Disseram que eram documentos, mas na verdade não havia muita coisa.
Era apenas uma foto do irmão mais novo quando ele se perdeu e os relatórios de investigação das proximidades, da estação de ônibus e da estação de trem naquele dia.
- Esses anos todos, eu também estive atento a pessoas desaparecidas na região, mas não encontrei ninguém parecido.
Dimitri suspirou.
Depois de tantos anos sem notícias, ou a pessoa já estava morta, ou tinha sido vendida para muito longe.
Com a capacidade policial e os recursos de investigação de mais de dez anos atrás, ambas as possibilidades eram viáveis.
Ele preferia acreditar que ele ainda estava vivo.
Um menino de três anos, basicamente criado, sem memórias, era o tipo de criança que os compradores mais gostavam.
Só que, não era fácil de encontrar.
Mesmo não sendo fácil de encontrar, Melissa ainda precisava encontrar um jeito.
- Tio Dimitri, eu quero uma cópia desses documentos.
Vendo ela assim, Dimitri quis aconselhar ela:
- Mel, já se passaram dezoito anos...
Melissa o interrompeu:
- Tio Dimitri, minha mãe acordou.
Dimitri arregalou os olhos.
Ele conhecia a situação de Cecília. Originalmente uma mulher muito gentil e inteligente, mas que enlouqueceu quando seu filho desapareceu.
Todos esses anos, ela não tinha respondido ao mundo exterior.
"Antes, não disseram que era muito difícil ela melhorar? Como assim ela de repente acordou?"
- Eu tenho um amigo, George, que voltou dos estudos no exterior. Ele me ajudou a comprar medicamentos avançados de fora. Ela tomou por um tempo. Da última vez que acordou, minha mãe já conseguiu dizer duas frases para mim. - Falando nisso, Melissa estava ainda mais confiante. - A tecnologia de hoje está muito avançada, minha mãe pode ser curada, e talvez haja uma maneira de encontrar meu irmão. Eu tenho que tentar.
Dimitri também achou essa notícia muito animadora, e disse feliz:
- Você está certa. Assim, eu também vou perguntar internamente na delegacia, ver se há alguma tecnologia avançada que possamos usar.
Os métodos oficiais sempre seriam mais avançados do que os civis.
Melissa agradeceu, olhou para o relógio e disse:
- Tio Dimitri, por que não chama a Hebe para almoçar com a gente?

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