A voz sombria de Anthony ecoou na porta.
Mônica se assustou e imediatamente se levantou, se virando, tremendo, para olhar ele.
Os olhos de Anthony pousaram no cartão bancário na mão de Valentino.
Instintivamente, Valentino guardou o cartão.
Anthony riu de raiva, deu alguns passos à frente e agarrou o cabelo de Mônica.
No momento seguinte, uma onda de socos e chutes começou a cair sobre ela.
- Se atreve a me enganar! Acha que merece uma surra, não acha? Eu não te ensino a me enganar! Como pode esconder dinheiro de mim?
Pensando no momento em que voltou para casa e Mônica lhe deu vinte mil reais, por mais que perguntasse e batesse nela, ela insistia que não tinha mais.
Agora, o filho tinha voltado e, de repente, ela aparecia com uma grande quantia de dinheiro.
Era como se ele, o chefe da família, não tivesse importância nenhuma!
Pensando nisso, Anthony bateu ainda mais forte.
Mônica levou um chute no estômago e caiu no chão, encolhida de dor, segurando a barriga com força.
Valentino viu que ele estava perdendo o controle e jogou uma cadeira nele.
- Você quer matar ela?
Para desviar da cadeira, Anthony a soltou e limpou o nariz:
- Bah! Essa vadia merece morrer! - Disse ele, chutando Mônica deitada no chão.
Mônica não se mexeu.
Anthony tentou pegar o cartão bancário da mão de Valentino, mas Valentino recusou.
- Esse dinheiro pode ser usado para comprar uma casa na Cidade R. Pai, você não quer passar a vida toda morando no campo, quer?
Anthony recuou a mão.
...
- Mãe, me diga, de onde veio esse dinheiro?
Puxou Mônica do chão.
Enquanto Mônica se arrumava, Valentino já tinha verificado o saldo do cartão.
Quatro milhões.
Para uma família do campo como a deles, isso era uma fortuna.



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