Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 180

Fiquei atordoada, não esperava que Otávio dissesse isso para mim.

À medida que sua respiração se acalmava, eu também me tranquilizava, como se os problemas que pensava serem o fim do mundo para ele não passassem de insignificâncias.

As notícias que quase me fizeram perder a cabeça, claramente problemas de ambos, mas apenas eu parecia estar em um turbilhão de emoções.

Forcei um sorriso e comecei a vestir o casaco de Otávio, "O que você quer comigo?"

Desviei o olhar para a janela do carro, sem coragem de olhar novamente para Otávio, para o sangue que escorria de sua cintura, "Encontre um lugar para me deixar, volte ao hospital e se cuide. Quando você estiver melhor, podemos nos divorciar."

Até que não foi tão mal, certo?

Me orgulhei internamente, achando que havia encarnado perfeitamente o papel de uma mulher moderna e independente. Ele provavelmente estava aliviado por eu não ter insistido na questão de Celina.

Me orgulhei tanto que até eu mesma acreditei na minha liberdade, forçando um sorriso para não deixar nenhuma lágrima aparecer em meus olhos, me convencendo de que não estava triste.

Mas ele não me respondeu, minha atuação estava sem plateia.

Entre nós, ergueu-se uma barreira invisível, além da respiração cada vez mais pesada de Otávio, não havia mais nada.

Antigamente, adorava me aninhar em seus braços enquanto ele dormia, ouvindo sua respiração calma que me trazia mais paz.

Mas agora, tudo o que sentia era opressão.

Como se estivesse presa, um grito rouco e sufocado ecoava dentro de mim.

"Tem gaze no kit de primeiros socorros... pressione um pouco na ferida."

De repente, a mão de Otávio pousou na minha coxa, fria como gelo, fazendo calafrios percorrerem meu corpo.

Levei um susto e olhei para trás.

Ele continuava quieto, encostado no banco, mas seus olhos começavam a perder o foco, e sua respiração, a enfraquecer.

A ferida em sua cintura parecia sangrar sem parar!

Otávio soltou uma risada fraca, coçando levemente minha perna com o dedo, "Quer me ver morto para herdar o que é meu?"