Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 191

"Que foto?"

Otávio franziu a testa, parecendo não entender.

Eu olhava para ele, sem conseguir distinguir se realmente não sabia ou se estava fingindo.

Se ele tivesse um pingo de cuidado comigo, teria me preparado um guarda-chuva nos dias de chuva, em vez de me deixar encharcada sob o temporal.

Mas, verdadeiro ou falso, ele não era mais o homem em quem eu podia me apoiar.

"Aquele tapa que você levou no rosto, não foi em vão." Eu estava realmente cansada, falei num tom suave, "É tudo o que eu tinha a dizer. A partir de agora, só nos veremos para finalizar o divórcio."

Ao mencionar o divórcio, os olhos de Otávio ficaram vermelhos. Ele segurou meu queixo e baixou a cabeça, "Você não vai me deixar agora!"

Seu corpo estava quente, seus lábios, ardentes. Ele me beijou com força, decidido.

"Uh..."

Eu me debatia, mas ele imobilizou meus braços.

Ele então beijou minha orelha, enquanto eu tentava me esquivar sem sucesso.

Eu me sentia violada.

Só de pensar que eu estava no mesmo lugar onde Celina esteve, sentia o ar ao meu redor repulsivo.

"Otávio!" Eu gritei, já sem aguentar mais, mas ele aproveitou a oportunidade para me pressionar ainda mais, causando uma dor súbita no meu peito enquanto segurava minhas mãos sobre minha cabeça.

A natureza selvagem do homem se manifestava, não com a paixão entre amantes, mas com um rugido feroz de um predador.

Meu corpo tremia todo, não sabia se de raiva ou pela força do seu assédio, "Chega! Cala a boca!"

Otávio levantou a cabeça, os lábios umedecidos com um líquido viscoso, sorrindo maliciosamente, "Se acha que pode, tente se divorciar de mim. A cada vez que mencionar, farei com que lembre vividamente, Elvira. Seu corpo é mais honesto que suas palavras. Às vezes, você nem reconhece a si mesma!"

Eu o olhava com repulsa, incapaz de encontrar palavras mais venenosas para rebater.

Só pude rir, com os olhos cheios de lágrimas. Que cavalheiro, que gentileza. Eu realmente tinha entendido Otávio errado.

Estava profundamente decepcionada. "Você não é diferente de nenhum outro homem."

Naquele momento, a imagem que tinha dele se desfez em pedaços.

Otávio segurou meu queixo, e eu não duvidava que ele pudesse me devorar, com uma expressão sombria, "Como assim, não sou diferente? Você já viu 'outros' homens?"

"Eu planejo ver muito mais a partir de agora!" Eu quase gritei, "Está satisfeito agora?"

Fechei meus olhos firmemente, respirando fundo.

Mas fechar os olhos poderia impedir as lágrimas de caírem, como parar o coração de sangrar?