Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 166

Parece que eu e o hospital temos uma conexão inquebrável, pois, nos últimos meses, sempre que meu coração se enchia de frieza, os bancos do hospital estavam lá para me acompanhar.

Na calada da noite, passos desordenados quebraram a tranquilidade do hospital.

A história de Otávio e Sófia acabou não podendo ser escondida da Família Barcelos.

À frente, Amália, seguida por um grupo de seguranças vestidos de preto, caminhava rapidamente em minha direção.

Se fosse antes, não teria dúvidas de que ela me daria um abraço caloroso, perguntando com carinho, "Elvira, você está machucada?"

Mas, depois do que aconteceu na última vez, o relacionamento entre mim e Sófia estava além de qualquer reparo. Afinal, ela foi quase uma "mãe" para Sófia por quase dez anos, não para mim.

Como esperado, a serenidade e a elegância deram lugar à ansiedade e à testa franzida. Em um piscar de olhos, ela estava diante de mim, perguntando com autoridade, "Onde eles estão?"

Levantei os olhos na direção da sala de cirurgia.

Eu realmente não queria vir, porque ainda não sabia como enfrentar Otávio. Havia tanto entre nós que precisava ser resolvido, e ele disse que precisava de tempo para pensar.

Mas Otávio e Sófia precisavam de pontos, e o médico que veio na ambulância disse que a cirurgia precisava da assinatura de um familiar. Eu tive que acompanhá-los.

Além disso, mesmo que Otávio e eu tivéssemos que nos separar, eu não queria que nada de ruim acontecesse com ele. Eu ainda esperava que ele ficasse bem, incluindo sua saúde e sua carreira.

Agora que os verdadeiros membros da Família Barcelos chegaram, eu poderia ir embora. Eu também precisava de tempo para pensar sobre o que fazer a seguir.

Se a situação com Sófia se resolvesse, e eu cortasse meus laços com ela, o que eu faria em seguida?

Eu me sentia como um pássaro perdido, sem lugar para pousar.

Levantei-me, a saia roxa amassada se desdobrando como um rosto distorcido.

Depois de alisá-la suavemente, olhei para Amália com calma, prestes a me despedir, mas fui interrompida por ela.

A mão levantada de repente foi detida, e por trás dos seguranças de preto, uma mulher bonita correu apressadamente, "Tia."

Ela balançou a cabeça, segurou as mãos de Amália firmemente e chamou com uma voz reprimida e controlada.

Mesmo com um gesto simples, ela era linda, franzindo a testa levemente, até eu senti vontade de confortá-la.

Parecia que eu a tinha visto em algum lugar, mas não conseguia me lembrar onde.

Foi então que Amália, como se acordasse de um sonho, abaixou a mão, dando uma risada forçada enquanto limpava uma poeira inexistente de sua roupa.

"Ah, eu não pretendia bater nela, Celina, eu só estava furiosa. Se ela fosse metade tão sensata quanto você..."

"Quem é ela?"

Minha pergunta foi engolida pela escuridão da noite.