Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 239

Antônio raramente ficava quieto, e eu também caí em um sono profundo.

Quando abri meus olhos novamente, diante de mim estava o vasto mar negro, brilhando sob o céu estrelado, quase rivalizando com as estrelas em sua beleza.

Inclinei-me para fora do conversível, apoiando-me no carro, e no segundo seguinte, fogos de artifício deslumbrantes explodiram no céu noturno, com estrondos que ecoaram como as batidas do meu coração.

Havia arrependimento em meu peito, procurando sair pelos meus olhos.

Não posso dizer que sempre mantive minha palavra.

Ao longo de minha vida, fiz muitas promessas, algumas das quais não consegui cumprir.

Eu disse que queria passar minha vida inteira com Otávio, mas não consegui.

Eu disse que queria abrir um escritório de advocacia, mas também não consegui.

Mas agora eu tinha conseguido algo.

Se não pude recebê-lo em sua chegada, pelo menos pude me despedir.

É uma pena, ele teria florescido em meu coração de forma ainda mais deslumbrante do que os fogos de artifício.

Enquanto eu observava os fogos de artifício, Antônio olhou para mim, confuso: "Eu sei que as meninas gostam de fogos de artifício, mas por que você não sorri?"

Eu me virei para ele, encoberta pelas sombras dos fogos de artifício: "Obrigada."

Antônio provavelmente não entendia completamente, mas estava tentando.

Ele gravou um vídeo dos fogos de artifício e o publicou no Twitter, com a legenda: "Espero que a alegria de assistir aos fogos de artifício possa trazer a ela um pouco de felicidade."

A intenção era apenas compartilhar, mas usuários atentos perceberam minha silhueta refletida no teto do carro enquanto os fogos de artifício explodiam.

A torcida do Vasco se mobilizou rapidamente.

Antônio estava consumido pela culpa. Suas belas pupilas estavam contraídas, e seu rosto mantinha uma expressão rígida, quase como uma máscara. Seus olhos, ardendo de fúria, pareciam duas chamas espectrais dançando sobre um cemitério.

Desviei o olhar da tela, voltando minha atenção para o céu, e em um tom de voz suave, alto o suficiente para que ele ouvisse, eu disse: "Não se preocupe, estou acostumada."

Na visão dos fãs, eu tinha causado sofrimento ao Vasco, então eu também deveria sofrer. Parecia justo para eles.

Hortencia, em nome do Escritório de Advocacia Atlântida, tentou falar com Vasco, pedindo que ele controlasse seus fãs, mas Vasco ainda guardava ressentimentos contra mim e foi bastante franco: "A conduta dos fãs é algo à parte, por favor, não envolva a mim."

No entanto, no dia seguinte, ele se desculpou publicamente comigo no Twitter, liderando seus fãs a fazerem o mesmo, dizendo que todos me deviam um pedido de desculpas.

Meu telefone foi inundado com tantos pedidos de desculpas que acabou travando.

Quando perguntei ao Vasco por que ele havia feito aquilo, ele disse que Antônio lhe mostrou um vídeo.

Não sei como Antônio convenceu o agente de Otília, mas ele divulgou o vídeo do funeral no mar dela, e foi assim que soube que Otília já havia nos deixado há muito tempo.

Quando perguntei a Antônio por que ele fez isso, meu tom não foi dos melhores, porque ele me fez parecer uma pessoa que não cumpre suas promessas, deixando Vasco descobrir sobre a doença dela.

Antônio respondeu: "Se eu fosse Otávio, não teria deixado isso acontecer desde o primeiro dia em que você foi insultada!"

"Antes eu não tinha posição, mas agora, se ele não pode te proteger, eu vou fazer isso!"