Enzo olhou para Melissa, suavizando sua expressão:
- Hoje estamos falando de assuntos pessoais, nada relacionado ao trabalho.
Melissa riu friamente:
- Você sabe que não tem nada a ver com o trabalho, mas ainda vem ao Grupo Amorim durante o expediente para causar problemas? Só está tentando usar o trabalho para ameaçar Larissa e fazer com que ela te pague, certo? Por que você pode fazer isso e eu não?
Enzo abriu a boca, mas a fechou novamente.
Depois de um momento, ele falou com dificuldade:
- Melissa, somos colegas, não há necessidade de tornar isso tão constrangedor. - Ele se desculpou diretamente. - Hoje fui precipitado, não deveria ter vindo durante o expediente. Peço desculpas. Mas você não pode cancelar meus pedidos. Conquistei isso com meu próprio esforço.
Melissa respondeu friamente:
- Então use seu esforço para reconquistar os pedidos.
Hoje ela estava disposta a abusar de seu poder, e daí?
"Achava mesmo que Larissa era uma garota frágil que a família Dias podia manipular livremente?"
- Quanto às faturas... - Melissa deu uma olhada casual e disse. - Você quer o dinheiro de volta? Tudo bem. Traga as notas fiscais e forneça provas de que Larissa usou ou consumiu o que você está cobrando, com tempo, local e quantidade, tudo detalhado. Se você puder provar e for razoável, nós pagaremos.
Enzo franziu a testa:
- Essas coisas são de anos atrás, onde eu vou encontrar as notas fiscais?
- Esse é o seu problema. Quem alega deve provar, você, um universitário, não sabe disso? - A expressão de Melissa permaneceu fria. - Claro, qualquer cobrança que Larissa fizer contra você, também apresentaremos as devidas provas.
Raquel, com a boca firmemente coberta, não sabia o que dizer, mas Enzo não ousou deixar ela falar.
- Que faturas? Aquela noite eu já descontei os dez mil das faturas.
Melissa não queria perder tempo discutindo com alguém que fingia ignorância:
- Você pode ir agora. Quando Larissa calcular tudo, eu te ligarei.
Enzo abriu a boca, mas por fim assentiu com relutância.
Raquel ainda tentava falar.
Enzo apertou mais a mão sobre sua boca e, hesitante, olhou para Larissa:
- Larissa, eu hoje...
Larissa virou o rosto, se recusando a ouvir.
Melissa ordenou aos seguranças:



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