Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 123

Após a divulgação do último acontecimento no ateliê da Otília, o nome de Elvira foi parar nos assuntos mais comentados da internet.

Não era o topo das tendências, mas causou bastante discussão entre os internautas.

"Advogados só pensam em dinheiro, aceitam qualquer caso!"

"Que os infiéis se danem, desejo que ao redor de todos que não têm moral só existam amantes!"

"Mas ela é a Otília, meu ídolo da infância, eu até aceitaria ser a amante!"

"Otília, vá pro inferno, ela não merece o meu ídolo!"

...

Havia todo tipo de comentário na internet.

Eu não tinha visto nada disso online. Foi a Amália, minha sogra que eu não via há muito tempo, quem me contou.

Ela parecia realmente preocupada comigo, achava que eu e o Otávio havíamos nos reconciliado, depois de um período de frieza, e queria consertar nosso relacionamento.

Ela transferiu dois seguranças da Família Barcelos para mim, dizendo que era por precaução.

"Obrigada, mãe. Peça para eles me esperarem no Escritório de Advocacia Atlântida, estou a caminho."

Depois de voltar ao escritório, eu e o Landulfo atualizamos os arquivos com o novo desenvolvimento, incluindo a recente menção da Otília sobre estar doente.

Só consegui sair do escritório ao anoitecer quando uma sombra com uma lâmina brilhante surgiu dos arbustos ao lado, vindo direto em minha direção.

"Suma!"

Uma voz masculina com um tom ameaçador parou a sombra em sua trajetória, e em um instante, um chute desviou a faca de sua mão, seguido de outro chute, jogando a sombra ao chão.

Levantei a cabeça e vi Otávio, com seu elegante sobretudo, bloqueando todo o perigo à minha frente. "Amor! Como você veio parar aqui?"

Ainda assustada, dois seguranças desceram do carro e pressionaram o homem ao capô do veículo.

Com a situação controlada, Otávio me envolveu em seus braços. "Minha mãe que me enviou. Você está bem? Não se machucou?"

Ele estava bem vestido, parecendo ter uns trinta e poucos anos, e estava sendo firmemente contido pelos seguranças, seu rosto vermelho de esforço.

Mesmo de costas, eu sabia quem era: o marido da Otília, Vasco Affonso.

"Sr. Affonso."

Chamei-o, com um franzir de sobrancelhas, "Leve sua arma consigo, se tem algo a dizer, vamos à delegacia."

No carro, Otávio, com seus dedos longos parados sobre o peito, começou a desabotoar alguns botões da camisa. "É perigoso demais, você pode fazer o que quiser, eu consigo outro trabalho para você."

Coloquei minha mãozinha na dele, enrolando levemente o dedo indicador.

Ele soltou um "ss" ao sentir a cócega, apertando a mão que eu arranhava, suavizando seu olhar severo. "Não adianta fazer charme!"

Apoiei minha cabeça em uma mão, olhando para ele com um sorriso doce. "Não é perigoso, sempre foi assim, eu serei mais cuidadosa, além disso, a mãe até designou seguranças para mim."

Otávio tocou levemente o apoio ao lado com a ponta dos dedos. "Você quer dizer que antes o Liberato te protegia desse jeito?"