- Vou pegar o celular pra gente pedi um almoço - falo a mesma e saio do quarto

Subo rápido mesmo e Gabi tá se mijando

- Ai meu deus Gabi, estourou - falo super nervosa

- Eu ia gritar agora por tu

Disco o número de Muralha que é o que tá na discagem rápida enquanto arrumo Gabi nas pressas

- Oi Natália ?

- Manda Matarindo vim agora, Gabi vai pari, logo muralha

- suave

e já começo outra chamada com Luke

- Gabi vai ter o bebê, vai pro hospital

- Tá certo, logo colo lá

Desligo o celular, boto Gabi sentada no sofá enquanto ela respira fundo

- Não espirra agora visse - falo tentando descontrair

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