Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 231

"Elvira!"

Os olhos de Sofia brilhavam com faíscas de raiva, como se ela quisesse me queimar até virar cinzas em um instante.

Ela estava furiosa, "Você acha que ter um filho é o seu amuleto protetor?"

Sofia, irritadíssima comigo, começou a pular de raiva, mas sem poder fazer nada, só podia cerrar os punhos e me encarar furiosamente, "Bastardo! Com certeza é um bastardo! Você não pode ter filhos! Você claramente..."

"Sofia!" Eu a interrompi com uma expressão de dor, "Eu te considero como uma irmã, como você pode amaldiçoar meu filho assim!"

Meu coração batia forte, como se a qualquer momento fosse saltar pela minha boca.

A porta estava sendo lentamente aberta, e com os gestos dos funcionários, era o sinal para mim e Sofia subirmos ao palco.

Pensando no que estava prestes a acontecer, eu não conseguia me acalmar, e as lágrimas começaram a cair involuntariamente.

Bolinho... meu Bolinho... você vai me culpar?

Eu cobri meu peito, tentando conter as lágrimas, exatamente quando Otávio olhou para mim.

Ele franziu a testa, parado no centro do palco, olhando para nós com uma preocupação evidente.

Os jornalistas ajustavam os ângulos de suas câmeras, todos apontando para onde subiríamos ao palco, prontos para capturar cada movimento meu e de Sofia assim que pisássemos no primeiro degrau.

Eu coloquei uma mão na têmpora, balançando levemente meu corpo, como se estivesse prestes a desmaiar.

Respirei fundo, tentando parecer que estava reprimindo uma dor intensa, "Sofia, independentemente dos nossos problemas, vamos deixá-los de lado por agora e terminar esta coletiva de imprensa sem problemas."

Eu fiquei na frente dela e comecei a subir as escadas lentamente, de propósito.

Sofia, impaciente e ainda irritada comigo, como poderia ficar quieta atrás de mim?

"Pare de fingir!"

Ela acelerou, espremendo-se ao meu lado, seu ombro me atingindo enquanto passava por mim, quase correndo em direção a Otávio.

Eu senti a força do empurrão, mas não resisti.

Suas mãos em meus ombros tremiam, ele tentava me confortar com uma voz grave, "Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem."

Os flashes das câmeras me cegavam, as lágrimas finalmente rolaram livremente, eu não conseguia me mover, cada parte do meu corpo doía mais que mil cortes.

Acho que mereço ser cortada em mil pedaços.

Otávio me levantou no colo, seus passos confusos o traíram.

Ele também estava desamparado.

Ele girou comigo nos braços, gritando para os jornalistas que bloqueavam o caminho, "Saiam da frente, todos vocês, saiam!"

Eu agarrei a manga de sua camisa, soltando um grito de dor, "Amor... o nosso filho... o nosso filho..."

As minhas lágrimas caíam como pérolas sem valor, batendo no chão.

Eu olhei para Sofia com olhos cheios de lágrimas, usando todas as minhas forças para gritar com ela, "Sofia, por que você fez isso comigo, sabendo que eu estava grávida!"