Álvaro não se atreveu a dizer mais nada, correu para ajudar ele a se levantar e chamou o mordomo para trazer um médico.
O Sr. Kaué, engolindo o gosto metálico na boca, falou com a voz rouca:
- Estou bem. Não faça alarde, não assuste sua avó.
Vovó Michelle estava muito emocionada com as palavras de Álvaro e acabou tomando um remédio para dormir.
Se fosse acordada agora, seria ruim para ela.
- Mas sua saúde também é importante.
- Não importa.
Ele estava tão furioso que uma poça de sangue estava presa em seu peito. Agora que a cuspiu, ele se sentia um pouco aliviado.
Mas só de pensar em Davi, a raiva voltava a subir.
- Eu disse na época que Diogo não era bom, mas sua tia não acreditou e insistiu em casar com ele! Eu pensava que ele apenas não tinha muita determinação, que não tinha futuro. Mas quem diria que ele já era casado e tinha filhos! E ele ainda teve a cara de pau de vir aqui pedir sua mão! Ele é um trapaceiro! Desgraçado! Desgraçado! - Ele gritava enquanto tossia.
Álvaro rapidamente o ajudou a respirar melhor e deu a ele um copo de água.
- Vovô, não se irrite tanto. Conhecemos o rosto das pessoas, mas não seu coração. Ele nos enganou de propósito, e estávamos indefesos.
Naquela época, as coisas não eram tão avançadas como agora e não era fácil investigar tudo.
Davi não tinha registrado seu casamento na cidade natal, nem falado publicamente sobre sua esposa anterior, então eles foram pegos de surpresa.
O Sr. Kaué bufou pesadamente:
- Foi porque sua tia não tinha vergonha. Veja agora, sendo humilhada pela família Frota! - Ele ficou furioso por um tempo e depois perguntou. - Essa doença dela tem cura?
Álvaro respondeu:
- Antes de voltar, perguntei ao médico. Eles já estão tratando, e os resultados parecem promissores. Se tudo correr bem, você talvez possa conversar com ela quando voltarmos.
O rosto do Sr. Kaué relaxou um pouco, mas ele respondeu friamente:
- Não tenho nada para falar com ela! Ela é uma filha ingrata!
Álvaro não respondeu, apenas sorriu levemente.
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