Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 286

Hesitei por um instante: "Que chefão?"

"Sra. Gattas, você acha que eu iria lhe prejudicar? Sua chance chegou!" - O diretor estava animado: "Desde o início da nossa conversa, eu percebi que você tinha ambição. Embora a qualidade do nosso povo esteja melhorando, ainda há um longo caminho a percorrer em termos de educação cívica. E agora, um atalho surgiu, você precisa aproveitar essa oportunidade!"

Para ser sincera, nunca acreditei que existam atalhos para nada. Seja estudando arduamente desde pequena ou amando um homem sinceramente, nunca me vi tomando um atalho.

Se ele existisse, seria apenas trapaça, e mais cedo ou mais tarde, o karma acabaria fazendo você perder tudo o que ganhou.

Mas, pensando bem, talvez o diretor não fosse uma má pessoa. Afinal, quando houve aquele escândalo na emissora, foi ele quem me ajudou a sair da situação e ainda me deu um envelope, com dignidade. Então, o segui.

Assim que entrei no bar, o cheiro forte de cigarro e álcool me fez tossir. Quando o diretor falava comigo, não mantinha uma distância respeitosa, sempre se aproximando demais e gritando no meu ouvido.

Franzi a testa, mantendo instintivamente certa distância dele, e parei de interagir.

Porém, o diretor, preocupado, agarrou meu braço e insistiu: "A principal empresa de entretenimento do país enviou três dos seus principais executivos. Eles estão muito otimistas com você e vieram especialmente para te ver! Dê o seu melhor - o sucesso do nosso programa depende de você!"

Fiquei surpresa. Se não me engano, era uma subsidiária do Grupo Barros, e Antônio foi presidente por algum tempo. A nova estrela deles, Summer, foi alguém que ele promoveu.

Me senti um pouco mais tranquila e um sorriso inconsciente apareceu em meus lábios.

Parece que, depois de hoje, vou ter que ligar para aquele garoto e agradecer.

Ao passar por um espelho na parede, parei.

Hoje, estava usando um vestido preto justo, com um casaco de cashmere por cima. Mordi os lábios, tirei o casaco e o segurei na mão, ajustando a bainha do vestido.

Ele estava sentado no meio, com um guarda-costas de cada lado, parecendo menos um homem de negócios e mais alguém pronto para arrumar encrenca.

O diretor se inclinou e passou por mim: "Diretor Barros, esta é Elvira, a Sra. Gattas que eu trouxe para você. Veja, ela é encantadora, não é?"

Lisandro levantou a cabeça, seus olhos carregando uma profundidade inescrutável, ainda mais sombria do que a de Otávio.

Mas algo estava errado. O diretor agarrou minha mão, entregando-a a Lisandro: "Este é o Diretor Barros do Grupo Barros."

Ele bateu de leve no dorso da minha mão, me dando uma piscadela: "Conversem bem, conversem bem."

Puxei minha mão bruscamente, fechando a expressão: "Não há nada para conversar, somos velhos conhecidos."