Quando ele falou, os outros assentiram.
- Sim, eu também recebi essa ligação. Eles me disseram a hora exata em que eu deveria interceptar a pessoa para conseguir o dinheiro.
Rafael acrescentou:
- Quem ligou foi uma jovem, pela voz parecia ter uns vinte e poucos anos.
Melissa franziu a testa e puxou um áudio enviado por Lorena anteriormente:
- É essa voz?
Rafael ouviu e afirmou categoricamente:
- É ela.
- Sim, é ela. - Os outros disseram.
Rafael continuou:
- Srta. Melissa, foi assim que tudo aconteceu. Só que vinte milhões é muito dinheiro, ele estava sendo ganancioso demais. Peço desculpas por isso e espero que você possa relevar em vista da nossa cooperação.
Melissa não disse nada.
Tomas falou:
- Todos fiquem tranquilos. Contanto que cooperem com a investigação, o juiz tratará do caso conforme a lei. Entretanto, peço que não saiam da Cidade R nos próximos dias. Precisaremos de vocês como testemunhas quando o julgamento começar.
Ouvindo isso, Rafael finalmente se acalmou um pouco.
Tomas fez cada um assinar seu depoimento e os acompanhou até a saída, antes de voltar para falar com Melissa.
Melissa perguntou:
- Advogado Tomas, na sua opinião, com as provas que temos agora, é possível condenar Lúcia e Lorena?
Tomas respondeu:
- Com base nas provas atuais, se realmente for confirmado que Lúcia e Lorena foram as mandantes, então elas podem ser condenadas de acordo com o código penal. Crimes como lesão corporal intencional e conspiração criminal podem resultar em pena. Porém, a sentença específica dependerá do que cada uma fez.
Melissa assentiu, indicando que compreendia.
Tomas guardou os documentos e perguntou:
- Ouvi de Lucas que a Srta. Melissa suspeita que Lorena tenha trocado o medicamento da sua mãe, causando o agravamento da sua condição. A Srta. Melissa pretende incluir isso na acusação ou manter separado? Se for incluído e as provas forem convincentes, pode haver uma pena cumulativa mais severa.
Melissa entendeu o que ele queria dizer:
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