Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 21

"Você não estava gostando também? Até a gata no cio lá fora, debaixo da raiz da parede, é mais recatada do que você" - disse o homem satisfeito, sorrindo como alguém que não poderia estar mais feliz com a vida: "Não fui eu quem a provocou, foi meu parceiro."

Ele segurou meu rosto com as duas mãos, fazendo-me olhar para baixo: "Você me ama mais ou ama mais meu parceiro? Hein?" - Não pude evitar um gemido malicioso e mordi seu lábio em represália, fazendo-o retesar o corpo instantaneamente.

Eu ri sem jeito: "Amor, você me ama?".

Otávio Barcelos hesitou, seu olhar cruzou o horizonte e pousou em meu rosto, senti que ele estava reconsiderando e instintivamente o abracei com mais força.

Ele engoliu, lutando para esconder uma expressão de dor misturada com prazer, claramente indeciso.

Eu não queria estragar um momento tão feliz e, sendo mulher, me senti ainda mais desconfortável com essa ambiguidade. Rapidamente, coloquei minha mão sobre seus lábios.

Ele sorriu ironicamente, inclinou a cabeça, mordeu meu dedo e, no segundo seguinte, começou a me chupar com uma intensidade tempestuosa.

Ele chupou com força e eu, incapaz de soltá-lo, cobri minha própria boca para engolir os sons embaraçosos.

Depois de tudo isso, deitei-me na banheira enquanto ele tomava banho ao meu lado.

Apoiei-me na borda da banheira, tentando puxar os pelos sedutores de suas pernas, mas acidentalmente vi algo que me fez estremecer ligeiramente, desviando meu rosto.

Ele chutou minha mão safada e, em meio ao barulho da água, não ouvi o que ele disse: "Elvira Gattas, guarde seu romantismo para outra hora, já não basta ser a Sra. Barcelos?"

"Hoje você me fez sentir muito bem. Se você acha que fazemos sexo com pouca frequência, podemos aproveitar sempre que a Sófia não estiver em casa."

Sua satisfação era visível, ele até falou em tom de brincadeira, com sua voz suave como se estivesse me dando um agrado.

Mas parecia irritante.

Minhas mãos segurando a borda da banheira tremeram com a vibração de sua voz, mesmo que não fosse muito alta.

Na verdade, ele era gentil comigo, sua ajuda com os negócios da minha família nunca foi menos do que generosa.

"Sófia ainda é jovem, não aguentaria ouvir você gritando."

Seu jeito sério de dizer vulgaridades era, de certa forma, atraente. Acalmei meu coração antes de falar: "Você pode pedir para a Sófia se mudar?"

Ele casualmente me tirou da banheira, envolvendo-me em uma toalha: "Você ainda se lembra de quantas vezes mencionou a Sófia ultimamente?"

Assenti levemente com a cabeça: "A Sra. Barcelos não tem o direito de querer viver sozinha com o marido? Que tipo de Sra. Barcelos é essa?"

Meus olhos se aqueceram: "Nós realmente precisamos ter a Sófia entre nós?"

"Por que não?" - Sua indiferença era cortante: "Falar mais sobre isso é uma perda de tempo, não crie problemas onde não há nenhum."

Eu ri por entre as lágrimas, percebendo então que o amor e o desejo por um homem podem ser completamente separados. Pensei que, por ele me desejar com tanta frequência, poderia haver algum afeto, mas ele nem mesmo intimamente queria me enganar...