Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 244

Otávio, com o peito finalmente se acalmando após uma respiração ofegante, abraçou Celina pelos ombros e a puxou para perto com força.

"O que há de errado em ter um animal de estimação? Se eu tivesse um, ele seria obediente, não como você!"

"Milhões em fogos de artifício? Isso não é nada! Celina, esta noite eu vou iluminar a cidade inteira só para você. Vou te mostrar o que é uma verdadeira grandiosidade!"

"Mesmo que eu a tratasse como um animal de estimação, ela seria mais feliz do que com você. Olha só pra você agora, nesse estado lamentável. E com Antônio, pelo jeito, também não está vivendo grande coisa!"

"Otávio, pare com isso, tem muita gente aqui, não é lugar para discutir." - Celina tentou acalmar a situação, falando com mais confiança do que antes.

Senti como se algo tivesse cortado fundo em meu coração, e cada lembrança trazia uma dor aguda.

Por mais insatisfeito que Otávio estivesse comigo, ele não deveria ter usado aqueles fogos de artifício contra mim. Ele não fazia a menor ideia do que aquela noite significou para mim...

Meu coração doeu: "Se é assim que você pensa, então é claro que não estou tão bem quanto você."

Tremendo de raiva, eu disse: "Otávio, nesse último mês, você sequer pensou, por um minuto, no filho que ainda nem nasceu?"

Ao ouvir isso, Otávio ficou visivelmente surpreso. Sua arrogância desapareceu, e uma corda esquecida em sua mente se retesou de repente.

Vendo a expressão dele, eu sorri.

"Não pensou, não é? Se tivesse pensado, como poderia encarar Sófia com tanta tranquilidade? Se tivesse lembrado do seu próprio filho, como poderia ser tão indiferente à pessoa que o matou?"

"Se tivesse pensado, como poderia se entregar tão descaradamente à boa vida, comendo, bebendo e se divertindo com outras mulheres?"

"Se eu tivesse metade da sua frieza, não estaria assim agora. Não te daria a chance de me humilhar!"

"Se fosse assim, talvez eu estivesse vivendo melhor, não é?"

Ele disse: "Você não disse que me amava mais do que tudo?"

Ele continuou: "Se você não aceitar, então eu também não vou mais gostar de você."

Quase que instantaneamente, minha visão de Otávio ficou embaçada.

No dia do nosso divórcio, ouvi a palavra "gostar" sair de sua boca.

Antes, eu teria ficado muito feliz ao ouvi-la, mas agora, eu realmente não precisava mais dela.

Sem forças para confrontá-lo, respondi sem entusiasmo: "Vamos, é a nossa vez na fila."

Virei-me decidida a ir embora, mas antes que pudesse dar um passo, ouvi sua voz novamente: "Elvira, você teve um aniversário feliz este ano? Porque eu juro, a partir de agora, nunca mais vou te deixar em paz!"