NO MORRO DA ROCINHA romance Capítulo 31

Mergulhe nos cativantes capítulos de NO MORRO DA ROCINHA, um envolvente romance Internet escrito pelo talentoso Internet. Com sua trama intricada, profundidade emocional e personagens inesquecíveis, este romance promete uma jornada de suspense e conexões sinceras. Seja você um amante de enigmas misteriosos ou de contos que aquecem a alma, Internet teceu uma narrativa que se gravará em sua memória. Explore as páginas de NO MORRO DA ROCINHA, começando com 30, e deixe a magia se desdobrar.

Malu narrando

- Você brinca com a sua vida – ele fala me olhando.

- Eu gosto de te ver nervoso – eu falo para ele – te deixa mais homem.

- E eu não sou homem quando não estou nervoso? – ele fala e eu me sento na cadeira.

- Vamos dizer que eu acho que não – ele encara.

- Vaza – ele fala.

- Relaxa – eu falo – aqui não serve café não?

- O que a madame realmente quer aqui? – ele pergunta.

- Saber mais sobre meu pai – eu falo.

- Não vou te falar mais nada – ele fala ainda de pé na minha frente.

- Por favor – eu falo para ele. – eu só quero saber sobre o meu pai e quem ele era.

- Eu entendo que você quer saber quem ele era, mas porque isso agora? – Rd pergunta – você mesmo disse várias vezes que ele era uma pessoa diferente para você, então, porque quebrar a visão que você tem dele?

- As vezes você é inteligente – eu falo para ele.

- Você realmente me subestima de mais – ele fala.

- E você a mim – eu falo – eu não tenho forças para destruir ninguém aqui dentro. Você não conseguiu ficar com Ana ontem e ela veio me tirar satisfação,você acha que ela não vai espalhar que a gente pode ter ficado?

- Isso não vai acontecer – ele fala.

- E se acontecer? – eu pergunto – Você não está entendendo, em você ele não vai descontar nada, mas em mim ele vai. E não é possível que você queira que ele me machuque, queria me ver machucada, ele me batendo.

- Malu - ele fala colocando a mão sobre a cabeça.

- Estou te implorando Rd para você me ajudar – eu falo olhando para ele e ele me encara.

-Eu não posso te tirar daqui – ele fala.

- Vocês estão arrumando a fuga para ele – eu falo – não estão?

- Estamos – ele fala.

- E em nenhum momento você pensou que ele vai me matar quando sair? – eu pergunto para ele – Perigo está com sangue nos olhos, eu não tenho culpa da vingança dele contra o meu pai, eu não fiz nada.

- Eu não quero o teu mal – ele fala.

- Então prova que você não quer – eu falo – a anos eu sou humilhada por ele, sou agredida, estuprada todas as noites e tenho que aguentar tudo calada – ele me olha – não é possível que você não sinta pena de mim, que você não sinta nada.

Eu engulo o choro e deixo apenas que os meus olhos se encha de lagrima, meu coração estava quase saltando para fora e o pior que isso não era nem um plano, era realmente o que eu estava sentindo.

Eu me levanto.

- Onde você vai? – ele pergunta.

- Ficar trancada dentro daquela casa como eu ficava no Santa Marta – eu falo para ele.

- Espera – ele fala se levantando e vindo até mim.

- O que você quer? – eu pergunto – quer me beijar, quer que eu transe com você nesse lugar imundo? - ele me encara.

Ele me beija segurando em meu rosto e eu correspondo o seu beijo, colocando as minhas mãos sobre o seu pescoço, a gente se afasta.

- Me ajuda a fugir – eu falo baixo e ele me encara – me ajuda.

- Eu não posso – ele fala andando para trás.

- Covarde – eu falo para ele – você não pode nada, pode falar sobre os meus pais, não pode me ajudar em nada .

- As coisas são muito mais complicada do que você pensa – ele fala – seu pai fez muita merda Malu e você quer saber a verdade, se você sair morro a fora, você é sequestrada e até mesmo morta por outras pessoas.

- Do que você está falando? – eu pergunto para ela.

- Perigo agiu contra a vontade de todos nós, a gente queria que você tivesse sido morta quando seu pai morreu. Ele te manteve lá, ele bateu pé e não te matou – ele fala – Querendo ou não ele te deu proteção quando te deixou no morro, seu pai matou muita gente, arrumou muitos inimigos.

- Da policia? – eu pergunto.

- Seu pai matou diversos policiais – ele fala – diversos traficantes, homens do pcc e muito mais. Seu pai era o demônio em pessoa, era isso que você queria saber? A sua mãe só tá viva porque ela desistiu de te dar abrigo, porque se ela fizesse isso, ela seria morta.

- Minha mãe? – eu pergunto.

- Era para ela ter sido morta a muito tempo – eu falo. – Só que Perigo fez um acordo com ela, ela viva e longe de você. Já que ela queria te tirar do morro o tempo todo. Se você fugir, é a vida da sua mãe que está em jogo. Ele vai para cima dela.

- Porque ele me protegeu tanto como você diz, me mantendo no morro, me torturando, me batendo? – eu pergunto.

- Porque era para você está morta – ele fala me olhando – eu fui o que mais bati pé que ele deveria te matar – eu ando para trás – você tem razão quando fala que eu sou igual a ele, eu gosto de você, de ficar com você, de transar com você, eu gosto da forma que você me provoca, do seu corpo, do seu beijo. Mas não se iluda de novo, a sua vida seria um inferno comigo ou com Perigo.

- Eu não estou ouvindo isso – eu falo.

- Se a gente tivesse se conhecido em outra ocasião, se eu nunca tivesse desejado você morta, se você naõ fosse a fiel do meu primo, a filha daquele filho da puta do Antonio – ele fala – eu te daria o mundo Malu, eu daria o mundo para ter você do meu lado. Não acha que isso tudo me faz bem, porque não faz.

- Você é um mentiroso – eu falo.

- Não eu não sou, eu apenas não queria que você soubesse a verdade – ele fala. – Você é maravilhosa, você é linda, inteligente, esperta, provocante, sexy , safada , amiga. Você é perfeita – eu o encaro – só nasceu com o pai errado e se envolveu com o homem errado, no morro errado. Eu fiz a cabeça do Perigo Malu, para ele te matar e ele não te matou. Se ele é o que ele é com você hoje, foi porque eu fiz ele ser assim com você.

- Você nem me conhecia e me queria morta – eu falo .

- Eu jamais pedi a ele qe ele te agredisse, te humilhasse, se estuprasse – ele fala – mas eu queria você morta, é assim que a gente resolve as coisas. Eu não sabia se você estava junto com o seu pai ou não, mas tudo indicava que sim. Hoje te conhecendo eu sei que você não fazia parte do plano. E eu me arrependo por um dia ter enchido tanta a cabeça do Perigo para te matar – eu ando para trás e ele suspira – Perigo virou o que virou com você, pela pressão que sofreu. Ele não poderia demonstrar que te amava e queria você perto dele, que ele queria te proteger.

Eu pego uma faca que tinha pendurada na parede e vou para cima dele para matar ele, eu nem sei como eu agi dessa forma.

- Eu vou te matar – eu falo e ele me segura, me jogando de barriga para baixo em cima da mesa, e segurando minha cabeça forte contra a mesa, tirando a faca da minha mãe. – me solta.

- Eu entendo que você vai sentir raiva de mim – eu falo para ele – mas eu jamais imaginei que você iria vir para a porcaria do meu morro e que eu iria me apaixonar por você.

Ele me solta e se afasta.

- Você é um monstro que nem o Perigo – eu falo.

- Eu nunca disse que eu não era – ele fala – com as pessoas que eu amo eu sou diferente, a mesma coisa que o seu pai era com você. Esse morro é meu, era a vida do meu pai, eu herdei ele. Eu faço tudo que é possível para proteger ele e os moradores desse morro, para dar uma vida digna a eles. E naquele momento seu pai era quem tirou a paz de todos e você infelizmente era filha dele.

Capítulo 35

RD narrando

Ela me olha com um olhar decepcionado e confuso também.

- É muita informação – ela fala.

- Quando descobrimos a traição do seu pai a gente ficou dessa mesma forma – eu falo – seu pai comandava os negocios entre o morro da santa marta com rocinha e alemão. Ele era nosso braço direito. Eu era pequeno quando ele já trabalhava para o meu pai, ele te trazia junto para cá e a gente corria por essas vielas do morro, você é cinco anos mais nova que eu, não deve lembrar com muito detalhe. Eu lembro, eu lembro. Você deveria ter uns três anos. - ela se encosta contra a mesa e cruza os seus braços. – A primeira vez que começamos a descobrir que seu pai queria dar um golpe, ninguém acreditou. Fernanda trouxe os primeiros indícios.

- Fernanda? – ela pergunta – confia naquela mulher?

- Com a minha vida – eu falo – e você também deveria confiar nela, ela é casca dura, rabugenta mas ela tem todos os motivos dela. Fernanda começou a perceber que não entrava todo o dinheiro que seu pai recebia para os caixas e nem era entregue todas as drogas combinadas. Começamos a ver daqui, de lá. Até que descobrimos seus planos, os homens que ele estava tentando levar para o lado dele e quase , quase a gente perdeu tudo.

- Como ele foi morto sem eu saber de nada disso? – ela pergunta.

- Imagina se alguém soubesse dos nossos vapores, braços direito que um dos nossos homens de confiança conseguiu armar um plano para tirar o chef do morro do poder? Isso iria encorajar muitos outros – eu falo – então abafamos tudo, fizemos um plano para matar ele. Só que o seu pai, teve um confronto com a policia, porque o seu pai matou vários deles. Ele pegou uma criança de refém e acabou sendo morto.

- E eu não tenho culpa de nada disso, eu não pedi para ser filha dele – eu falo.

- Mas você nasceu filha dele. Ele fez você ir para o morro e ele arrumou uma forma de você se envolver com Perigo, era o plano dele sem que você soubesse de nada – eu falo – A gente não tinha noção que você não sabia, mas você era filha dele, poderia saber de algo. Então você tinha que ser queima de arquivo, para não abrir a boca para ninguém, porque como eu te disse tinha muita gente atrás de você e acredito que ainda tenha.

- Queima de arquivo – ela fala pensativa.

- O perigo é dono da santa marta e a santa marta precisa de mim da rocinha, da mesma forma que eu preciso do morro do alemão. Ele não poderia não ceder a pressão que a gente fez nele, você era um perigo – eu falo para ela.

- Eu não tenho culpa de nada, eu nunca tive culpa de nada do que o meu pai fez Rd – ela fala – eu não sabia de nada de plano nenhum. Eu me apaixonei pelo Perigo.

- Você deve está morrendo de raiva de mim – eu falo para ela – e é normal que fique, eu não posso te tirar do morro Malu, eu não posso fazer mais nada. Se eu fizer isso, eu coloco o meu morro em perigo.

- Ai você diz que se apaixonou por mim – ela fala me encarando – que de outra forma a gente ficaria junto, mas você não passa de um imbecil, idiota, traficante de merda – ela se aproxima – você é que nem todos e você merece a mesma coisa que eu desejo todos os dias para o Perigo, a morte. Que você morra da pior forma possível.

- Eu te garanto que isso um dia vai acontecer – eu falo para ela – a vida que eu levo, só tem uma forma de pararem, a morte.

- Espero que seja logo – ela fala passando e eu agarro o seu braço – me larga!

- Mas eu te prometo que enquanto eu estiver vivo, Perigo não vai te matar e não vai encostar um dedo em você – eu falo para ela.

A porta abre e era Fernanda.

- Eu odeio você – ela fala – e eu não confio em você, eu não quero a porra da sua proteção de merda – eu assinto com a cabeça e largo seu braço.

Ela sai que nem furacão pela morta quase derrubando Fernanda, Fernanda fecha a porta e me encara.

- Você contou tudo? – ela pergunta.

- Não – eu falo – eu não falei de você e do pai dela, como você veio parar aqui no morro.

- E Julia? – ela pergunta.

- Não – eu falo – eu não iria abrir a boca sobre isso.

- Até porque mesmo você já falou de mais – ela fala – era um acordo entre os chef da máfia, entre a facção. Perigo manteria ela viva como ele queria manter e ninguém contaria a verdade a ela.

- E deixar ela ser usada? – eu pergunto – Olha a pressão toda que fizemos na cabeça de Perigo, no que deu. Você sabia Fernanda tudo que ela passava com ele?

- É lógico que não – ela fala – ninguém sabia, ninguém chegava perto dessa garota no morro. – Ela me encara – você se apaixonou por ela não foi?

- Eu quero mandar matar o Perigo – eu falo e ela me encara – ele não tem mais morro, não tem porque está vivo. Manda matar na cadeia.

- Jk cairia em cima de você – ela fala – ele sabe que vocês estão junto e isso não mudaria que aqueles policiais estão atrás de nós ou dela, você sabe o que o pai dela fez.

- Merda – eu falo chutando tudo – eu não quero mais fazer mal a Malu, eu não quero mais.

- Então deixe Perigo sair e mate ele aqui durante um confronto - ela fala - inventa um confronto e o mate, é melhor do que vocÊ mandar matar. Aqui dentro conseguimos falar o que a gente quer, arrumar uma cena do crime e fazer com que todos acredite no que a gente quer que acredite, lá dentro não. Rapidamente cada um seria torturado até abrir a porra da boca – Fernanda fala e eu a encaro – Pensa no que você vai fazer, realmente vale a pena quebrar alianças por causa dessa garota? Por causa da filha dele?

Eu me viro para ela.

- Vale – eu respondo e ela me encara assentindo com a cabeça.

RD narrando

Ela me olha com um olhar decepcionado e confuso também.

- É muita informação – ela fala.

- Quando descobrimos a tMalu narrando

Eu subo correndo para a casa do Rd desesperada, eu entro dentro do quarto e tranco a porta. Eu pego o celular e ligo ele, ligando para Kaio que me atende na mesma hora.

- Oi – ele fala.

- Mataram um garoto que disseram que é seu informante – eu falo.

- Não, não era – ele fala.

- Você já sabe? – eu pergunto

- Já sei – ele fala – por isso que precisamos prender eles, acabar com essas mortes de graça.

- Eu fiquei nervosa – eu falo.

- Fica tranquila, vai dormir e descansa – ele fala.

- Boa noite – eu falo

- Boa noite – ele responde.

Eu desligo a chamada e coloco o celular do meu lado.

Eu já presenciei várias vezes Perigo matando as pessoas, as vezes eu nem me assustava mais, mas o fato do comentário da Fernanda e dele ter feito isso porque achou que era algum informante da policia, me deu medo.

Eu pensei muito em achar uma maneira de me proteger e eu fiquei com o que Julia me disse na cabeça.

‘’ Que eu precisava arrumar alguém mais forte do que Perigo para me proteger’’

Rd seria a mesma merda, eu me envolver com ele. A minha única opção era o sargento Kaio, ele me olhava diferente e correspondeu o meu beijo e ali eu tive a resposta que eu precisava ter.

Era loucura, mas Perigo poderia sair da cadeia a qualquer momento e me matar e duvido que Kaio colocaria a vida dos seus homens para proteger uma mera testemunha, eu precisava usar ele ao meu favor.

Eu me deito na cama e fico olhando para cima, quando eu vejo algo estranho na lâmpada , eu começo olhar para ela com bastante atenção, até que eu percebo que aquela maldita lampada era uma câmera.

Kaio estava me observando o tempo todo, eu imaginei que ele deveria ter colocado uma escuta em meu quarto, uma câmera, qualquer coisa para ficar me observando e cuidando. E até desconfiei quando ele mencionou sobre a minha conversa com a Julia.

Mas, até que essa câmera não era uma coisa tão ruim. Eu fecho os meus olhos e fico pensando em alguma coisa, eu mordo os meus lábios, duvido que nesse exato momento ele não esteja me observando.

Eu não precisava fazer com que ele se apaixone por mim, eu precisava envolver ele ao ponto de transar com ele e engravidar.

Eu me levanto e vou até a porta trancar ela, a câmera ficava em cima da minha cama.

Kaio narrando

Eu desligo a chamada e Mauro me encara.

- Ele vai começar matar todos que ele ache que é informante – Mauro fala.

- Precisamos proteger nossos dois informantes lá dentro – eu falo – e ela também.

- Você realmente quer proteger ela? – Mauro pergunta.

- Sou um homem de palavra Mauro e nos temos um acordo com ela e não podemos negar que ela está nos ajudando – eu falo.

- É – ele fala – você tem razão. Eu vou fazer minha ronda.

Eu assinto com a cabeça.

Ele sai e eu ligo a câmera que foi instalada em seu quarto no meu celular para ver ela, ela estava deitada na cama olhando para o teto, a câmera ficava na lâmpada então parecia que ela estava encarando o teto.

Ela se levanta e vai até a porta trancando a porta do quarto, ela volta para cama e desamarra o casaco da sua cintura jogando ele longe, ela se ajoelha na cama tirando o seu vestido lentamente, depois ela tira os seu sutiã.

Ela começa a passar as mãos pelos seus seios lentamente e começa a descer a sua mão pelo seu corpo, ela se deita na cama tirando a sua calcinha, ela abre as pernas e começa a descer a sua mão pela sua intimidade, ela começa a mexer em seu clitoris com uma mão enquanto a outra ela pegava em seus seios, ela começa a fazer movimentos lentos na sua intimidade com a sua mão, ela fecha os olhos e abre a sua boca para gemer. Ela morde os seus lábios enquanto enfia os seus dedos dentro da sua buceta, um, dois, três dedos colocando e tirando. Ela se senta na cama, com os dedos dentro dela e com a outra mão mexendo em seu clitoris, ela tirava e colocava os seus dedos rapidamente e vejo seu gozo descendo pela sua intimidade, ela joga sua cabeça para trás com os olhos fechados e com a cara de safada.

- Filha da puta – eu falo vendo que meu pau estava duro.

Ela tira os dedos da sua mão, pega o celular que eu entreguei e uma mensagem chega no meu celular.

‘’ Poderia ser você aqui comigo , você foi esperto em colocar a câmera. ‘’

Eu volto para a câmera e ela encara a câmera sorrindo e depois sai nua em direção ao banheiro.

Malu narrando

Era quase de meio dia quando eu acordo, eu abro a janela para ver a movimentação do morro, e aqui em cima estava bem vazio, mas para baixo tinha bastante burburinho.

Eu vou até a farmácia comprar algumas coisas que eu precisava.

- Ontem eu passei a noite com Rd – Ana fala ficando ao meu lado na farmácia.

- Foi rápido então? Porque encontrei ele na boca – eu falo para ela.

- Vocês estão transando, não é mesmo? – ela pergunta.

- Só se for na sua imaginação – eu falo para ela – sabe o que eu acho? – eu pergunto para ela – que você gosta de mim, sente atração por mim. Eu não curto muito mulher , mas você até que eu pegaria – ela me encara com raiva

- Debochada – ela fala.

- Podemos fazer uma orgia quando Perigo sair, eu você, Rd e Perigo. O que acha? – eu pergunto para ele.

- Você nunca vai ficar com Rd e esse é o seu sonho – eu olho para ela e começo a rir – por que está rindo?

-Rd alguma vez dormiu com você? – eu pergunto – fez carinho nas suas costas? Beijou sua boca com tanta intensidade? – ela me encara. – Não se rebaixa Ana, mas se você quiser, podemos fazer a orgia sem problema nenhum. Eu adoro experimentar coisas novas.

Eu pego as minhas compras , deixo marcada na conta de Rd e saio da farmácia, ela não vem atrás de mim, mas deixei ela com muita raiva.

- Posso entrar? – eu pergunto batendo na porta da boca e Rd estava no celular.

- O que você quer? – ele pergunta.

- Saber se está tudo bem – eu falo e ele me encara.

- Tá maluca? – ele pergunta.

- Na verdade eu queria saber se você estava morto ou vivo mesmo – eu falo – não vi você voltar para casa

- Dormi aqui – ele fala. – veio ver se eu estava vivo é?

- Na verdade a minha esperança era que você estivesse morto – eu falo sorrindo para ele que arqueia a sobrancelha.

- O que você quer? – ele pergunta.

- Ana está dizendo que você não deu conta dela ontem – ele me encara – eu acho que é melhor você parar de pensar em mim porque as pessoas vão começar a desconfiar.

- De nós dois? – ele pergunta e eu me aproximo dele e ele se levanta.

- Não – eu falo sorrindo – que você broxa na hora H – ele me encara e eu sorrio para ele.

raição do seu pai a gente ficou dessa mesma forma – eu falo – seu pai comandava os negocios entre o morro da santa marta com rocinha e alemão. Ele era nosso braço direito. Eu era pequeno quando ele já trabalhava para o meu pai, ele te trazia junto para cá e a gente corria por essas vielas do morro, você é cinco anos mais nova que eu, não deve lembrar com muito detalhe. Eu lembro, eu lembro. Você deveria ter uns três anos. - ela se encosta contra a mesa e cruza os seus braços. – A primeira vez que começamos a descobrir que seu pai queria dar um golpe, ninguém acreditou. Fernanda trouxe os primeiros indícios.

- Fernanda? – ela pergunta – confia naquela mulher?

- Com a minha vida – eu falo – e você também deveria confiar nela, ela é casca dura, rabugenta mas ela tem todos os motivos dela. Fernanda começou a perceber que não entrava todo o dinheiro que seu pai recebia para os caixas e nem era entregue todas as drogas combinadas. Começamos a ver daqui, de lá. Até que descobrimos seus planos, os homens que ele estava tentando levar para o lado dele e quase , quase a gente perdeu tudo.

- Como ele foi morto sem eu saber de nada disso? – ela pergunta.

- Imagina se alguém soubesse dos nossos vapores, braços direito que um dos nossos homens de confiança conseguiu armar um plano para tirar o chef do morro do poder? Isso iria encorajar muitos outros – eu falo – então abafamos tudo, fizemos um plano para matar ele. Só que o seu pai, teve um confronto com a policia, porque o seu pai matou vários deles. Ele pegou uma criança de refém e acabou sendo morto.

- E eu não tenho culpa de nada disso, eu não pedi para ser filha dele – eu falo.

- Mas você nasceu filha dele. Ele fez você ir para o morro e ele arrumou uma forma de você se envolver com Perigo, era o plano dele sem que você soubesse de nada – eu falo – A gente não tinha noção que você não sabia, mas você era filha dele, poderia saber de algo. Então você tinha que ser queima de arquivo, para não abrir a boca para ninguém, porque como eu te disse tinha muita gente atrás de você e acredito que ainda tenha.

- Queima de arquivo – ela fala pensativa.

- O perigo é dono da santa marta e a santa marta precisa de mim da rocinha, da mesma forma que eu preciso do morro do alemão. Ele não poderia não ceder a pressão que a gente fez nele, você era um perigo – eu falo para ela.

- Eu não tenho culpa de nada, eu nunca tive culpa de nada do que o meu pai fez Rd – ela fala – eu não sabia de nada de plano nenhum. Eu me apaixonei pelo Perigo.

- Você deve está morrendo de raiva de mim – eu falo para ela – e é normal que fique, eu não posso te tirar do morro Malu, eu não posso fazer mais nada. Se eu fizer isso, eu coloco o meu morro em perigo.

- Ai você diz que se apaixonou por mim – ela fala me encarando – que de outra forma a gente ficaria junto, mas você não passa de um imbecil, idiota, traficante de merda – ela se aproxima – você é que nem todos e você merece a mesma coisa que eu desejo todos os dias para o Perigo, a morte. Que você morra da pior forma possível.

- Eu te garanto que isso um dia vai acontecer – eu falo para ela – a vida que eu levo, só tem uma forma de pararem, a morte.

- Espero que seja logo – ela fala passando e eu agarro o seu braço – me larga!

- Mas eu te prometo que enquanto eu estiver vivo, Perigo não vai te matar e não vai encostar um dedo em você – eu falo para ela.

A porta abre e era Fernanda.

- Eu odeio você – ela fala – e eu não confio em você, eu não quero a porra da sua proteção de merda – eu assinto com a cabeça e largo seu braço.

Ela sai que nem furacão pela morta quase derrubando Fernanda, Fernanda fecha a porta e me encara.

- Você contou tudo? – ela pergunta.

- Não – eu falo – eu não falei de você e do pai dela, como você veio parar aqui no morro.

- E Julia? – ela pergunta.

- Não – eu falo – eu não iria abrir a boca sobre isso.

- Até porque mesmo você já falou de mais – ela fala – era um acordo entre os chef da máfia, entre a facção. Perigo manteria ela viva como ele queria manter e ninguém contaria a verdade a ela.

- E deixar ela ser usada? – eu pergunto – Olha a pressão toda que fizemos na cabeça de Perigo, no que deu. Você sabia Fernanda tudo que ela passava com ele?

- É lógico que não – ela fala – ninguém sabia, ninguém chegava perto dessa garota no morro. – Ela me encara – você se apaixonou por ela não foi?

- Eu quero mandar matar o Perigo – eu falo e ela me encara – ele não tem mais morro, não tem porque está vivo. Manda matar na cadeia.

- Jk cairia em cima de você – ela fala – ele sabe que vocês estão junto e isso não mudaria que aqueles policiais estão atrás de nós ou dela, você sabe o que o pai dela fez.

- Merda – eu falo chutando tudo – eu não quero mais fazer mal a Malu, eu não quero mais.

- Então deixe Perigo sair e mate ele aqui durante um confronto - ela fala - inventa um confronto e o mate, é melhor do que vocÊ mandar matar. Aqui dentro conseguimos falar o que a gente quer, arrumar uma cena do crime e fazer com que todos acredite no que a gente quer que acredite, lá dentro não. Rapidamente cada um seria torturado até abrir a porra da boca – Fernanda fala e eu a encaro – Pensa no que você vai fazer, realmente vale a pena quebrar alianças por causa dessa garota? Por causa da filha dele?

Eu me viro para ela.

- Vale – eu respondo e ela me encara assentindo com a cabeça.

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