Conforme o elevador subia, sem parar, um mau pressentimento me tomava.
Aquela situação me parecia familiar, como se já tivesse vivido isso antes, uma estranha sensação de déjà vu.
Sempre que eu estava em um hospital, algo ruim parecia acontecer.
No corredor, fora do quarto, não havia o forte cheiro de desinfetante comum, mas sim um suave aroma de flores. Esse tipo de tratamento, eu só havia visto no quarto de Hugo Barcelos.
O hospital que Otávio escolheu para o pai, naturalmente, era o melhor.
"Ai! Gastei tanto dinheiro, e contrataram alguém tão desajeitado para me dar uma injeção?"
Meus pensamentos foram interrompidos por um ruído metálico, seguido de uma voz mimada que ecoava do quarto.
"Não, senhorita, você não pode se mexer durante a injeção. Assim, não vai dar certo de jeito nenhum."
"Saia daqui, não preciso mais de você. Chame outra pessoa! Olha só o que você fez, me deixou toda roxa!"
"Desculpa, desculpa, eu juro que não foi de propósito."
"Chamem o diretor deste hospital!"
…
Meu olhar se fixou na porta do quarto, e, no segundo seguinte, uma enfermeira chorosa saiu correndo.
Ao passar por mim, agarrei seu braço, desesperada. Incrédula, perguntei: "A pessoa lá dentro... é uma tal de Tavora?"
A enfermeira, assustada com minha abordagem, balançou a cabeça afirmativamente, enquanto as lágrimas continuavam a cair sem controle.
Eu a soltei, atordoada, e caminhei em passos largos até o quarto.
Naquele instante, tudo se encaixou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nossa Vida a "Três": Muito Apertado!
Pensando em desistir Elvira só sofre e é humilhada. Otávio é pior do que carma....
Não vejo a hora dessa Sofia ser desmarcada com esse Otávio, será que amantes ?!? Será q todos sabem?!!...
Quero mais 🥹🥺🥺🥺...