Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 112

Quando voltei, a casa parecia diferente de quando a deixei.

Havia um pacote pela metade de batatas fritas sobre a mesa de centro e revistas espalhadas desordenadamente sobre o sofá, com uma página aberta mostrando a foto de um ator famoso...

Eu me aproximei para dar uma olhada melhor, parecia ser um garoto bastante jovem. Eu não era fã de celebridades, então não o reconheci.

Quando estava na escola, se alguém me recomendasse seu ídolo, eu sempre reagia com desdém, em silêncio. Afinal, quem poderia ser mais bonito do que Otávio neste mundo?

Olhei ao redor, a sala estava cheia de bagunças deixadas por Sófia, sem poupar sequer o chão.

Franzi a testa, não gostando nada daquela desordem.

Subi as escadas e encontrei Otávio entrando com Sófia nos braços.

Ela usava um vestido de princesa em tom rosa vibrante com meias brancas, parecendo uma grande boneca nos braços dele.

Apoiada no corrimão da escada, observei Otávio. Não era difícil adivinhar o tipo de garota de que ele gostava.

Submissas, doces, agradáveis.

Não sei se eu era agradável antes, mas ser submissa e doce certamente fazia parte de mim.

Não foi difícil retomar meu antigo eu, ao entrar na mansão, todas aquelas memórias surgiram em minha mente.

Sófia me acenou do térreo, com um sorriso brilhante.

Se fosse antes, eu acharia sua alegria encantadora, mas agora, parecia haver um significado oculto em seu sorriso.

Após meio mês sem nos vermos, parecia que ambas havíamos esquecido de algo, com algumas coisas se tornando implícitas entre nós.

Ela parecia pensar que, uma vez que algo passou, realmente passou, tornando-se mais ousada e despreocupada.

"Elvira, achei que você não voltaria mais. Meus pertences estão todos no quarto principal, vou retirá-los logo."

Eu sorri, generosamente, "O quarto principal tem mais sol. Se gosta de dormir lá, fique à vontade. Vou pegar algumas coisas minhas e trocar de quarto."

Virei-me, sentindo um olhar frio seguindo-me enquanto descia as escadas, lembrando-me de como Otávio me ensinou a caminhar, com passos uniformes e lentos.

"Nós, os empregados, não devemos falar muito, mas o senhor disse que era porque a Sra. Neves estava doente e precisava de cuidados. Mas as pessoas falam, e eu ouvi fofocas várias vezes."

Dona Rebeca apertou minha mão firmemente, silenciando-se de repente, "O... O senhor!"

Virei-me e vi Otávio, que tinha surgido atrás de nós em algum momento, com olhos penetrantes, falando de maneira fria, "Faça uma lista para a senhora, e demita-os."

Segurando meu prato de arroz, virei-me com um sorriso gentil e cordial, "Certo."

Apesar de ser ele quem agia de forma imprópria, ainda temia as fofocas.

Durante a refeição, tudo parecia ter voltado ao começo. Na mesa, Otávio sentava-se à cabeceira, comigo e Sófia aos seus lados, como uma família harmoniosa.

Após o jantar, deixei a sala para eles e voltei para o meu quarto, exausta após um dia agitado.

Quando terminei minha rotina noturna e estava pronta para apagar a luz e dormir, uma figura de repente apareceu à porta, me empurrando contra a parede, "Eu não dormi com ela!"

Suas palavras carregavam um tom quase de raiva.