Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 317

Otávio pensou por um momento e sorriu calmamente: "Então veja se ainda consegue entrar em contato com ele."

Ele se virou e começou a caminhar, mas, após dois passos, parou e olhou para trás, fixando os olhos em mim.

Com um ar de superioridade, disse: "Você está liberada agora."

Desta vez, Otávio realmente se foi, com sua silhueta escura quase se fundindo com a noite.

Corri em sua direção, agarrando a gola de sua camisa com força e sacudindo: "Otávio, o que você fez com ele!"

Nunca fui párea para Otávio em termos de força.

Por mais que eu tentasse, não consegui fazê-lo se mover nem um pouco.

Ele agarrou meu pulso, olhando friamente para mim: "Se continuar hesitando, não diga que eu não avisei... pode ser que você nunca mais o veja!"

Ele soltou um por um os dedos que agarravam a manga de sua camisa, mantendo seu olhar fixo no meu enquanto arrumava a roupa: "Quando voltar a me procurar, não serei tão compreensivo como estou sendo hoje."

O rosto de Otávio permaneceu calmo, mas sempre senti que havia algo quase selvagem escondido em seus olhos.

Justo quando eu estava prestes a tentar descobrir mais, ele se virou bruscamente.

Otávio temia que, se não fosse agora, acabaria levando Elvira à força.

Mas ele sabia que, mesmo podendo levar Elvira consigo, não conseguiria conquistar seu coração.

Celina estava certa. Não podia ser tão suave com as mulheres.

Ele queria que ela voltasse a procurá-lo por conta própria.

Ele queria possuir tudo dela.

Queria que fosse por sua livre e espontânea vontade.

A qualquer custo!

Eu sabia disso.

Embora Landulfo não tenha dito explicitamente, o motivo pelo qual Antônio de repente confrontou sua família era claro.

Antônio estava cometendo um crime por ela, por Elvira.

Ao pensar nisso, senti como se uma pedra pesada tivesse caído no meu peito, me deixando sem fôlego.

Landulfo disse: "Elvira, não sei se devo te aconselhar, mas, como alguém de fora, vejo que sua jornada empreendendo não tem sido fácil. Há muitas coisas que, sem uma força absoluta, toda aquela postura e princípios acabam parecendo um pouco ingênuos."

Ele sorriu: "Caso contrário, como Antônio poderia gostar de você? Ele também não é diferente. Se o problema dele realmente chegar ao ponto de precisar de um advogado, farei o meu melhor para ajudar, mas você... acho que deveria pensar bem, primeiro por você mesma, e só depois por ele."

Desliguei o telefone, atordoada, e olhei para um canto não muito longe do lobby do hotel, onde um carro estava discretamente estacionado.

Eu não conseguia ver nada.

Mas podia sentir que, dentro daquele carro, havia um par de olhos sombrios me observando...