Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 322

Eu mordi os lábios com força, mantendo as costas voltadas para ele, prendendo a respiração, fingindo um sono profundo.

Otávio me envolveu pela cintura, puxando-me para junto de si.

Finalmente, estávamos compartilhando a mesma cama.

Soltei um suspiro surpreso, esperando que ele me abraçasse, mas ele afrouxou as mãos, dizendo: "Não se afaste tanto, estamos sob o mesmo cobertor, o frio entra no meio."

Meu corpo reagiu ao seu toque, e eu fingi sair da cama, dizendo: "Vou pegar outro cobertor lá embaixo."

Otávio franziu a testa, com sua voz rouca e levemente impaciente: "Pare de se preocupar, sua amiga estará de volta amanhã."

A noite estava tão silenciosa que eu conseguia ouvir meu próprio coração batendo acelerado.

Segurei o cobertor nas mãos, lentamente, e olhei para ele na penumbra, murmurando um "Obrigada."

"É apenas um acordo." - Sem abrir os olhos, ele deu um tapinha no espaço ao seu lado: "Vamos dormir."

Alguns segundos depois, o som de sua respiração calma indicava que estava realmente exausto.

Eu o despertei com uma pergunta: "E o Antônio?"

Otávio abriu os olhos, irritado, com seus olhos vermelhos denunciando o cansaço: "Elvira, você está fazendo isso de propósito?"

Claro que era intencional, mas eu jamais admitiria. Sabia que Otávio me queria de volta por uma razão.

Um homem como ele, com mais de trinta anos, certamente não era ingênuo. Ele queria mais do que apenas dividir um cobertor… ele queria intimidade.

E eu não deveria me importar, já que esse era o limite do que eu poderia oferecer a ele.

Ainda assim, se pudesse prolongar esse momento, seria melhor. Então o acordei, sabendo que ele estava exausto. Por mais bravo que ele ficasse, nada poderia fazer comigo naquele instante.

Enquanto falava, ele rasgou meu pijama fino, reduzindo-o a pedaços: "Eu te quero, e nunca precisei de sua permissão para isso!"

Pressionada sob seu peso, ele me olhava de cima, quase sem nada, enquanto o frio da noite me fazia tremer.

Seus dedos deslizaram desde meu peito até o ventre, tocando meu corpo de forma que deixava claras suas intenções.

Otávio estava desabafando.

Ele também não conseguia entender como Antônio havia entrado tão facilmente em seu coração. Ela o amara por tantos anos, como poderia esquecê-lo com tanta facilidade?

Mesmo a trazendo de volta, tudo que Elvira mencionava era Antônio.

Suas mãos aplicaram mais pressão, mas ela apenas manteve os lábios cerrados, sem emitir um som, diferente de antes, quando teria cedido ao momento.

Embora ele evitasse admitir, havia algo que gostava em ver Elvira se entregar a ele, florescendo sob seu toque: "Elvira, pode continuar resistindo a mim. Vamos ver quem aguenta mais, você ou Antônio, porque, até onde sei, ele não está nada bem em casa."